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secos contra molhados

por Carlos Nunes Lopes, em 13.08.09

«O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) criticou ontem o vice-presidente da Câmara de Lisboa e actual presidente em funções, Manuel Salgado, depois de este ter acusado a PSP de, supostamente, não ter guardado de modo eficaz a sede do município na madrugada em que elementos do blogue 31 da Armada (31daarmada.blogs.sapo.pt) trocaram a bandeira municipal pela bandeira da monarquia. “O senhor vice-presidente da Câmara de Lisboa foi lesto em acusar a PSP, atendendo a que existe uma esquadra próxima dos Paços do Concelho. O que o senhor [Manuel] Salgado se esqueceu é que a vigilância dos edifícios municipais é da competência da Polícia Municipal, que, por sua vez, depende directamente da câmara municipal”, disse ao PÚBLICO o presidente do Sinapol, Armando Ferreira.

As palavras de Salgado, que substitui António Costa na presidência enquanto este se encontra de férias, também caíram mal entre os ofi ciais da Direcção Nacional da PSP que, no entanto, entenderam não se pronunciar publicamente sobre o assunto.

Não impediram, no entanto, que os sindicatos policiais tomassem uma posição sobre o assunto, como foi o caso do Sinapol»

Na edição Impressa do Público

 

Nota: A escolha da fotografia que acompanha a peça é excelente.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De alinhado a 13.08.2009 às 15:37


Pois é, a Policia de Segurança Pública diz que a vigilância e, por isso a protecção dos edifícios municipais é da competência da Polícia Municipal. Por sua vez, a polícia municipal é uma "Polícia administrativa", cuja atribuição prioritária é fiscalizar o cumprimento das leis e regulamentos relativos a matérias que competem aos municípios, entre as quais não se incluem a segurança ou outra qualquer que respeite ao direito criminal (vejam a Lei n.º 19/2004). É que, por força daquela lei as polícias municipais não são forças de segurança, nem com elas se podem confundir.


Assim, temos um sarilho, os legalmente denominados polícias municipais e materialmente fiscais municipais, para além de passarem multas, só vigiam, tipo mixe de segurança de centro comercial com fiscal dos comboios.


Isto suscita um problema muito grave e com contornos criminais: Quem apreendeu e mantém sequestrada a bandeira nacional hasteada por portugueses no edifício das Câmara Municipal?

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De SINAPOL a 21.04.2010 às 02:22

A título informativo e porque a notícia e consequente comentário versa tanto sobre a Polícia, a Polícia Municipal de Lisboa e o Sindicato Nacional da Polícia, carece explicar que no caso de Lisboa e Porto, os corpos de Polícia Municipal, não são apenas polícias administrativas, uma vez que todos os elementos policiais que lá prestam serviço são também eles da PSP, no entanto não dependem do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, mas sim da CML, pois são recrutados em regime de requisição à PSP por períodos de 2 anos, findos os quais, poderão renovar ou rescindir essa requisição. Assim e meramente a titulo também informativo, ao contrário dos demais corpos de polícias municipais existentes, esses sim, polícias administrativos, no casos de Lisboa e Porto e por serem da PSP, estes elementos são órgãos de polícia criminal, vulgo OPC's, logo com os mesmos poderes que os demais seus colegas da PSP ao Serviço do Comando Metropolitano de Lisboa e Porto. No entanto o SINAPOL reafirma e com conhecimento de facto que a guardas das instalações municipais em LISBOA  é da exclusiva competência da PM - Lisboa e que estes enquanto "funcionários" municipais dependem hierarquicamente no limite da legalidade do Presidente da Câmara.
O SINAPOL  
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De artur mendes a 13.08.2009 às 15:51

A REVOLUÇAO DE OUTUBRO
Ramalho Ortigão
..." Pobres homens, mais dignos de piedade que de rancor,os que imaginam que é com um carapuço frígio, talhado à pressa em pano VERDE E VERMELHO, manchado no lodo de uma revolta num bairro de Lisboa, que mais dignamente se pode coroar a veneranda cabeça de uma pátria em que se geraram tantos e tantos grandes homens, a cuja memória imperrecível, e não aos nossos mesquinhos feitos de hoje em dia, devemos ainda os últimos restos de consideração a que podemos aspirar no mundo! Pobre gente! Pobre pátria!"
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De artur mendes a 13.08.2009 às 15:55

correcção: " imperecível"
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De João Afonso Machado a 15.08.2009 às 09:48

Ainda de Ramalho, in «ÚLTIMAS FARPAS»:

«A REPUBLICA PORTUGUESA CONTINUA DANDO AO MUNDO O MAIS INACREDITÁVEL ESPECTÁCULO - EXISTE»

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