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Duarte e companhia

por Paulo Pinto Mascarenhas, em 24.08.09

Para quem não gosta - alguns snobes republicanos - retiro o Dom e trato o chefe da casa real - em letras pequenas - pelo nome próprio. Tal como os espanhóis fazem muitas vezes em relação a Juan Carlos. Pelo número de comentários no poste em que citei a entrevista de Duarte ao i - e também pelo seu teor - parece que o Rodrigo Moita de Deus tem toda a razão: "em Portugal não há republicanismo. Nem doutrina republicana. Nem sistema republicano. O que existe é uma longa tradição anti-monárquica."


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Maria da Fonte a 24.08.2009 às 20:59

Não, não nasceu de geração expontânea.
Começou quando os trastes dos burgueses de França, organizados em Maçonaria para tomar de assalto  o poder, infiltraram o Regime Monárquico Português.
Há que dividir para reinar, não é o que os avant garde dizem?
Ao menos os Muçulmanos, vão chegando para eles.

Maria da Fonte
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De Respública a 24.08.2009 às 21:10

Veja o seu hino no youtube , e depois diga quem é maçom, a "Santa Liberdade" deve ser absolutista não é...
Os burgueses pelo menos são gente honesta e trabalhadora, ao contrário dos aristocratas que se empanturram a explorar o povo...
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 24.08.2009 às 21:42

"Esquecimentos Liberais"
 
"Quando o termómetro religioso está em cima, o termómetro da política está em baixo, e quando o termómetro religióso está em baixo, o termómetro político, a repressão política, a tirania, eleva-se. Esta é uma lei da humanidade, uma lei da história."

Juan Donoso Cortés

Sobre o liberalismo e as suas contradições, creio que ficou tudo dito com o excelente comentário do Modernista (interrompido pelo Haloscan). É incompatível o jusnaturalismo liberal, com a crença na posse da comunidade política que provém da concepção contratualista de Rousseau.
Há, porém, um ponto de que os liberais portugueses se esquecem na sua transposição das políticas liberais para este pedaço de chão.
Os liberais que falam das instituições da sociedade civil, os ditos liberais-conservadores, esquecem-se sempre que o propósito da liberalização política seria deixar a sociedade organizar-se em liberdade. O que é mais curioso nesta liberalização é que a crença dos liberais clássicos corresponderia, num passe de mágica, a um reforço dessas instituições. O que se viu, contudo, foi precisamente o oposto. A “libertação” da sociedade das garras da política foi uma fraude grotesca que destruiu a família e as associações sociais, precisamente pela incapacidade que os liberais sempre tiveram de compreender que o núcleo de amizade política, a comunidade e a sua justiça, representa e condiciona todas as relações sociais.
Num mundo de fortes convicções religiosas a repressão política é quase desnecessária e o liberalismo sempre se viu como defensor das várias perspectivas religiosas privadas, por essa razão. Razão que, infelizmente para eles, era verdadeira apenas no contexto dos conflitos protestantes. O liberalismo nunca se conseguiu libertar desse preconceito, gerado pelo ambiente da sua geração, de que removendo a política do social as instituições ficariam mais fortes. Esse erro seria pago nos séculos XIX e XX. A defesa de uma comunidade sem princípios, em favor de uma sociedade de crenças, gerou apenas uma a ausência de crenças em ambas. Movendo uma guerra à Religião, a única que havia no país (ao contrário do ambiente britânico onde a religião era o fulcro da discórdia), sob a perspectiva de que esta teria de ser removida da esfera pública, chegou-se a uma situação lamentável em que um dos regimes menos cristãos (em que o catolicismo era mera forma) da história do país, se revestia de uma capa de catolicidade. Em Portugal o liberalismo não resolveu qualquer disputa no povo. Introduziu uma nova religião e uma ideologia para disputar com o Catolicismo.
Os liberais não ficaram, contudo, por aí. Ao verem a colapsar todas as crenças da comunidade e sociedade, viraram-se para a Esquerda para o levantamente dos novos mitos sociais. Em vez de assumir a derrota, afirmaram-se ao lado do progressismo da I República, do 25 do A., prontos a assumir crédito pelos novos ídolos, a democracia e os direitos humanos, esquecendo a perfeita incompatibilidade do liberalismo com a democracia (quantos países democráticos são liberais no sentido da clássica) e comprando os Direitos Humanos com um pacote de fervorosas concepções anti-liberais (direito ao trabalho, férias pagas, etc.).
Os liberais em Portugal fizeram uma revolução contra a Igreja, em favor de uma treta religiosa que nem eles compreendem. Depois perceberam que sem esta não conseguiriam ter sociedade e tentaram controlá-la (I República). Ao verem que o não poderiam fazer, ajudaram à construção do progressismo. Agora reinvindicam para si os benefícios progressistas da “religião política” que ajudaram a erguer e que vai contra o que queriam proteger. E o pior é que alguns nem perceberam isso.
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 24.08.2009 às 21:43

http://lusavoz.blogspot.com/search?q=liberais (http://lusavoz.blogspot.com/search?q=liberais)
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 24.08.2009 às 21:51

Domenico Fisichella e o Elogio da Monarquia

http://lusavoz.blogspot.com/search?q=monarquia (http://lusavoz.blogspot.com/search?q=monarquia)

O livro debate alguns dos principais pontos da posição monárquica actual e que serão de extrema utilidade para a miríade de doutrinadores democráticos da blogosfera e dos principais círculos actuantes do movimento.
Fisichella descreve com acutilância as vantagens da Monarquia no contexto do mundo moderno, consistindo isso na possibilidade de evitar a total desagregação do político no pluralismo moderno (a inexistência de referência agregadora e posição pública concreta) ou a emergência de tendências oligárquicas que desvirtuem a liberdade (bem-comum) da comunidade. Significa isto o contrário do que os nossos monárquicos têm vindo a afirmar nos tempos mais recentes, ou seja, que o Rei e a Instituição terão de ser sempre um contra-poder contra o povo, a ofensiva desagregadora, e contra os que gerem a desagregação no interesse próprio, a ofensiva oligárquica.
Contra o provedor popular que os neo-monárquicos da democracia coroada pretendem promover, Fisichella vê na independência real a incorporação do Estado e dos seus princípios perenes numa personalidade e a mais importante fonte de estabilidade do Bem Comum num procedimento político e jurídico que rejeita a submissão ao critério numérico e quantitativo da oligarquia e da demagogia.
Ainda assim, neste livro muito fica por dizer, nomeadamente na forma como a política que rejeita a submissão ao princípio da Igualdade Imaginária (a falsa igualdade de condições) pode e tem de se submeter a uma concepção do real que não é compatível com o anti-fundacionalismo e o liberalismo de serviço em que se funda o momento contemporâneo que os nossos monárquicos tanto veneram e dão por adquirido.
Se é certo que a Monarquia é aristocraticamente servir, para que o servir não seja obedecer, mas buscar o Bem de algo, é fundamental um catálogo de Bens, uma concepção do que este é (uma forma exterior ao indivíduo de selecção entre finalidades), e tal não se encontra explícito no texto. Tudo isso, sendo o mais importante, escapa completamente ao autor que se refugia num poder moderador que, em consonância com o disparate modernista, dispensa as finalidades na determinação dos excessos e defeitos. Fisichella afirma que o Rei deve evitar os excessos de democracia e das várias oligarquias, mas infelizmente não explica o critério para que o faça (se o critério for a democracia dificilmente qualquer demagogia deverá ser suprimida, p.ex.).
Apesar de ecoar muito do silêncio dos monárquicos modernos sobre o que deve ser a monarquia (o autor escreve sobre os benefícios da moderna visão pluralista, mas esquece-se de discorrer sobre como a existência de limitação das finalidades privadas é semelhante na política antiga e moderna) o livro de Fisichella tem a excelente função de nos fazer aperceber a pobreza da reflexão dos monárquicos portugueses que desejam a monarquia mesmo onde esta confirma as piores tendências demagógicas do regime.
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 24.08.2009 às 23:07

DA MONARQUIA:
 
http://www.youtube.com/watch?v=g1TObM9Y9aU&feature=related (http://www.youtube.com/watch?v=g1TObM9Y9aU&feature=related)
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De Deus Patria Rei a 24.08.2009 às 23:15

O ressabianço natural dos republicanos.... ate entendo mas não façam essas acusações absurdas!!!!! Esquecem-se que foram as principais familias de Portugal, em tempos não muito longínquos, ajudaram e ensinaram a população local através e, essencialmente através de donativos para construçao da paroquia local, de escolas.... Algo que, quem nao sabe, é como quem nao vê....

Faziam mais do que A repulha algum dia fará.... Nem o nosso amigo Sócrates!!!!!! 
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De Apátrida a 24.08.2009 às 23:22

As suas intensões até podem ser boas, não discuto. Mas quem diz "As principais famílias de Portugal", está tudo dito...
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De Deus Patria Rei a 24.08.2009 às 23:31


Esse cometário é de alguém que não é patriota!!!! As famílias que fundaram Portugal..... Ou acha que Portugal apareceu do nada????

Se calhar e daqueles utópicos que ainda acreditam no Pai Natal.... Classes não há??? Existem e vão existir sempre quer o afecte ou não...
Nao percebo a arrogancia desse comentário com o alguém de de facto só vive para alcançar um mundo ilusório... O paraíso não é na Terra. Essas familias que desconhece lutaram para que fale e esreva em portugues.

Mas para quem é apátrida tá tudo dito...
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De Apátrida a 24.08.2009 às 23:46

Essas famílias sobretudo roubaram, extorquiram, oprimiram e bajularam e serviram-se em vez de servir.

Quem lutou foi o povo. E antes de mencionar em falar português veja se começa a usa-lo correctamente, se puder, caso não possa sugiro as Novas Oportunidades como alguém já sugeriu aqui.
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De Respública a 25.08.2009 às 10:24

Isto estaria bem se não fosse um pormenor, as escolas foram construídas com o produto dos bens das freguesias e paróquias, por força da lei de 27 de Junho de 1866, ou seja, foi com o produto da venda de bens públicos que foram construídas.
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De Maria da Fonte a 24.08.2009 às 23:21

Respública

Siga o conselho da Marquesa e coma umas empadas, que a hipoglicémia já não o deixa raciocinar. 

Então a Burguesia é gente trabalhadora e honesta, incapaz de explorar alguém.

Mas então, que diabo de República é esta, onde estamos cada vez mais miseráveis?
É Aristocrática?

E esta coisa, de péssimo gosto, da autoria de D. Pedro de Alcãntara, Imperador do Brasil, o Pedroca do Bataclan, é que promove a Fraternidade e a Igualdade?

"Cautelosa esconde e nega
À profana gente ímpia
Seus Mistérios magestosos
A pura Maçonaria

Maçons alerta
Tende firmesa
Vingai direitos
Da natureza

Do mundo o Grande Arquitecto
Que o mesmo mundo alumia
Propício protege e ampara
A pura Maçonaria

Os direitos da natureza, devem ser os da floresta da Amazónia, dizimada pela burguesíssima exploração e comércio da madeira.

A gente impia, devo ser eu e os outros como eu.  
Antigamente chamaram-nos hereges, bruxas e outros mimos, agora somos gente impia...

E o tal Arquitecto, numa prova suprema prova de que somos todos iguais, em vez de nos proteger a todos, protege-os só a eles, aos da Maçonaria.

Grande Igualdade! Grande fraternidade!
Isto, é aquilo a que eu chamo coerência! 

Maria da Fonte
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 24.08.2009 às 23:52

Maria da Fonte,

Motu Próprio nas Missas JÁ!
http://www.youtube.com/watch?v=tlz1y5u7TRY&feature=related (http://www.youtube.com/watch?v=tlz1y5u7TRY&feature=related)

Só assim restauraremos a elevação de espírito e a nobreza da Vida, El-Rei de Portugal será nossa recompensa, sempre que amar-mos a Cristo-Rei!

http://www.youtube.com/watch?v=2zlk8GKX59Q (http://www.youtube.com/watch?v=2zlk8GKX59Q)

http://www.youtube.com/watch?v=g1TObM9Y9aU&feature=related (http://www.youtube.com/watch?v=g1TObM9Y9aU&feature=related)

E com Ele, São Miguel Arcanjo restauraremos o Bem sobre o Mal, a Maçonaria será finalmente derrotada!
http://www.youtube.com/watch?v=lLg2YauMuiY (http://www.youtube.com/watch?v=lLg2YauMuiY)
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De Respública a 25.08.2009 às 10:26

Esta República (A Terceira) com a qual não concordo é tendencialmente socialista, deve ser destruida e substituida por uma República Democrática e Liberal, centrada nos valores da Constituição de 1911...
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De al kantara a 24.08.2009 às 21:47

Cara Maria da Fonte, parece-me que o azedume monárquico lhe tolda a clarividência. Essa sua alegria por os muçulmanos chegarem para os republicanos raia a experiência lisérgica. Estará a referir-se a essa respeitável e criminosa dinastia dos Saud que na Arábia Saudita representa um insulto à inteligência do mundo civilizado ? Tenha, pelo menos, alguma compreensão por quem pensa realmente que todos homens nascem iguais. Que haja quem pense que uns nascem iguais e outros nascem "princeses" é, para mim, incompreensível mas não me pôe a defender a República Popular da Coreia do Norte... 
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De Respública a 24.08.2009 às 21:59

Apoiado...
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 24.08.2009 às 22:07

O PAPEL DA HEREDITARIEDADE

Uma monarquia não precisa de ser hereditária. Basta que um único soberano seja eleito, apontado, nomeado, cooptado, para que um regime não corresponda ao que se tornou pedra-de-toque da nossa concepção de Monarquia.
A hereditariedade, porém, é a essência da Monarquia Cristã que é, salvo refutação que não conheço, a melhor das formas de Governo para uma comunidade cristã. A melhor Forma de Governo porque apresenta como essência a defesa do Perene, porque representa uma continuidade que não se limita à chefia de Estado, estendendo-se à essência da comunidade, a sua Constituição. Esse elemento, tradição verdadeira de uma comunidade política, é o testemunho legado pelos soberanos, a herança que um rei tem de aceitar para que adquira legitimidade.

Quando se fala na imparcialidade do Rei surgem argumentos, difundidos pelo neo-monarquismo dos anos 60 e 70, que por vezes confundem a verdadeira doutrina. A imparcialidade de um Monarca resulta da aceitação da herança de que falamos.
Não é uma aceitação de que todas as posições defendidas pelos portugueses são legítimas (o argumento de uma monarquia geométrica e neutra) pois bem sabemos que também há corruptos portugueses, pedófilos portugueses, homicidas portugueses.
A acção de um Rei não é, também, uma mera defesa da estabilidade dos interesses e razão estatais. Para isso não é preciso um monarca hereditário, que a História de Portugal e do Mundo está cheia de heróis que interpretaram o bem e interesse comum.

A Monarquia é a celebração do imutável, o elemento ao qual a mudança se deve subordinar, que a única tradição de uma comunidade é a sua submissão ao Bem, que não é criação humana ou fantasia-mito. Essa é a verdadeira constituição de uma Nação ou Povo e a sucessão é uma aceitação dessa Tradição.
Se a Monarquia liberta não o faz por ser um ponto culminante e inapelável da decisão política, mas porque esta se afasta das vontades individuais, em prol do estatuído pela ordem da realidade.
http://lusavoz.blogspot.com/2007/03/o-papel-da-hereditariedade-uma.html (http://lusavoz.blogspot.com/2007/03/o-papel-da-hereditariedade-uma.html)
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De al kantara a 24.08.2009 às 22:17


Caríssimo, sendo a Monarquia a celebração do Imutável, sugiro que mude urgentemente a posologia das gotas que toma às refeições. Espero que esta sugestão lhe não ofenda as convicções monárquicas que, sendo pitorescas, não colocam em risco o devir histórico de Portugal.
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De Apátrida a 25.08.2009 às 00:33

É evidente que defende o imutável. Essa é a doutrina da irmandade Pio X e de Mgr Lefebvre.

Em tudo semelhante à doutrina talibã, ou seja, defendem que a Europa deve voltar à Idade Média e aí permanecer imutável para todo o sempre.

O mal destes blogues é poderem ser usados para fins propagandistas em vez de serem um local de debate civilizado.
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 00:42

SÃO JOSÉ MARIA ESCRIVÁ ORAI POR NÓS
SÃO NUNO ÁLVARES PEREIRA ORAI POR NÓS
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA ORAI POR NÓS

SÃO MIGUEL ARCANJO E ANJO DE PORTUGAL DEFENDEI-NOS DO MAL

 
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 00:50

CONDESTÁVEL DE PORTUGAL
http://www.youtube.com/watch?v=BVY2GNfKD7E (http://www.youtube.com/watch?v=BVY2GNfKD7E)
http://www.youtube.com/watch?v=jCq30n26pss&feature=related (http://www.youtube.com/watch?v=jCq30n26pss&feature=related)
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De Apátrida a 25.08.2009 às 00:54

Oh homem... você até começou bem,  mas agora está a sua verdadeira razão de ser.
Tal como o Diabo, primeiro seduz, depois revela-se.
Veja mas é se encontra o Bin Laden para lhe vender essa treta toda.
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 01:05

Batalha de Aljubarrota

http://www.youtube.com/watch?v=2-Hw3YvAHKY&feature=related (http://www.youtube.com/watch?v=2-Hw3YvAHKY&feature=related)
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De Respública a 25.08.2009 às 12:54

Ó palerma deixa-te de invocar o Santo Nome de Deus em vão, bem como dos Seus Santos e Santas e da Sua Santa Mãe, a Virgem Santa Maria do Rosário de Fátima...
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De Respública a 25.08.2009 às 10:27

Ei não vamos chamar Santos á colação, a doutrina Lefebvriana está correcta, ou o meu caro amigo também é daqueles "idiotas" que acredita descemder de um macaco...
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De Apátrida a 25.08.2009 às 10:38

Se o meu caro amigo se diz republicano e pelo Estado laico e defende a doutrina Lefebvriana que defende que o Estado deve ser centrado em Deus então não entendo a sua coerência.
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De Respública a 25.08.2009 às 11:01

Caro amigo sou Repúblicano de Robespierre, acredito que o ateismo é imoral e inaceitável, pelo que apenas um cidadão que acredite em Deus é um bom cidadão, logo aproximo-me do lefebvianismo (embora mais em relação á minha opção privada pela religião Católica), mas seja como acredito no Estado não confessional, não no Estado laico.
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De Apátrida a 25.08.2009 às 11:50

Estado não confessional ou laico é uma e a mesma coisa. Estado laico nada tem a ver com ateísmo. No caso da nossa República, acontece que os seus actores eram ambos. Mas não devemos confundir as coisas, nem um implica o outro.

A mim parece-me mais que o nosso caro Respública é mais pela negação pontual e estática. Ou seja, se não se acredita que este regime monárquico em particular fosse bom, é-se republicano, se se acredita que o ateísmo é imoral, então é-se pela doutrina de Lefebvre.

Isso é de uma simplicidade confrangedora...

As organizações religiosas, não a religião, ou mais correctamente a fé (seja ela qual for) estiveram sempre ao serviço do poder (seja ele qual for). No fundo essa é a verdadeira razão de existirem como organizações. O lefebvrianismo é apenas uma convulsão, uma tentativa, ou um aborto, que existe pelo simples facto das organizações religiosas terem perdido esse papel, e todos os privilégios que daí advêm, de estar ao serviço do poder. Existem muitas outras doutrinas semelhantes, com os mesmos objectivos, todas elas fanáticas.
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De Respública a 25.08.2009 às 13:32

Errado o Estado Confessional é um Estado de religião oficial, o Estado Laico afasta de si qualquer elemento da religião...
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De Apátrida a 25.08.2009 às 13:41

Com ideias tão convictas, com tantas certezas entre o que é certo ou errado, com essa sua simplicidade de espírito tão ao gosto da nossa comunidade académica acho que o Sr. Respublica deveria candidatar-se a alguma cátedra duma universidadezeca deste zoológico e ensinar as suas tretas provincianas e pseudo republicanas aos primatas da sua zona.

Mas se calhar nem isso consegue, por isso escreve neste blogue...
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De Apátrida a 25.08.2009 às 13:27

Não, que ideia! Eu acredito piamente que descendemos todos de Adão e Eva e que a terra é plana.
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 14:25

O terror que sei que representa São Miguel Arcanjo para a Maçonaria...
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De João a 16.04.2020 às 13:48

Na monarquia é obrigatório existir hereditário por sangue paterno, cortes de Lamego de 1143, com vários tomos de vários anos até d. João V.

Meu 8 avô paterno, João vimarae ou vimarana e tem ligação à Bélgica, Hesse, limbourg, Saxónia e possuo em latim, não tenho nada fabricado no estado novo, nem na República.

O meu ADN Rb1 U106 Z305+, igual ao João V , Pedro II, João IV, Philipe IV da Bélgica pai de João IV, estes têm o mesmo sobrenome desde da Alemanha, Bélgica, hadsbourg, austria, Hungria, Bulgária e França e possuo em latim.

Possuo igualmente de 4 agências genética duas delas governamentais uma na Suíça e outra nos EUA a mostrar quem é o sr. Duarte Pio, o outro bastardo do Brasil, do outro da câmara de uma irmã de Miguel o bastardo.

Portanto existe família de sangue desde d. Afonso Henriques, até d.manuel II de Portugal, a minha linhagem vem por 2 filho de João V era Jorge mello sr. Infantado e venho por linha directa, com decreto da avó rainha mãe de João V para o seu 2 filho.

Todos que apoiam os outros que não tem sangue Rb1 U106 Z305+ todos irão daqui para fora aquando da monarquia. Todo o património dessas famílias serão revestidos automaticamente para coroa portuguesa aonde estiver esse património.

De tudo o que se passou nas guerras liberais, do regicídio as mesmas famílias os mesmos erros, eu não sou cego, e tudo o ando a descobrir os senhores de nariz empinado com os seus títulos na República, nem entram sequer.

A justiça ainda não foi realizada, a monarquia existiu durante 900 anos e foram os portugueses, que lutaram contra Mouros, contra espanhóis, morreram milhões e a esses portugueses são a minha nobreza e não esta gentalha armada em cacados

Cumprimentos
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De Maria da fonte a 24.08.2009 às 22:49

Santa Ignorância!

Eu referia-me, à muito justa reivindicação da Comunidade Muçulmana em França, para poder praticar livremente a sua Religião e usar os seus hábitos tradicionais, que a República Francesa;Laica, mas não tolerante, proibiu.

Isto não tem nada a vêr com Fundamentalismos de qualquer espécie.

A tradição Humanista de Portugal durante cerca de mil e quinhentos anos, foi exactamente a coexistência pacífica, e o respeito mútuo de todas as Religiões.

E desista de me atirar á cara essa conversa passada, dos
Direitos do Homem serem fruto da Revolução Burguesa de França, porque como já aqui alguém explicou, não o são.
Os franceses limitaram-se a plagiar antigos códices da Índia, o de Ciro e de Hamurabi, e utilizaram-nos como marketing político.
Aliás, fizeram o mesmo a algumas Histórias Antigas da Índia, adaptaram-nas e publicaram-nas como Fábulas.
Enfim!
Há sempre, uns "enfants de la Patrie" que gostam de ser enganados!

E ainda sobre igualdade, devo dizer-lhe que não, não somos iguais.
Somos todos diferentes. Felizmente! Que o cinzentão é horrível!
E dentro dessa diferença, os Portugueses são os mais antigos.
Genéticamente falando, claro!

Maria da Fonte
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De LEGITIMISTA PORTUGÊS a 24.08.2009 às 23:00

Maria da Fonte,

A TRADIÇÃO PORTUGUESA NÃO É HUMANISTA MAS SIM CATÓLICA ADORANDO A DEUS, POR ISSO AOS HOMENS COMO CRIATURAS DE DELE.

APELIDAR-SE DE HUMANISTA É CENTRAR A MUNDIVIDÊNCIA NO HOMEM, EM VEZ DE CENTRAR A MUNDIVIDÊNCIA EM DEUS, É NEGAR O TRANSCENDENTE É O ABAIXAMENTO DO OLHAR. Bem aventurados os pobres de espírito.

POR CRISTO REI
POR EL-REI DE PORTUGAL
POR PORTUGAL
http://www.youtube.com/watch?v=2zlk8GKX59Q (http://www.youtube.com/watch?v=2zlk8GKX59Q)
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De Maria da Fonte a 24.08.2009 às 23:26

Está o caro Legitimista, a  dizer que o Catolicismo, não é Humanista?!


Maria da Fonte
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 00:25

Uma visão cristocêntrica da História

2. Um aspecto fundamental da cultura é a definição de um sentido da história. Esse sentido enquadra e inspira opções e acções, de pessoas e de instituições, na busca da valorização da pessoa humana e do progresso da sociedade. Há respostas a questões fundamentais – para onde caminha a humanidade, em que consiste a plena realização da pessoa humana, quais são as exigências da liberdade e da fraternidade, como se garante a justiça e se caminha para a paz – a que só a cultura pode dar resposta. E os cristãos não descobrirão esse “sentido da história” se, em cada Eucaristia não reviverem esse acontecimento decisivo para a história da humanidade, que foi Jesus Cristo e a sua Páscoa. Escreveu o Santo Padre: “Cristo está no centro não só da história da Igreja, mas também da história da Humanidade. Tudo é recapitulado n’Ele (Efs. 1,10; Col. 1,15-20)… Cristo é o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização, o centro do género humano, a alegria de todos os corações e a plenitude das suas aspirações”.
Esta visão cristocêntrica e eucarística da história não retira nada ao realismo e à complexidade da realidade humana contemporânea. Dá-lhe um sentido de profundidade radical, porque os cristãos aprendem na Eucaristia que não se pode desligar a construção da sociedade presente da cidade definitiva, a “Jerusalém Celeste”, em que brilhará a plena e definitiva dimensão do triunfo pascal de Jesus Cristo. A liberdade torna-se força de generosidade e de criatividade, o amor aparece como a única atitude que pode construir a fraternidade, a justiça, a afirmação indiscutível da dignidade de cada pessoa. De cada Eucaristia os cristãos partem com um entusiasmo renovado para lutar por um mundo novo e aprendem a oferecer, na próxima celebração, as suas lutas e esforços, as suas esperanças e utopias, a sua coragem para dar as mãos a todos os que buscam o bem, e aí encontram força para as dificuldades, hesitações e fragilidades. A construção de uma civilização do amor só pode partir da Eucaristia. Nela encontramos Cristo vivo e sentimos que Ele assume e faz suas todas as lutas da humanidade.

Mas há outras visões da História
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 00:27

3. Nós os católicos não podemos exigir que este sentido cristocêntrico e eucarístico da história humana seja seguido por todos os homens. Há outras culturas a inspirar o sentido da actividade humana. As principais, porque mais numerosas, que hoje influenciam a construção da história, são as que enraízam noutras grandes religiões, em que a unidade entre a visão religiosa e o sentido ético de toda a existência humana são explícitas. Embora reconhecendo o seu peso de influência no momento presente da vida da humanidade, não as referirei agora explicitamente, porque elas não são a alternativa principal à visão cristã da sociedade, no contexto cultural do Ocidente em que nos situamos. Aqui, a visão do mundo que se contrapõe a uma cultura de matriz cristã, em que a fé em Jesus Cristo, revitalizada continuamente na Eucaristia, é fonte inspiradora do sentido de toda a vida humana, são os diversos racionalismos naturalistas, baseados na exclusividade da razão como fonte da verdade, no carácter absoluto da liberdade individual, considerada como fonte principal do sentido ético e da moralidade, e os pragmatismos de uma sociedade materialista, em que só tem valor o que é útil, rentável, ou dá prazer.


A convivência dos cristãos com estas visões naturalistas e racionalistas da história, pode fazer-se ao nível do debate das ideias, mas sobretudo na coerência dos cristãos com Jesus Cristo em Quem acreditam e com a Eucaristia que celebram. Só esse compromisso real na vida concreta, é verdadeiramente fecundo na transformação da história. Não está garantido que todos os católicos transponham para a vida e dêem densidade histórica à fé que celebram. A tentação de reagir no mundo com critérios mundanos e reservar a dimensão religiosa para uma esfera íntima e interior, é grande e expressão importante de infidelidade. Separar a fé da vida concreta não é bom, nem para a fé, nem para a vida, pois é exactamente a Vida verdadeira que celebram na Ceia do Senhor.


Esta perspectiva naturalista da história, de tendência racionalista e naturalista, convergiu na visão laicista da sociedade, que relega a fé para a esfera da privacidade individual, negando-lhe qualquer influência na inspiração ética da história. Esta visão do mundo e do homem exprimiu-se, ao nível do pensamento, em correntes filosóficas, foi protagonizada socialmente por organizações, e dilui-se, hoje, na concepção individualista da verdade e da liberdade. O mistério da Páscoa, celebrado na Eucaristia, põe o cristão continuamente em confronto com o carácter inelutável da Senhoria de Cristo ressuscitado como centro da história humana.


 

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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 00:28

http://www.angelfire.com/pq/unica/christ_2005_masonry_by_d_policarpo_cardenal.htm
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 00:29

A maçonaria e a definição do sentido da História

4. Entre as organizações que protagonizaram esta visão imanente e laicista da história, avulta a importância da Maçonaria que, a partir de meados do século XVII, fez sentir a sua influência em todas as grandes correntes de pensamento e nas principais alterações sócio-políticas. Não a referiria explicitamente, se um recente acontecimento não a tivesse trazido para as primeiras páginas das notícias e tivesse criado, em muitos católicos, interrogações e perplexidade. De facto, as cerimónias fúnebres de uma importante personalidade do Estado e membro destacado da Maçonaria, realizadas nos espaços da Basílica da Estrela, foram ocasião dessa confusão, não tanto por o “depósito” do defunto se ter feito numa das capelas mortuárias da Basílica, em princípio abertas a quantos respeitosamente as procuram, mas porque o Grão-Mestre da Maçonaria, com o nosso desconhecimento, convocou para um “ritual maçónico”, em honra do defunto, a realizar num espaço da Basílica. Esta iniciativa, que considero imprudente e indevida, provocou indignação em muitos católicos, que incessantemente têm pedido um esclarecimento da Hierarquia da Igreja.

É uma longa e atribulada história a das relações da Maçonaria com a Igreja durante os últimos três séculos, expressa em ataques, anti-clericalismo, rejeição da dimensão misteriosa da fé e da verdade revelada, a que a Igreja respondeu com várias condenações, com penas de excomunhão para os católicos que aderissem à Maçonaria. É um processo que tem de ser situado nas grandes transformações culturais e sócio-políticas desse período, em que elementos como a compreensão da natureza e legitimidade do poder político, a promoção e defesa da liberdade individual, os processos revolucionários em cadeia e a “questão romana” que pôs fim ao poder temporal dos Papas, foram pontos quentes a alimentar um conflito. Conceitos, então polémicos, como o da liberdade de consciência e de tolerância, são hoje aceites pela própria Igreja, no quadro de sociedades democráticas e pluralistas. A verdadeira reacção à visão do mundo veiculada pela Maçonaria, têm os católicos de encontrá-la na profundidade da sua fé, sobretudo quando a celebram na Eucaristia, como inspiradora da vida e da história, fonte de sentido e fundamento de uma ordem moral. Sem essa coerência de profundidade, cairão em rejeições e anátemas, pelo menos desenquadrados da actual maneira de conceber a missão da Igreja no mundo.

5. A questão crucial, sobre a qual os católicos têm o direito de esperar uma resposta do seu Bispo, é esta: a fé católica e a visão do mundo que ela inspira, são compatíveis com a Maçonaria e a sua visão de Deus, com o fundamento de verdade e de moralidade e o sentido da história que veicula? E a resposta é negativa. Um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia não pode ser mação. E se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia. E a incompatibilidade reside nas visões inconciliáveis do sentido do homem e da história.

A Maçonaria sempre afirmou, e continua a afirmar, a prioridade absoluta da razão natural como fundamento da verdade, da moralidade e da própria crença em Deus. A Maçonaria não é um ateísmo, pois admite um “deus da razão”. Exclui qualquer revelação sobrenatural, fonte de verdades superiores ao homem, porque têm a sua fonte em Deus, não aceitando a objectividade da verdade que a revelação nos comunica, caindo na relatividade da verdade a que cada razão individual pode chegar, fundamentando aí o seu conceito de tolerância. A Igreja também aceita a tolerância, mas em relação às pessoas e não em relação à objectividade da verdade.

Esta atitude perante Deus e perante a verdade gera uma “sabedoria” global, ou seja, uma visão coerente da realidade, que é incompatível com a visão do homem e da sociedade que brotam da fé cristã, que supõe a inter-acção de Deus e do homem, no diálogo fecundo e apaixonante da natureza e da graça. A Igreja tem o dever de orientar os católicos e é a eles que digo que a nossa fé e o sentido da vida que ela inspira é incompatível com o quadro gnóstico de sentido veiculado pela Maçonaria.
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 00:30

6. Haverá, ainda hoje, uma luta entre a Maçonaria e a Igreja? Não nos termos em que se pôs no passado, embora não devamos ser ingénuos: a Maçonaria, sobretudo em algumas das suas “obediências”, lutará sempre contra valores inspiradores da sociedade que tenham a sua origem na dimensão sobrenatural da nossa fé. Sempre que isso acontecer, demos testemunho da esperança que está em nós (1Pet. 3,15). A expressão de uma visão laicista da sociedade assenta também sobre a falta de coerência dos cristãos com as implicações sociais da fé que professam e da Eucaristia que celebram.
Na Eucaristia descobre-se que só o amor transformará a História
7. Esta é a novidade decisiva que define o sentido novo da construção da História: em cada Eucaristia, através do Espírito Santo, que é o Amor divino, nós mergulhamos na mais radical experiência de amor que aconteceu desde a criação do mundo. A partir dela, nós mergulhamos na realidade do mundo, dinamizados por esta certeza: só o amor transformará positivamente a História. Escutemos o Santo Padre: “A Eucaristia não é expressão de comunhão apenas na vida da Igreja; é também projecto de solidariedade em prol da humanidade inteira… O cristão, que participa na Eucaristia, dela aprende a tornar-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade, em todas as circunstâncias da vida. A imagem lacerada do nosso mundo, que começou o novo milénio com o espectro do terrorismo e a tragédia da guerra, desafia ainda mais fortemente os cristãos a viverem a Eucaristia como uma grande escola de paz, onde se formem homens e mulheres que, a vários níveis de responsabilidade na vida social, cultural, política, se fazem tecedores de diálogo e de comunhão”.
O Santo Padre realça esta relação que há entre a celebração e a revolução do amor, sobretudo no compromisso com os mais pobres. Escutemo-lo ainda: “Há ainda um ponto para o qual queria chamar a atenção, porque sobre ele se joga, em medida notável, a autenticidade da participação na Eucaristia celebrada na comunidade: é o impulso que esta aí recebe para um compromisso real na edificação duma sociedade mais equitativa e fraterna. Na Eucaristia, o nosso Deus manifestou a forma extrema do amor, invertendo todos os critérios de domínio que muitas vezes regem as relações humanas e afirmando de modo radical o critério do serviço: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc. 9,35). Não é por acaso que, no Evangelho de João, se encontra, não a narração da instituição eucarística, mas a do «lava-pés» (Jo. 13,1-20): inclinando-se para lavar os pés dos seus discípulos, Jesus explica de forma inequívoca o sentido da Eucaristia. São Paulo, por sua vez, reafirma vigorosamente que não é lícita uma celebração eucarística onde não resplandeça a caridade testemunhada pela partilha concreta com os mais pobres (1Cor. 11,17-22.27-34).
Por que não fazer então deste Ano da Eucaristia um período em que as comunidades diocesanas e paroquiais se comprometam de modo especial a ir, com operosidade fraterna, ao encontro de alguma das muitas pobrezas do nosso mundo? Penso no drama da fome que atormenta centenas de milhões de seres humanos, penso nas doenças que flagelam os países em vias de desenvolvimento, na solidão dos idosos, nas dificuldades dos desempregados, nas desgraças dos imigrantes. Trata-se de males que afligem, embora em medida diversa, também as regiões mais opulentas. Não podemos iludir-nos: pelo amor mútuo e, em particular, pela solicitude por quem passa necessidade, seremos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Cristo (Jo. 13,35; Mt. 25,31-46). Com base neste critério, será comprovada a autenticidade das nossas celebrações eucarísticas”.
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 00:31

8. São muitos os pedidos de socorro e de ajuda fraterna que são dirigidos à Igreja de Lisboa. Participámos, recentemente, na grande campanha de solidariedade em favor dos países do Indico, devastados pela tragédia do sismo e do “maremoto”. Isso não diminuirá, assim o espero, a generosidade dos fiéis, expressa na já tradicional “Renúncia Quaresmal”. Tendo em conta os muitos pedidos que nos chegam, proponho que a nossa “renúncia” se destine, este ano, a constituir um “Fundo Diocesano de Ajuda Inter-Eclesial”, que poderá continuar a ser alimentado por outros donativos, e onde encontraremos maneira de ir respondendo a esses pedidos de auxílio. Aperfeiçoaremos, assim, a nossa capacidade de ajuda fraterna.


Que a Eucaristia seja nosso alimento e nossa força nesta caminhada para a Páscoa. Aí aprenderemos a compreender os caminhos por onde o Espírito nos conduz, na edificação de uma humanidade renovada pelo amor.


Lisboa, 22 de Janeiro de 2005, Solenidade de São Vicente, Diácono e Mártir, Padroeiro Principal do Patriarcado de Lisboa


† JOSÉ, Cardeal-Patriarca
http://www.angelfire.com/pq/unica/christ_2005_masonry_by_d_policarpo_cardenal.htm (http://www.angelfire.com/pq/unica/christ_2005_masonry_by_d_policarpo_cardenal.htm)

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De Apátrida a 25.08.2009 às 00:16

Oh Homem... vá vender as ideias de Mgr Marcel Lefebvre para outro lado. Não creio que tenha aqui clientes, nem monárquicos, nem republicanos, nem mesmo os que não têm preferência por um ou por outro.
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De Respública a 25.08.2009 às 12:56

Eu simpatizo com o lefebrianismo , porquê há problema...
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De Apátrida a 25.08.2009 às 13:16

Há sempre problema em se ser primário e fanático.
Mas o problema é seu, não é meu. O meu problema é ter nascido num país de primatas. Por isso este blogue mais parece um Zoo, sem qualquer ideia válida. Os 31 da Armada são um pouco como o BE - protestam, por protestar, mas não têm qualquer ideia alternativa, válida e construtiva.
São no fundo o espectro do nacional saloismo português, mas todos boas pessoas...
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De al kantara a 24.08.2009 às 23:30

Caríssima, a ignorância nunca é Santa. Desculpe-me a falta de sagacidade em decifrar os seus comentários mas eles são suficientemente dúbios para causarem alguma perplexidade e confusão. Já agora, a republicana e francesa proibição da burka é muito justa como o é a proibição da excisão clitoridiana e de todas as práticas culturais que contrariem e violem os direitos humanos tal como são entendidos no Ocidente.
Quanto à tradição humanista portuguesa de tolerância religiosa, sugiro-lhe que investigue a história de um dramaturgo português chamado António José da Silva que não consta ter morrido de morte natural. E depois há aquela organização fundada por um dominicano que tanto êxito teve em Portugal e que só por injustiça histórica ficou conhecida por Santíssima Inquisição. Quanto ao sermos todos diferentes, tenho para mim que somos todos iguais nessa diferença. Este pensamento que, obviamente, nos diferencia não a torna a si nobre nem a mim plebeu (nem vice-versa). Não a inibe de pensar que é superior por nascimento a qualquer outro cidadão mas impede-a justamente de exercer essa putativa e insuportável superioridade... 
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De Maria da Fonte a 25.08.2009 às 00:05

AL Kantara!
Caríssimo!

A Ignorância é Santa!
Acabou de o provar!

Os muçulmanos que referi, são pessoas civilizadas. Eu expliquei que não me referia a extremistas.
Quanto à Burca, a mim, ninguém à face da Terra, me a obrigava a usar,  mas também ninguém à face da terra me impediria de usar as saias que muito bem quero, calças ou calções.
Pelo que, considerando a Burca, uma violência, penso que cada um usa o que quer e lhe apetece, porque nem eu, nem ninguém tem o direito de impôr aos outros os seus padrões, e os seus conceitos. 

Quanto a mandar-me estudar história, e insinuar que eu não sei o que foi a Santa, não é Santíssima, Inquisição, leia de novo o que eu escrevi. Mas leia bem. E veja que eu fui clara, quando referi quase mil e quinhentos anos de história.
Como considero Portugal anterior ao Tratado de Zamora, os cerca de mil e quinhentos anos vão até à morte de Dom João II. 

Quanto a sermos todos diferentes. Somos, felizmente! Senão tinhamos todos o mesmo rosto a mesma altura e a mesma cõr de olhos e de cabelo etc.
Eu disse-lhe que estava a referir-me ao DNA.
Mas o caríssimo, resolveu ter um acesso de superioridade pequeno-burguesa, disfarçada de proletária, e meteu os pés pelas mãos.
E nem fez a única pergunta, que seria legítimo fazer.
Porque são os Portugueses genéticamente mais antigos?

Maria da Fonte 

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De al kantara a 25.08.2009 às 00:20

Caríssima Maria da Fonte, que num acesso de nacionalismo folclórico ache que 1500 anos é a idade de Portugal (confessando eu desde já a minha dificuldade em perceber essas contas que terminam em D. João II...) não me parece mal como começo de conversa. Que se esteja a referir à dificuldade da comunidade islâmica em praticar o seu culto religioso, confesso que desconheço tal perseguição em terras europeias e republicanas. Quanto às diferenças que apontou como puramente genéticas e atribuíveis ao DNA, duvido que tenham desencadeado em mim alguma reacção de superioridade pequeno-burguesa disfarçada de proletária.  Quanto à pergunta que alega que é a única que interessa  "Porque são os portugueses geneticamente os mais antigos?", devo fazer-lhe notar que não a fiz simplesmente porque a resposta não me interessa para nada. Tão simples quanto isto... 
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De Maria da Fonte a 25.08.2009 às 01:28

Caro Al Kantara

Cheguei a pensar que tinha o Espírito Científico, dos que procuram através do estudo e do conhecimento, aprofundar e debater todas as questões.
Sem Tabus. Sem preconceitos.
E foi só por isso que me dirigi a si.

Afinal, não tem.
Sendo assim, peço-lhe que me desculpe por o ter incomodado com as minhas reflecções.

Maria da Fonte
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De al kantara a 25.08.2009 às 09:04

Maria da Fonte, por quem é. Não incomoda nada...
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 25.08.2009 às 01:50

"Sobre a Divinização da Dúvida"

A dicotomia Fé (certeza) – Razão (dúvida), é uma caricatura moderna da compreensão do Homem no Mundo. A Fé dá mais dúvidas do que certezas. Da mesma forma que a aprendizagem do alfabeto, embora arbitrária, nos permite compreender e aproximar mais ou menos da verdade, a Fé opera no homem a mesma funcionalidade de gramática do Bem, que pode estar mais ou menos aproximado da Fonte da Realidade.
Daqui emergem duas consequências.
A Fé não emerge como conjunto de certezas sobre o mundo (o que a ideologia dá), mas como um método de compreensão. Só há dúvida onde existe fé, da mesma forma que só há física porque existe fé que a matéria existe no nosso mundo, apesar de ninguém ter visto um átomo. Só a partir daí se pode partir para a compreensão das relações do elemento para com a restante realidade.

Não aceitar a existência da realidade é, contudo uma alternativa bem pior do que aceitar as arbitrariedades do alfabeto ou da gramática do Bem. Sem uma gramática nenhuma questão é lícita ou ilícita, sem ela não se pode questionar a proximidade ou adequação da linguagem à verdade. Desta forma a legitimação do grotesco, a defesa do mal pode ser feita sem qualquer problema, escondida sob a perspectiva diferente. A defesa da radical inexistência do “outro” torna-se, não apenas possível, como uma consequência lógica. Temos nós a possibilidade de escolher quem tem o direito a ter direitos? Sem aceitar a existência de uma Humanidade que provém da autoridade do Cristianismo, podemos escolher quem é humano e quem não o é. Não é esse o fundamento essencial do pensamento do Justo (a capacidade de aceitar que a Norma não provém da minha vontade)? Se a nossa razão ditar a infrahumanidade de judeus, crianças, ou mesmo de toda a restante humanidade, porque é que não pode ficar esta agrilhoada às ordens do tirano?

A Fé é o início de todas as dúvidas, mas nem todas as dúvidas são lícitas. A própria filosofia e método socrático-platónico precisam tanto da fé como da dúvida, compreendendo que ambas fazem parte do mesmo processo. Como se poderia aprofundar qualquer forma de conhecimento se todos os interlocutores negassem a existência de uma verdade externa ao Homem? Quando questionados os interlocutores de Sócrates aceitam sempre o paradigma de que o bom é melhor que o mau, que o elevado tem precedência sobre o inferior. Só a partir daí pode Sócrates emergir triunfante (sendo por isso que até os sofistas aceitem que a Verdade é que não há Verdade) e só assim pode chegar-se a um grau de aproximação da realidade.

Este elemento é fundamental na diferença entre o “conservadorismo” dos dogmas humanos e a tradição filosófica cristã. O dos dogmas humanos quer estabilidade e para isso funda-se nas convenções tornadas inquestionáveis pelo seu carácter humano. A tradição filosófica cristã funda-se no concreto para poder aplicar princípios de justiça que são sempre questionáveis. Não é à toa que o jusnaturalismo é uma tradição filosófica condensada na reflexão platónica e, no entanto, comporta um conjunto de “elementos de fé” dos quais qualquer compreensão da realidade não pode prescindir.

Como dizia o Rafael Castela Santos (http://casadesarto.blogspot.com/)há dias, a fé não se sente, ou se tem ou não se tem.
A alternativa é bem pior.
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De Respública a 25.08.2009 às 10:30

Que ingrassado, cara maria onde tirou o curso de direito na Internacional, na Moderna, etc... que eu saiba o CC francês inspirou-se no jusnaturalismo de origem romana, embora o Código de Hamurabi tivesse alguma influência nos direitos antigos... mas o melhor era mesmo o Senatus bacanalis consultibus (há e não pensem que se trata de qualquer depravação, era uma Lei romana que proibia as relações sexuais fora do comportamento normal)
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De Respública a 25.08.2009 às 10:32

Sobre a moirama que vão para a terra deles e deixem a Europa para os Cristãos, se fosse ao Sarko mandava o exército sobre eles e cortava-lhes o pescoço, como se faz ás galinhas...
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De Deus Patria Rei a 24.08.2009 às 23:39

Sim todos nascemos do ventre da nossa mãe. Isso é verdade somos todos iguais. E devemos sim ser tratados como seres humanos nas sua dignidade propria. Mas acha que em termos práticos tem os mesmos benefícios que o Sócrates??? Sente-se igual aos aldraboes que governam??? Aos corruptos do poleiro??? Sim todos temos direito a uma vida digna, o problema é que sempre haverá ricos e sempre haverá pobres- pode alguém mudar isso??? E sempre existirao burros e inteligentes, e também haverá aqueles que são Nobres e os que não sao!!!!! Não sao princeses mas sim pessoas que sabem qual é a sua função na sociedade, naõ so agora mas também desde da fundação do Condado Portucalense.
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De al kantara a 25.08.2009 às 00:01

Caro "Deus Pátria Rei",(até o nome me faz alguma vertigem...), os benefícios do Sócrates, as aldrabices dos corruptos e os aldrabões que nos governam não devem servir de justificação para um delírio que aceita como bom que, por direito divino, haja pessoas predestinadas desde a fundação do condado portucalense...
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De LEGITIMISTA PORTUGUÊS a 24.08.2009 às 22:11

"A Comunidade e as Condições da Constituição Mista"
 
http://lusavoz.blogspot.com/2008/03/comunidade-e-as-condies-da-constituio.html (http://lusavoz.blogspot.com/2008/03/comunidade-e-as-condies-da-constituio.html)

(fazendo fé na Bene Commixta, sem ver a ligação com o regime de Abril, agradecendo, como de costume, o estímulo (http://tempoquepassa.blogspot.com/2008/03/muito-republicanamente-monrquico.html))

Aristotélico e tomista que sou, serei sempre sensível à defesa dos “regimes mistos”, ao seu apelo legalista e funcional. O problema é complexo, mas é de uma clareza extrema no que respeita aos tempos que vivemos. Portugal não vive num “regime misto”, como não vivem segundo esse princípio todos os “reinos” ou “repúblicas” que submetem à vontade popular ou ao elemento da força revolucionária a sua existência constitucional. Ainda que se dourasse a estrutura constitucional com uma divisão dos poderes e órgãos de soberania funcionalmente perfeita, não haveria no contexto do Portugal de Abril qualquer regime “misto”, ou algo que se assemelhe a um “regime constitucional”.
A legitimidade do regime é popular e não nacional. A fonte última e recurso derradeiro do elemento legislativo encontra-se na vontade popular, directamente ou indirectamente expresso. Quando observamos a forma como os autores da linhagem clássica da filosofia política abordaram a questão não ficam quaisquer dúvidas. Onde os vínculos da comunidade nascem da vontade colectiva da comunidade e não de um laço específico de que os cidadãos não podem dispôr segundo os seus desejos, não existe constituição.
Mesmo Montesquieu, com toda a sua tendência moderna para “desfundamentar”, sedimentou no percurso histórico negociado e numa evolução não revolucionária a possibilidade de uma eficaz “separação de poderes”. Qualquer corte com a legitimidade do político invalidaria o princípio constitucional, o summum bonnum do Barão de Bréde e Montesquieu.
A lição de Aristóteles (bastante mais profunda e menos esotérica que a de As Leis de Platão) é clara. Só existe República, Politeia ou Regime Constitucional, onde a comunidade não se submete aos desmandos da turba. Mais, que só existe comunidade enquanto esse laço não se encontra submetido ao material e ao perecível. Uma comunidade que se funda num acordo de vontades que não se funda no Bem, mas num acordo, é demagogia ou democracia. A forma mais vazia de comunidade possível.
Uma vontade comum não faz uma comunidade. Muito menos um regime.
Disto decorrem algumas conclusões bastante simples:
Que este regime não é o menos mau dos regimes portugueses, porque não tem comunidade.
Se o critério for o elemento misto, a situação ainda piora, uma vez que o regime se encontra fundamentado apenas pelo elemento popular.
Como não existe um fundamento maior que a democracia para este regime e a simples menção a direitos históricos que com ela conflituem é automaticamente excluída do diálogo constitucional, é, evidentemente, imprestável para qualquer conservador ou liberal. Não há na CRP de 76 ou no processo constituinte, nada de “misto” e toda a estrutura do Poder provém do elemento popular, tutelado pelo monopólio do MFA-Partidos e pelo seu monopólio da legitimidade revolucionária.
Isto tudo para dizer que não há nada de verdadeiramente “res publicano” neste regime de interesses privados. Não se salva a verdadeira monarquia, o Reino (enquanto elemento conjugado da instituição monárquica e da regulação popular), enquanto se faz a apologia do regime que exclui a comunidade. Não há razão para estar ao lado dos republicanos, porque estes não salvaguardam nada do “regno”. Mas será lícito estar ao lado dos nossos monárquicos, quando estes defendem as "liberdades" totalitárias de Abril?

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