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sobre os descendentes nas listas de deputados

por Rodrigo Moita de Deus, em 19.08.09

Alguns monárquicos herdam anéis de brasão. Alguns republicanos herdam círculos eleitorais.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Nuno Castelo-Branco a 20.08.2009 às 01:01

Não é bem assim, embora  a minha família seja toda originária do Douro "para cima". A questão da ida para o Brasil, consiste num aspecto da nossa história  que tem sido alvo das mais inacreditáveis interpretações, na sua maioria ditadas pelo desconhecimento da realidade política, económica e militar da Europa de então. Fizeram bem em transferir a capital para o Rio. A verdadeira questão a colocar, é "o que teria sucedido a Portugal se a Corte tivesse permanecido em Lisboa, caindo nas mãos de Bonaparte".
Como sabe, as instruções de Bonaparte a Junot eram sucintas .
1. Capturar a família real (decapitando a soberania).
2. Capturar a frota portuguesa, que na altura era importante, dada a escassez de navios após a derrota de Trafalgar.
3. Tomar o tesouro público.


Junot nada disto obteve e assim, Napoleão não reservou a Portugal, aquilo que executou em Espanha: prisão dos Bourbon, entronização de José Bonaparte como mero fantoche. 
Creio mesmo que a ida para o Brasil permitiu a plena restauração da independência, a integridade territorial e aliás, foi a derradeira vez em que Portugal se sentou à mesa das grandes potências: no Congresso de Viena.
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De Apátrida a 20.08.2009 às 09:49

Não vejo como é que a fuga dos lideres e o abandono do povo aos invasores seja algo de que um país se possa orgulhar. Mas podem-se sempre construir-se interpretações que nos sejam mais agradáveis suportar.

Posso ser muito ignorante, mas não conheço nenhum caso paralelo na Europa, apenas Pétain fez algo similar em França, mas pagou caro com a pena de morte depois comutada em prisão perpétua.

Quanto ao tesouro público, chegou à Madeira e deu meia volta para Londres como toda a gente sabe.

Poderia sempre ter sido feita alguma resistência, como aconteceu em muitos pontos do país. Poderia sempre ter-se instalado na Madeira e dai dirigir as operações. Mas não, optaram pelo abandono puro e simples.

Aliás não é caso único, D. Manuel fez o mesmo em 1910, abandonando todos aqueles que queriam restaurar a Monarquia entregues a si próprios. poderia sempre ter-se instalado na Galiza e comandado daí as tropas, em vez de as deixar entregues a um imbecil como Paiva Couceiro.

Em resumo, quando o aperto chegou, quer numa, quer noutra situação, não hesitaram em optar pelo abandono, assistindo de longe ao massacre do povo que juraram defender e proteger, sem se importarem muito. Portanto a história da nossa monarquia mais recente também não é de nos orgulhar muito.

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