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"É tradição da monarquia ter uns bobos de serviço". Profundas palavras estas, de Duarte Moral, assessor do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, ao Expresso.
A criatura parece não entender que os lisboetas, sejam eles monárquicos, republicanos ou desalinhados, não sentem, na maioria dos casos, qualquer afinidade com este tipo de declarações: seja porque não se identificam com o ressentimento pouco saudável de Duarte Moral perante as legítimas convicções de outros cidadãos; seja porque têm mais que fazer do que lidar com uma confrangedora relação não resolvida do assessor com a História.
Com Duarte Moral, ganham os psiquiatras que, porventura, dele se venham a encarregar, e Pedro Santana Lopes, destinatário natural do voto de monárquicos e republicanos escandalizados com este tipo de reacções.
Veremos se António Costa tem o talento e a intuição necessários para, a muito curto prazo, reconhecer o evidente e inverter uma situação que tem tudo para se tornar muito desconfortável (recorde-se, neste âmbito, o elenco de monárquicos ilustres que se dividem pelas candidaturas à Câmara Municipal de Lisboa): para isso, haverá que deixar claro que todos, sem excepção, têm o direito de ser ou monárquicos ou republicanos; e que a opção monárquica de alguns,e a maior ou menor criatividade com que esses a defendem, não justificam as declarações tendencialmente ofensivas de um funcionário menor e malcriado.
Quando a Duarte Moral, que fique tranquilo: se enquanto assessor não é grande coisa, como palhaço, faz-se. Ao serviço de quem, é algo que veremos; da minha parte, porém, confesso que gostaria de o ver a milhas de um futuro Primeiro-ministro de Portugal.
* Post editado.