Foi uma partida "gira" ("gira" é uma palavra "gira"); eu, que sou republicano, o que quer que isso signifique, achei. Como o compadre alentejano diria, teve graça e não ofendeu.
Gosto de rapaziadas e, ao ver a bandeira azul e branca na varanda da Câmara de Lisboa, cheguei por momentos a pensar (eu, que sou sportinguista) que fosse a do F.C. Porto, e que os gentis-homens que, armados de escadote e alarve boa disposição, ali a colocaram, fossem malta dos Super-Dragões, o que teria sido ainda mais "giro". A gramática daqueles "há 99 anos atrás" é que deixa um pouco a desejar, mas não se pode ter tudo, designadamente ser monárquico e alfabeto ao mesmo tempo. Estou, aliás, em crer que escrever-se melhor do que o patético "rei" pensa há-de ser crime de lesa-majestade. Desde que, "há 99 anos atrás" (ou seria à frente?), o "Reizinho" desapareceu das páginas de "O Primeiro de Janeiro" que estávamos precisados de tiras de "comics" assim burlescas e amáveis. Só acho mal que a Câmara tenha feito queixa à Polícia, devia ter-se queixado ao Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. E, já agora, ao da História.