Depois de ler o artigo no ATRIBUTOS (porquê gritar ó Deusas?) só me apraz questionar (novamente pois já o fiz aquando dos meus tempos de estudante e directamente a constitucionalistas de grande monta) sobre a contitucionalidade da Constituição...
"...É por todos sabido que a Constituição de Portugal, embora tolere partidos com ideias monárquicas, não permite de modo algum a Monarquia..."
Que raio. Então e se assim o povo quiser? Não pode? Quem manda? O Prof. Dr. Gomes Canotilho ou o Povo?
Aiii...
E sim, desde já aqui vos confirmo que realizei mais exames de Direito Constitucional do que de todas as outras cadeiras do curso juntas.
Não meu caro, não pode. O povo já não manda nada há bastantes anos. O povo deixou-se levar pelas palavras bonitas dos políticos amedrontados. A direita, a Monarquia, a educação e o respeito pelo próximo, amedrontam esta cambada de gentes que nos tem governado. Se o povo falasse, se o povo pudesse falar, talvez algo pudesse mudar. Mas o povo só pode falar do que interessa a alguns, e esses alguns já cá moram há demasiado tempo.
Melhores cumprimentos
JM
OBS: - não sei se já o disse, mas daqui os informo que coloquei este vosso blogue, com o respectivo link, na listagem dos meus favoritos.
Agora é que me baralhou José Magalhães. Ora então "...O povo já não manda nada há bastantes anos. O povo deixou-se levar pelas palavras bonitas dos políticos amedrontados. A direita, a Monarquia, a educação e o respeito pelo próximo, amedrontam esta cambada de gentes que nos tem governado."
A direita, a Monarquia amedrontam esta gente que nos tem governado? Confesso que não percebo (e olhe que modéstias à parte quem me conhece sabe bem que não sou de tardar a perceber). Estas gentes que nos têm governado sentem-se amendrontados pela direita? Pela Monarquia? Quem? O Socrates? O Cavaco? O Louçã? Ou os muitos Marios, Eanes e Zenhas que já por cá passaram? Diz-me então o José que todos eles são e foram uns medrosos? Como disse, pois que não o entendo.
Faça-me lá esse favor e esclareça-me esse ponto de forma a que possamos continuar tão animado e intelectualmente cativante debate...
Já agora, e só para que de minha parte fique bem claro, eu, considerem-me povo ou lá o que quiserem (ainda que do Clero talvez fosse engraçado que o manto franciscano faz de qualquer homem uma elegância), eu como dizia, mando. E pobres de espirito todos quantos se convencerem do contrário.
Pois meu caro Pedro Rebelo, essa minha dissertação dizia respeito ao povo que não manda nas coisas, nas quais ao invés, manda o Prof Dr Gomes Canotilho (palavras suas). O facto de a Constituição Portuguesa proibir somente dois regimes, o totalitarismo de direita e a Monarquia, tem, do meu ponto de vista, a ver com o medo que qualquer desses regimes impôs a quem, em devido tempo a escreveu. Para quê proibir, se não existe o receio de poder voltar? Ora, os constituintes que a escreveram, ainda por cá andam, ninguém (dentro dos que podem fazê-lo) tem estado disposto a mudar a Constituição, e o povo, mesmo que o deseje, não pode mudar nada. Nesse sentido, e não noutro, o povo nada manda. Mesmo que TODO o povo Português desejasse voltar a um regime monárquico, democraticamente isso não seria possível, sem que uma meia dúzia dos senhores que mandam, dissesse que sim, e mudasse a Constituição. Estamos em vias de a poder mudar, e mais uma vez, nada se fará. De resto, nas outras coisas, claro, o povo é quem mais ordena! Eu também faço parte do povo, e mando, no que me deixam mandar.
So alguem muito estupido e que poderia querer viver sobre uma monarquia, so um pais de terceiro mundo como Portugal e como os portugueses para pensar em tal coisa... Uma verdadeira anedota, nem acredito que existem pessoas que se deixam levar por estas conversas. Monarquia?? sim claro, so aquela que cago pela sanita abaixo.
O meu palhaço do caralho , bem sabes que nesses países a monarquia nada rege ou governa, só representa um símbolo . Em Inglaterra onde vivi, não sabe quantos estão contra essa monarquia de fantoches... alimentar essa cambada de chulos .
Com a sua linguagem, V. mostra bem ser filho do pai e da mãe que em triste dia dormiram na mesma cama. faço-lhes a justiça de não adivinharem a obra que daí viria.