Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Telegrama para Deus

por Paulo Pinto Mascarenhas, em 17.08.09

Só para confessar que o meu regresso a casa também tem a ver com a bandeira que o 31 da Armada impôs nos Paços do Concelho. Stop. Sobretudo com as reacções politicamente correctas de alguns bloggers - da esquerda e da direita maçadoras. Stop. Porque de alguns jornais e de alguns jornalistas já se espera que sejam maçadores. Stop. Mas esperava mais da blogosfera. Stop. Sou republicano, mas se o rei for o Vader posso reconsiderar. Stop. Agradeço a Deus a mensagem curta de boas vindas. Stop. Como sempre vou escrever sobre os assuntos e os projectos que me interessam. Stop. Não prometo mais que isso. Stop. Chamo desde já a vossa atenção para a entrevista de José Luís Judas ao i. Stop. Em que diz - e passo a citar - "como não fui acusado de pedofilia, ninguém do PS me recebeu" - referindo-se ao impoluto ex-secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues. Stop.  E apoio a candidatura do Francisco Mendes da Silva a presidente da Câmara Municipal de Viseu. Stop. O slogan pode ser "Ruas para a Rua!". Stop. E do Vasco Campilho à Assembleia da República. Stop. E vão lendo o ABC. Stop.Volto já. Stop.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

Sem imagem de perfil

De Chico Esperto a 17.08.2009 às 11:49

Boa. Assim encontro tudo no mesmo sítio!
Sem imagem de perfil

De Desmistificador a 17.08.2009 às 12:59

Caro Paulo Pinto Mascarenhas,

Em primeiro lugar gostaria de o saudar pelo regresso ao 31 e voltar ao debate, que é o mais importante.
Tenho seguido um antigo blogue seu "Direita Liberal", nome este que gostaria de esclarecer que segundo o Sr. Eng. Pinto de Sousa, é o mesmo que GELO QUENTE.

Ora vejamos, como todos sabemos, os Liberais sempre foram os primogénitos da Esquerda, e alguém se intitular Direita Liberal, será o mesmo que se assumir como de "Esquerda-Direita"...incongruências enfim.

Melhores cumprimentos,

***********************************************************
O liberalismo é de esquerda
por João Cardoso Rosas, Publicado em 16 de Julho de 2009
O liberalismo foi a reacção histórica ao absolutismo, tem uma visão igualitária da sociedade e defende a liberdade individual e as minorias
Opções

* Votar:
Rating: 3.8 (10 votos)
* Enviar
* Imprimir
* Comentar
* Partilhar
o Partilhar
o Google Bookmarks
o TechnoraTI
o Facebook
o mySpace

a-/a
Na linguagem corrente, o liberalismo é associado à direita. Quando dizemos que alguém é liberal situamo-lo, quase sempre, no lado direito do espectro político. Mas isso é um erro de três pontos de vista: histórico, doutrinal e político.
De um ponto de vista histórico, o liberalismo afirmou-se como a alternativa de esquerda a um conservadorismo mais ou menos reaccionário, mais ou menos saudoso da monarquia absoluta e do Antigo Regime. Durante o século 19, antes do triunfo do socialismo, ser de esquerda ou ser liberal era a mesma coisa. Note-se que este carácter progressista do liberalismo está ainda hoje presente em alguns países, sobretudo na América. Como aí nunca tiveram sucesso as ideias socialistas, ser de esquerda é ser liberal. Obama, por exemplo, é um liberal no sentido americano, ainda que moderado.
De um ponto de vista doutrinal, o liberalismo é de esquerda na medida em que transmite uma visão profundamente igualitária. Aquilo que separa a esquerda da direita - qualquer tipo de esquerda de qualquer tipo de direita - é precisamente a diferença das posições em relação à promoção da igualdade. O liberalismo bate-se pelas liberdades iguais para todos os cidadãos e pelo tratamento não discriminatório de grupos historicamente discriminados: as mulheres, as minorias religiosas, étnicas ou sexuais. Mas o liberalismo defende também, desde o século 19 e até aos nossos dias, uma maior igualdade em termos de oportunidades e da distribuição da riqueza. Foi assim com John Stuart Mill, no século 19, e assim continuou com John Rawls, no final do século 20.
De um ponto de vista político-partidário, em Portugal e não só, o liberalismo mantém-se à esquerda. Isto não quer dizer que pelo menos uma parte dos partidos da direita não defenda o mercado livre. Mas preconizar o mercado livre não faz de ninguém um liberal. Se assim fosse, Pinochet e as autoridades chinesas seriam liberais distintos. Na direita portuguesa, os que aderiram ao que chamam "liberalismo clássico" na economia são, em boa verdade, conservadores e não liberais. São- -no sempre em matérias de costumes e de bioética. Nunca se preocupam muito com a defesa das liberdades individuais. Desconsideram as minorias. A sua adesão ao mercado livre deriva apenas da oposição à política igualitária da esquerda. Defendem o mercado contra o Estado social e distributivo, não a favor da liberdade.
Dito isto, não nego que possa existir, em tese, também um liberalismo de direita. No entanto, para ser consequente, esse liberalismo tem de defender a liberdade de cada um de fazer o que quiser consigo mesmo e com a sua propriedade, contra um Estado igualitarista, mas também contra um Estado conservador. É o que podemos encontrar, por exemplo, num autor como Robert Nozick. Porém, os movimentos políticos que dele se reivindicam são negligenciáveis e, em Portugal, não existem de forma nenhuma. Decididamente, o liberalismo é de esquerda.
Professor universitário
de Teoria Política
Escreve à quinta-feira

O problema da direita


Os valores e princípios tradicionais da direita estão descaracterizados na oferta política portuguesa. É necessária a sua refundação.

Se esquerda e direita significam, para além de lugares do espaço político, conteúdos substanciais, valores, princípio
Sem imagem de perfil

De Desmistificador a 17.08.2009 às 13:00

O problema da direita


Os valores e princípios tradicionais da direita estão descaracterizados na oferta política portuguesa. É necessária a sua refundação.

Se esquerda e direita significam, para além de lugares do espaço político, conteúdos substanciais, valores, princípios e projectos, tais conteúdos podem ser exercidos e desenvolvidos em diferentes formas e regimes. Em modelos autoritários ou liberais, totalitários ou democráticos.

Em Portugal, a Primeira República foi o tempo de governo dos democráticos de Afonso Costa e António Maria da Silva. Uma esquerda republicana, anti-religiosa, anticonservadora, que se impôs pela força da rua e nas suas formas superiores de luta - a Carbonária, a Formiga Branca, o povo unido! O eleitorado era 7% da população.

A reacção a esta violência foi violenta - as incursões de Couceiro, Sidónio Pais, a Monarquia do Norte; em 1926, a ditadura militar; e depois de 1933 o Estado Novo autoritário de Salazar. Este impôs os princípios da direita - nacionalistas, religiosos, conservadores - num sistema apartidário. O que, depois de 1945, era um modelo exótico para a Europa ocidental.

É este o problema da direita portuguesa - os seus valores e princípios foram instituídos e defendidos no Estado Novo, o que os tornou execrados e indesejados no pós-25 de Abril.

E justificou a sua interdição na democracia vigiada pela autoridade instituinte do MFA e do seu pacto com os partidos.
Com excepção da dinâmica do PSD do primeiro cavaquismo e do CDS nacional populista da segunda metade dos anos 90, tais princípios nunca foram assumidos (o que não quer dizer que não servissem às vezes de bandeira de conveniência) por nenhum partido ou programa político. E continuam a não ser.

Esta ausência descaracterizou ideologicamente a oferta política e o eleitorado de direita vota, à mercê das lideranças, das situações e conveniências, no PSD, no CDS e até no PS. No PSD do primeiro cavaquismo, no CDS de Monteiro de 1995 e em Sócrates na dêbacle do PSD de Santana.

Tem sido assim e assim será, enquanto não houver uma força política, existente ou nova, que adopte esses valores e princípios identitários da direita. Que, depois do fim do comunismo e da conversão dos socialistas ao mercado, já não pode ser o liberalismo económico.

A direita ideológica tem a ver com a ideia de valores de orientação permanente, à volta da nação, da religião, da família, de uma certa ordem natural, que admite mudanças, mas rejeita utopias e sobretudo a absolutização do relativo.
E esses valores podem ser defendidos no quadro democrático. Não fizeram outra coisa nos últimos trinta anos os grandes partidos da direita da Europa e dos Estados Unidos.

Jaime Nogueira Pinto

«I», terça, 14 de Julho -2009
Sem imagem de perfil

De Gabriella Monferrato a 17.08.2009 às 12:08

Estou apaixonada pela ala monárquica do 31 da Armada e espero ansiosamente, na minha varanda com a trança caída até à rua, que me venham hastear a bandeira. Agora mesmo, depois de publicar este post vou esperá-los lá fora. Vestida de princesa Leia.
Sem imagem de perfil

De João Afonso Machado a 17.08.2009 às 12:20

queira indicar se é preciso levar o mastro e, já agora, onde se encontra domiciliada. Põe a bandeira quem chegar primeiro, está bem?
Sem imagem de perfil

De Gabriella Monferrato a 17.08.2009 às 14:22

Põe a bandeira aquele que chegar primeiro. Mas se chegarem vários ao mesmo tempo conta o critério do currículo de bandidagem. O mais cadastrado tem o privilégio de hastear a bandeira. Pode ser assim? É que eu quero que a coisa seja feita por gente experiente e como deve ser!
Sem imagem de perfil

De João Afonso Machado a 17.08.2009 às 15:06

COMBINADO GABRIELLA:

NÃO GOSTO DE CANTAR VITÓRIA ANTES DO TEMPO, MAS CHEIRA-ME QUE ESTÁ NO PAPO.

 
Sem imagem de perfil

De João Afonso Machado a 17.08.2009 às 12:18

Também há republicanos no 31?
Isto é que vai aí uma confusão, oh srs. bloguers do deita-abaixo.
Afinal não é só betinhos e meninos mimados...
Sem imagem de perfil

De blogdaping a 17.08.2009 às 13:48

Há alguma benzada que bebe cházinho com as tias carunchosas... ( temos de ver como é que vai se escrito o testamento....)

Mas, também há aqui pessoal da benzada um bocado desalinhado e vai pelas bejecas , caracóis... e tremoços !
Sem imagem de perfil

De João Afonso Machado a 17.08.2009 às 15:10

quem me dera uma tia carunchosa para um cházinho e uma herança a seguir. esses eu compreendo.
os dos caracois não. e mil vezes o vinho à cerveja.

Em suma: também faço parte da benzada. A gente está sempre a aprender
Sem imagem de perfil

De Skywalker a 17.08.2009 às 15:15

Com tanto que escreve neste Blog já merecia ter o seu nome da varanda!
Sem imagem de perfil

De João Afonso Machado a 17.08.2009 às 16:22

Esteja à vontade: o nome na varanda, uma estátua no Rossio ou passar à frente do tanto que escrevo. Normalmente é o que eu faço em relação às suas ressabiadelas.
Sem imagem de perfil

De Skywalker a 17.08.2009 às 16:27

Se me responde a todas não passa à frente, anda atrás!
Já começo a achar que é amor! E olhe que isso seria grave num Monárquico de "fundo"!
Sem imagem de perfil

De João Afonso Machado a 17.08.2009 às 16:42

DEVE SER. VOCÊ TEM AR DE SER MULHER BOA
Sem imagem de perfil

De Skywalker a 17.08.2009 às 16:45

Como sabe se sou mulher ou não?!
Imagem de perfil

De Nuno Castelo-Branco a 17.08.2009 às 17:59

Qual? Naquela em que estou a pensar e onde você vai ver o sr. AC Silva no próximo (?) 5 de Outubro? 


Com marquise ainda ficava melhor.
Sem imagem de perfil

De blogdaping a 17.08.2009 às 15:20

Aprender até morrer !
O diabo sabe muito, não é porque é diabo... é porque é velho .
Se não tem uma tia carunchosa , cheia de papel para lhe escrever um testamento favorável... olhe, fique-se pelo tinto (já somos dois ) mas nestes dias de estio, umas bejecas..., até os antigos egípcios... 
Sem imagem de perfil

De Clara a 17.08.2009 às 12:35

Também se poderia aplicar ao Paulo Pedroso, esse fabuloso candidato do partido à câmara de Almada [estranhamente não aparece foto dele em nenhum cartaz da campanha, I wonder why].
Imagem de perfil

De Carlos Nunes Lopes a 17.08.2009 às 12:44

Bem-vindo a casa, Paulo.
Imagem de perfil

De Francisco Proença de Carvalho a 17.08.2009 às 12:47

Muito bem-vindo Master PPM.
Um abraço
Sem imagem de perfil

De Alexandre Kulcinskaia a 17.08.2009 às 13:28

Não teve piada STOP
Pelos vistos há mais pessoas que não acharam piada STOP
http://controversamaresia.blogs.sapo.pt/207613.html STOP
STOP com isto do STOP STOP
______________________________
http://kulcinskaia.blogs.sapo.pt/
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 17.08.2009 às 14:01

Só uma nota:

A frase de Judas é a seguinte:

"Como não era acusado de pedofilia não tive ninguém a receber-me à porta."

A frase da capa do I, é a seguinte:

"Como não era acusado de pedofilia não tive ninguém DO PS a receber-me à porta."

OLD HABITS DIE HARD.
 
Imagem de perfil

De Paulo Pinto Mascarenhas a 17.08.2009 às 15:02

Qual é a sua relação com o PS?

Nunca recebi nenhuma solidariedade do PS. Nem precisava dela. Uma vez encontrei por razões profissionais José Sócrates. Ele viu-me, dirigiu-se a mim e cumprimentou-me à frente de toda a gente, mas não tive mais nenhum contacto do PS nem eles quiserem ter contacto comigo. Como não era acusado de pedofilia não tive ninguém a receber-me à porta.

Esse afastamento partiu mais de si ou do PS?

Partiu dos dois lados. Na altura o secretário-geral era o Ferro Rodrigues. Enviei-lhe várias vezes um documento para ser recebido e ele não quis. Aí percebi que não estavam interessados na minha presença. Mas tirando esse gesto simpático, não houve mais nada.

i

-

Precisa de se explicar melhor?
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 17.08.2009 às 19:55

Não, não precisa de se explicar melhor. Confirmou que a frase foi adulterada. Novamente.

Comentar post