31 da Armada

Nem todos os Republicanos eram anticlericais , muitos eram inclusive sacerdotes Católicos, o próprio Afonso Costa, no fim da vida, arrependeu-se dos seus erros e reconheceu o Catolicismo.
O Santo Padre João Paulo II em França também aderiu ao Republicanismo, ao considerar que a "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" e os valores da Revolução Francesa eram e são os valores da Igreja Católica.

Eu não confiaria. Li muitas preocupações suas, de ordem moral, que a Republica se apresta para transformar em realidades legais.
Aliás não esqueça: republicano, laico e socialista. Os que vão mandando neste País.
E mais: não esqueça o mal que à Igreja fez o Estado Novo, o descrédito que lhe provocou perante a população em geral.
Não consegue defendê-las a ambas: são incompatíveis. Pergunte aos Jesuítas.

São laicos e socialistas, não Republicanos, nenhum Republicano pode ser socialista, pois o socialismo é antiliberal , antidemocrático e antiparlamentarista (não nos podemos esquecer que eles são os que queriam a Democracia como via para o socialismo).
O Estado Novo fez de facto muito mal à Igreja, fico feliz por concordar comigo, mas o Estado Novo era apenas uma República ficcional, pois apenas tinha um Presidente, de resto era um regime autoritário paternalista, de estilo monarquia esclarecida (também era antiliberal , antidemocrático e antiparlamentarista , faz lembrar porque muitos membros do Estado Novo foram para o PS).
O Rolão Preto e os integralistas lusitanos eram monárquicos (apoiantes do Estado Novo), e o Salazar era monárquico.
Bem como Deus e a Virgem Santa Maria do Rosário de Fátima estavam com a República, pois prestaram-lhe a honra de ser na Iª República que ocorreram as aparições da Virgem Imaculada na Cova de Iria, que permitiram a conversão de muito patrióticos republicanos portugueses (quer de aquém , quer de além Minho) ao Catolicismo, tal com terá influenciado a conversão do próprio Afonso Costa.
Viva o 5 de Outubro de 1910

Meu Excelente Amigo:
A sua dedicação à Igreja agrada-me profundamente. António Sardinha dizia que Portugal crescera sob 2 «ideias directivas»: a Igreja (cultural) e a Monarquia (política)-
Assim foi. Indpendentemente da Fé mantem-se a realidade cultural, como se manterá esta desgraçada situação enquanto Portugal não retomar a sua via politica de nascença.
Adiante.
Já falámos sobre o branqueamento da Republica. O meu Amigo é persistente nas suas convicções. Ao ponto de, creio eu, alterar a realidade dos factos. Isso é mau porque aproxima-o do materialismo dialéctico. Ou daqueles retratos estalinistas em que os personagens entravam ou saiam conforme as conveniencias do ditador.
Não se ofenda com este meu último comentário. Obviamente é exagerado.

Bom o Rui Zink já me chamou pior... Chamou-me Democrata hipócrita (ao dizer que preferia que eu fosse um Democrata hipócrita, que um fascista honesto), por considerar que os totalitarismos podem ser proibidos de existir (o Alberto João não inventou nada em 2000 eu, com 18 anos, já defendia o mesmo).
Mas caro amigo acredite os Republicanos ainda antes de 1926 já estavam reconciliados com a Igreja, que sempre foi o grande factor de luta interna entre Repúblicanos (facções Democráticas e facções de António José de Almeida).
Viva o 5 de Outubro de 1910