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sobre os descendentes nas listas de deputados

por Rodrigo Moita de Deus, em 19.08.09

Alguns monárquicos herdam anéis de brasão. Alguns republicanos herdam círculos eleitorais.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Nuno Castelo-Branco a 19.08.2009 às 11:34

Sem querer abusar, apenas comento com um pois-pois, aqui.
Na monarquia apenas UM "herda". Na república, andam por aí muitos comendadores herdeiros.
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De Apátrida a 19.08.2009 às 14:59

Caro Nuno, não é bem assim, os Tavoras, os Loulés, os Beja que foram eminentes ministros do nosso reino, também erdaram o produto dos saques e da extorção de diversas guerras dentro e fora do país, como bem sabe.

Mas, tal como disse anteriormente, entre o saque e a extorsão dos monárquicos e dos jacobinos venha o diabo e escolha...

A questão não está no modelo de nação, está nos genes que não são de grande casta... já foram, mas estragaram-se quando D. Afonso Henriques resolveu conquistar para baixo.
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De Céptico a 19.08.2009 às 15:34

Ora não é que já cá falta o saloio - para utilizar uma expressão tão do seu agrado - provincianismo nortenho e, muito provavelmente, portuense! Mais um apóstolo da sacro-santa religião anti-"capitalista" (contra A capital e não contra O capital) de retorquidos contornos calimeros.

E não hajam dúvidas... Portugal seria muito melhor se Afonso Henriques conquistasse para norte, em vez de para sul... particularmente se mandasse à frente todos os apostolos da referida religião para um delicioso mergulho nas nortenhas e gélidas águas da Galiza.

Adiantavam-se assim ao Pde. António Vieira nos seremões que tinham oportunidade de fazer.
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De Nuno Castelo-Branco a 19.08.2009 às 19:53

O problema consiste no simples facto do Pde. António Vieira ter sido um entusiasta da expansão para sul. Para Portugal, sempre significou o tal almejado lugar ao sol, a expansão, o ser visível. Obrigado Afonso Henriques e obrigado a D. João I, ao Infante  e aos homens que fizeram um Portugal que para sempre ficará na história. Já agora, um obrigado a quem Restaurou a independência, que os "modernos de hoje" parece quererem fazer perder.
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De Apátrida a 19.08.2009 às 19:55

Caro Céptico simpatizo consigo e até lhe dou algum apoio, caso contrário não estaria a escrever neste blogue.

Tem toda a razão, a identificação da corrente de pensamento é correcta, sou do Porto (nada tem a ver com portista) que graças a Deus tem moderado e regulado, sem verdadeiramente o conseguir por inteiro, as tendências terceiro mundistas de Lisboa nos últimos 200 anos, começando por Fernandes Tomás, Passos Manuel, Mouzinho da Silveira,acabando em Sá Carneiro, etc. Mesmo antes foram os únicos que verdadeiramente defenderam o país do invasor durante as invasões francesas. A elite lisboeta ou fugiu cobardemente para o Brasil ou aderiu ao invasor, como simples traidores oportunistas. Imagina-se se tivéssemos sido invadidos pelo 3 Reich durante a 2ª Guerra Mundial o que teria sido a vergonha da nação!

No entanto terá de concordar comigo que toda esta verborreia é excessivamente saloia e em nada elevam o debate sobre o tema.
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De Nuno Castelo-Branco a 20.08.2009 às 01:01

Não é bem assim, embora  a minha família seja toda originária do Douro "para cima". A questão da ida para o Brasil, consiste num aspecto da nossa história  que tem sido alvo das mais inacreditáveis interpretações, na sua maioria ditadas pelo desconhecimento da realidade política, económica e militar da Europa de então. Fizeram bem em transferir a capital para o Rio. A verdadeira questão a colocar, é "o que teria sucedido a Portugal se a Corte tivesse permanecido em Lisboa, caindo nas mãos de Bonaparte".
Como sabe, as instruções de Bonaparte a Junot eram sucintas .
1. Capturar a família real (decapitando a soberania).
2. Capturar a frota portuguesa, que na altura era importante, dada a escassez de navios após a derrota de Trafalgar.
3. Tomar o tesouro público.


Junot nada disto obteve e assim, Napoleão não reservou a Portugal, aquilo que executou em Espanha: prisão dos Bourbon, entronização de José Bonaparte como mero fantoche. 
Creio mesmo que a ida para o Brasil permitiu a plena restauração da independência, a integridade territorial e aliás, foi a derradeira vez em que Portugal se sentou à mesa das grandes potências: no Congresso de Viena.
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De Apátrida a 20.08.2009 às 09:49

Não vejo como é que a fuga dos lideres e o abandono do povo aos invasores seja algo de que um país se possa orgulhar. Mas podem-se sempre construir-se interpretações que nos sejam mais agradáveis suportar.

Posso ser muito ignorante, mas não conheço nenhum caso paralelo na Europa, apenas Pétain fez algo similar em França, mas pagou caro com a pena de morte depois comutada em prisão perpétua.

Quanto ao tesouro público, chegou à Madeira e deu meia volta para Londres como toda a gente sabe.

Poderia sempre ter sido feita alguma resistência, como aconteceu em muitos pontos do país. Poderia sempre ter-se instalado na Madeira e dai dirigir as operações. Mas não, optaram pelo abandono puro e simples.

Aliás não é caso único, D. Manuel fez o mesmo em 1910, abandonando todos aqueles que queriam restaurar a Monarquia entregues a si próprios. poderia sempre ter-se instalado na Galiza e comandado daí as tropas, em vez de as deixar entregues a um imbecil como Paiva Couceiro.

Em resumo, quando o aperto chegou, quer numa, quer noutra situação, não hesitaram em optar pelo abandono, assistindo de longe ao massacre do povo que juraram defender e proteger, sem se importarem muito. Portanto a história da nossa monarquia mais recente também não é de nos orgulhar muito.

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