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É óbvio que este video foi cortado. Estou certo que a edição original tinha a parte em que Pacheco Pereira pedia ajuda a Miguel Relvas para fazer campanha em Santarém.
«O Governo de José Sócrates tem uma visão clientelar do Estado. Suspeita-se do que está por detrás dos contratos dos contentores de Alcântara, suspeita-se do que está por detrás do financiamento dos computadores Magalhães, suspeita-se do que está por detrás da Fundação das Telecomunicações para as redes móveis, suspeita-se do que estaria por detrás do negócio da TVI, suspeita-se porque há alegadas pressões sobre magistrados no chamado 'caso Freeport' e que deu origem a processo disciplinar. Temos em Portugal um Governo sob suspeição e isto corrói as instituições e mina a autoridade do Estado».
Imediatamente surgiu uma barragem de indignação. Isto não se podia dizer, era “indigno”, um “nojo”, uma “sujidade” e palavras no mesmo tom. O Ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva considerou as afirmações do vice-presidente do PSD «inaceitáveis»:
«Afirmar que um Governo está sob suspeita sem caracterizar o tipo de suspeita só serve para trazer para a política um clima que poderá servir todos os interesses, mas não serve os interesses dos portugueses e que consiste em encontrar os caminhos para as dificuldades que estamos a viver».
Isto é a grande público. Nos blogues, hoje cheios de gente que trabalha para as agências de comunicação que o governo e o PS empregam e de assessores do governo e das autarquias PS, actuando com pseudónimo, então a histeria intimidatória foi imediata. Quem se atreva a referir sequer os factos públicos e provados, sem qualquer especulação nem “suspeição”, para além do que se sabe de forma segura e que o bom senso político justifica que se coloque como problema, que se deve, insisto deve, discutir muito para além dos aspectos policiais e judiciais, passa de imediato a um energúmeno miserável, que a máquina comunicacional trata de reduzir a um troglodita político, por comparação aos sofisticados membros do PS que não se coibem (e bem) de discutir o caso de António Preto, uma ferida em aberto nas listas do PSD. Uns podem, outros não."