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As revoluções comem sempre os seus filhos

por Rodrigo Moita de Deus, em 15.02.07
Ao insinuar que podia usar o seu presidencial poder para vetar uma lei do aborto que não fosse “consensual”, Cavaco Silva acabou por dar uma mãozinha a José Sócrates.
É que o primeiro-ministro precisava – e precisa ainda -  de ajuda e pretexto para “controlar” a “transformação social” que a noite de domingo soltou. Antes que a “transformação social” o engula a ele.  


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Ricardo Duarte a 15.02.2007 às 16:35

Cavaco Silva disse que nenhum Presidente pode abdicar dos seus direitos, sejam eles de aprovação ou veto. Não disse mais (que eu tenha visto pelo menos).

O que é que sai dai?

"Cavaco Silva insinuo que podia vetar a lei" … sinceramente, a ver a entrevista, não fiquei com a ideia que fosse algum tipo de insinuação.
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De António Pais a 16.02.2007 às 00:13

Á pois não, ele não fez nenhuma insinuação, não. Bastou ouvi-lo hoje sobre "as boas práticas nos países civilizados da Europa" e "como estava bem documentado sobre essas práticas" para perceber que Cavaco continua a dizer tudo quando aparentemente não diz nada, quando se guarda para se pronunciar mais tarde, porque agora "é a vez da Assembleia da Republica (AR), não é a vez do Presidente da Republica".
Sócrates deve estar intimamente satisfeito com o facto de Cavaco "não" ter insinuado nada e de "não" ter mandado nenhum recado à AR. Estou para ver o texto que vai ser aprovado na AR.
Depois de Sócrates, nas Jornadas Parlamentares do PS, a propósito do resultado do referendo, ter afirmado que no Domingo o PS tinha demonstrado que era verdadeiramente um partido progressista, , pergunto: os que votaram no Sim eram todos do PS?
Progressista era ter debatido e aprovado a lei que vai regulamentar a IVG na AR, sem ter que recorrer ao Referendo como se este fosse uma bacia (alguidar) onde o líder do PS lavou as mãos do PM. Faltou-lhe a coragem.
Agora, Sr. PM, peça um referendo sobre a Flexisegurança. Não seja, mais uma vez, canalha e não atire a matar sobre quem trabalha.

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