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Depois das listas, das gafes (mais ninguém em Portugal comete gafes), da falta de programa, chegou a vez da cor (ou, mais abrangentemente, da «imagem»). João Marcelino, um homem que se veste habitualmente de preto, quis discutir a putativa mensagem subliminar de Manuela Ferreira Leite por esta se ter vestido de branco. O que quereria dizer «aquele branco»? Que está imaculada? Que a política da verdade é nívea? Meus amigos: já chegámos aqui, percebem? Está tudo dito.
Sabemos que a vida é bela,
Mas cuma seringadela,
Sempre fica bem melhor.
E pra que haja algo de novo,
É preciso que o Zé-Povo
Seja o seu Seringador.
E assim sempre a seringar
E o cinto a apertar,
Pouca é a longevidade.
Co trabalho a escassear
E a crise a apertar,
Valha-nos a caridade.
As promessas vão surgindo
E o povinho vai sorrindo,
Tentando acreditar.
Ouvem-se os galos cantando,
Para quem os vai escutando,
No poleiro os colocar.
Falta o leite, falta o pão,
Nos bolsos do cidadão
Só o cotão permanece.
Viver assim não é mol’,
Mas quando há futebol,
O Euro sempre aparece.
Mas por respeito a quem manda,
O Zé nem que ande de tanga,
Vive a rir e a dar ao pé.
Pois se há coisas menos belas,
Contentam-se a ver estrelas,
Dos fundos da C.E.E.