De O que a minha mãe me deu a 11.08.2009 às 23:25
"...É mil vezes melhor ter a oportunidade de escolher um Presidente do que ficar à espera que nasça um menino qualquer em berço de ouro..."
Na realidade, mesmo na presunção duma eleição teve sempre de se esperar que o menino nascesse, fosse lá o berço qual fosse! O do Gen. Eanes segundo consta era de ouro, o do...eh pá...ele há nomes que não me saem...o que veio a seguir, também era de ouro, já o do....eh pá...o que tinha a mulher cuja testa atestava quem mandava lá em casa, também era de ouro, depois finalmente veio o facho do Prof. que esse sim, filho dum gasolineiro e parido entre o estrume e o óleo de motor se pode dizer que é da ralé...Desconfio que nem berço teve!
"...É mil vezes melhor um membro do povo, eleito, representar um país do que uma família que, nem sabemos o porquê de serem melhores Reis do que eu ou você ou qualquer outra pessoa..."
Do povo? Estes ferretes abrilistas são uma chatice, um verdadeiro anacronismo...Tenho sérias dúvidas que qualquer político português seja um membro do povo e tenho a completa certeza que nenhum trabalha em prole desse, mas temos de admitir que toda uma carreira política feita de favores, pactos e predicados mais tarde ou mais cedo dará frutos, dentro da família (seja ela partidária ou não) e azias caso teimosamente o sufrágio corra mal.
Não sei, ouvi dizer que há coisas que correm na família. Na da Ferreira Leite o ministério já correu bastantes vezes, na do Ferreira do Amaral também, na do Soares então é clamoroso. Resta-nos saber é a quem é devido o dízimo, porque claramente sabemos que o é devido!
Mas agora tiremos daí o dízimo e elevemos a coisa à questão da educação de berço, desde o berço, passando pelo altar e até ao nível em que não há ninguém para cobrar favores e pior, há memória política e a capacidade inegável de prevalecer o objectivo sobre a necessidade de reeleição? Isto realmente é uma coisa perigosíssima, cortar as dependências, os factores de controlo e o manietismo politico-familiar-económico é algo que pode efectivamente acabar com os tachos de muita gente...
Tínhamos pena, mas só.
De Emanuel Saramago a 12.08.2009 às 04:08
Tem todos esses problemas a República... mas um tacho definitivo e imutável, estávamos bem pior.
Era bom que houvesse um Deus que nos governasse a todos para todo o sempre, mas não, são humanos que governam; e se são humanos, bem ou mal, é melhor que seja o povo a decidir. E quem é que decidiria quem seria o próximo Rei? Porque é que esse suposto Rei não se candidata a Presidente? Quem me diz que esse suposto Rei é melhor que as outras pessoas para o ser? E o filho dele, também? E o neto?
Não me faz sentido.
De O que a minha mãe me deu a 12.08.2009 às 18:49
Separemos o trigo do joio.
De um lado temos um percurso partidário, uma carreira de favores, panelas e tachos cujo sufrágio não é direccionado à pessoa, mas à herança que traz consigo. No hora do voto haverá quem diga, "nesse não que é da direita" e vice versa ou "gosto mais daquele, que é mais simpático", mas esclarecedoramente nunca ouvi ninguém dizer "vou votar em fulano para Presidente, porque é mais inteligente". Ou seja na prática o voto Presidencial não é meritocrata é apenas um "gosto mais daquele que é do meu partido", porque caso contrário o Prof. Freitas do Amaral tinha ganho ao....esse o....aquele cujo filho também.... não interessa,, por 15 a 0.
Aliás, basta olharmos para o suposto bastião da democracia onde o mundo inteiro perdoou a eleição de um idiota, porque as eleições foram falseadas, mas toda a gente ficou perplexa quando na prova-dos-nove o reelegeram, por "questões morais" quando a economia estava a pique , a guerra estava em alta e toda gente mentia sobre tudo! Desengane-se se acha que "o povo" é Deus e não erra, quando o Altíssimo aparentemente estava distraído!
Isto era o joio. Agora o Trigo.
No outro extremo temos uma vida inteira de preparação para uma função, sem interferência da política, sem favores a pagar, sem pressões de fim de mandato ou necessidades de "mostrar obra", mas como todo o poder da memória política e toda a capacidade do poder moderador, sem conotações de ou compadrio ou obstrucionismo. Sem esquecer a abragência e inclusão política, que um presidente nunca terá.
Quem escolhe? O seu pai escolheu-o? Escolheu o seu filho? Foram todos a votos, aí em casa? Não sei, há coisas que me parecem elementares, tão elementares como a certeza que as características familiares se melhoram de geração em geração e que todos os pais consideram os filhos mais inteligentes que eles próprios, ainda que para "o povo" a inteligência não é factor determinante, mas o saber estar. Para isso não é preciso ser-se muito inteligente, basta que se seja muito bem educado.
De Artur Reis a 13.08.2009 às 16:23
Confesso que tenho estado a acompanhar este processo do sai estandarte da CML, entra pendão da monarquia desde o início e estava meio aparvalhado por ainda não ter lido por aqui o forte argumento da preparação desde que nasceu para fazer não sei o quê (deixem-me cá ir aqui acima transcrever...)
"preparação para uma função, sem interferência da política, sem favores a pagar, sem pressões de fim de mandato ou necessidades de "mostrar obra", mas como todo o poder da memória política e toda a capacidade do poder moderador, sem conotações de ou compadrio ou obstrucionismo. Sem esquecer a abragência e inclusão política, que um presidente nunca terá."
...tudo isto, portanto!
Claro está depois olhamos para o resultado e isso vêmos um Duarte de Bragança, um Carlos Windsor, um Alberto Rainier... bolas tanto trabalho para nada pensará o tutor!
Garantido, melhor que Cavaco que nos apareça à frente!
Onde é que eu boto a cruzinha?!
este argumento o caso da bandeira mon
De O que a minha mãe me deu a 13.08.2009 às 18:20
Confesso que fico perturbado.
Onde, das afirmações, se pode apontar incapacidade ao Príncipe Alberto Grimaldi do Mónaco, ao Príncipe Carlos Windsor e ao Sr. D. Duarte de Bragança em cumprir com as características que enunciei?