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O PS tem apenas uma estratégia para vencer as eleições: "ou nós ou o caos". Depois das pessoas terem perdido a confiança na governação socialista, Sócrates assume que nada mais lhe resta que atacar a oposição. Esta retórica, que tem vindo a ser ensaiada nos últimos meses, será a tónica da campanha eleitoral do PS. Irão tentar apresentar um cenário onde não existe alternativa a um governo socialista: de um lado a esquerda radical e do outro a direita salazarenta. No meio surge a virtude, encarnada pelo PS moderado e salvador do país.
Esta é uma narrativa bem elaborada, mas carece de dados factuais, e que apenas pretende confundir as pessoas. Depois de terem falhado clamorosamente nos últimos quatro anos, desejam fazer destas eleições um referendo às oposições. Lamento, mas o que está em causa, além das propostas dos vários partidos, será também o saldo do mandato que agora termina. Gostava que a campanha socialista se baseasse na discussão sobre os resultados da governação, e sem recurso aos truques das estatísticas fantasiosas ou da propaganda, do estilo do falso relatório da OCDE ou do circo em redor do computador da JP Sá Couto. Mas, como temos percebido nestes últimos tempos, este governo tem uma relação complicada com a verdade.