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É preciso mais médicos?

por Nuno Gouveia, em 26.08.09

Portugal tem falta de médicos. Pelo menos é isso que depreendo da vinda de médicos cubanos para Portugal. Dos 60 que vieram para Portugal, 16 chumbaram nos testes, o que também diz alguma coisa da sua qualidade. Lamento que Portugal tenha de recorrer a médicos estrangeiros, ainda por cima de um regime ditatorial, quando centenas de jovens portugueses são obrigados todos os anos a estudar no estrangeiro.

 

A solução para este problema passa por: aumentar as vagas nas faculdades públicas (se possível) e permitir o ensino da medicina em estabelecimentos privados que preencham os requisitos de qualidade exigidos pela tutela. Não se percebe qual a razão para impedir projectos de qualidade  apenas por serem privados. Será que o Ministério do Ensino Superior considera que os privados apenas têm qualidade para formarem profissionais noutras áreas do conhecimento? Ou haverá algo por trás desta recusa?

 

Também aqui.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De João Afonso Azevedo a 26.08.2009 às 01:33

Permitam-me, mais uma vez, tecer algumas correcções às afirmações aqui presentes. Em primeiro lugar, acho que estamos perante uma retórica perigosa, do ponto de vista democrático: penso ser tendencioso afirmar que, por 16 pessoas chumbarem nos testes efectuados pelas universidades portuguesas, possamos deduzir a qualidade da classe médica cubana. Há que lembrar que falamos de um dos melhores sistemas de saúde do mundo - ideologias à parte.
Em segundo lugar, concordando que se deveriam aumentar o número de vagas das licenciaturas em medicina - para evitar a "imigração" dos aspirantes a médicos, saliento que a aposta na privatização pode ser positiva mas apenas sob uma forte condicionante: terá que ser um serviço prestado pela empresa ao estado, de forma gratuita, como um imposto. Não me parece justo que o esse saber seja um encargo financeiro para os contribuintes.
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De States a 26.08.2009 às 03:02

Outro fã do Michael Moore.
Ó  Camarada, Sr D. João de Azevedo, se Cuba é assim tão bom, fique-se por lá. Pelas Caraíbas. Escolha é bem o Resort.
Selecto, ouviu. Não vá apanhar uns HTVs.,  na piscina e depois que seria deste blog, sem a sua retórica de educador do povo.

States
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De States a 26.08.2009 às 03:12

Ó Camarada D. João. São Ps. Quer dizer HPVs.
Assim é que é!
Mas também o Camarada Sr Dom, sabe bem porque é que os portugueses foram chutados para as estranjas para estudar medicina. Já se esqueceu, que foram os camaradas democratas e amigos, e os conhecidos da selecta irmãdade, que desmantelaram a medicina em Portugal?
Foi lentamente para a gente não dar por isso, e quando acordámos, só se falava espanhol nas urgencias.
Está a julgar que somos o quê? Burros?
Já fomos já Sr Dom. mas estamos a deixar de ser.

States
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De anonimo a 26.08.2009 às 11:22

gostava de saber quantos dos nossos passariam nos testes. Se calhar não faziam melhor
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De http://bacharelsocrates.blogs.sapo.pt/ a 26.08.2009 às 02:10

Certamente que no espaço europeu existem médicos de superior qualidade.
 A questão é que esta selecção parece mais politica , do que técnica.

 
http://bacharelsocrates.blogs.sapo.pt/ (http://bacharelsocrates.blogs.sapo.pt/)
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De josé castro a 26.08.2009 às 08:29

Será essa a explicação mais fácil e obvia que consegue pensar? Pense um bocadinho antes de se atirar ao ar a fumegar.
E que tal se achar que a decisão é económica? Tipo oferta-procura e espectativas de remuneração.
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De Anónimo a 26.08.2009 às 02:27

Não se aceita medicina no privado pela fraca qualidade pedagogica e facilitismo destas universidades.
Não podemos por a vida das pessoas nas maos de alunos do Instituto Piaget.
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De Luis Inácio a 26.08.2009 às 02:44

Fdx tou com vontade de cagar onde é que o urinol aqui do 31 da armada? Já agora sobrou algum vinho ou espumoso, tou cheio de sede, umas chamuçazecas também já marchavam?
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De Luis Inácio a 26.08.2009 às 02:50

Tou com tesão e de portátil na mão e a fazer um granda cagalhão aqui mesmo junto ao menhir do caralhão de pedra do Cutileiro no Parque Eduardo VII, fdx ninguém me disse a tempo onde era o urinol. Quero foder, caralho!
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De Toma Leite a 26.08.2009 às 04:04

que eu bebo Ferreirinha
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De Dorean Paxorales a 26.08.2009 às 07:34

Privados para quê se até as escolas públicas são impedidas de abrir cursos de medicina?
O problema não está na falta de capacidade do ensino público; está no poder permitido à máfia da ordem. Vide o caso de Viseu.
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De António Melo a 26.08.2009 às 09:04

Para começar nunca vi o filme do Michael Moore e não tenho qualquer filiação partidária, nem amor cego como muitos dos que aqui comentam. Mas tive em Cuba fora de Resorts e afins e conheci o sistema de saúde Cubano. Lá na ditadura deles a escola é grátis, assim como o sistema de saúde que está apetrechado dos melhores equipamentos, onde eles estudam diariamente os problemas, onde há imensos médicos disponíveis , porque como também o sistema de educação é grátis, os médicos são formados pela inteligência e não pelo dinheiro.
Porque muito que custe aos democratas desta humilde loja de canivetes anticomunista , os cubanos têm dos melhores médicos do mundo, não têm é forma de os empregar a todos, mas quero lembrá-los que os EUA aceitou médicos cubanos e bombeiros aquando do 11 de Setembro, quando Cuba foi o primeiro país a oferecer ajuda ao seu maior inimigo, e que os médicos Cubanos vêm para Portugal por um pedido do Ministério, e a que o governo de cuba acedeu com relutância porque não é prática Cubana enviar médicos para países que não sejam de 3º mundo ou afectados por uma catástrofe , acho que depois eles perceberam que a catástrofe de Portugal são as politicas de direita que nos assombram faz 30 anos.
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De Valdemar S. P. Reis a 28.08.2009 às 03:37

Exmº SR António Melo
O Filme do Michael Moore, diz exactamente o que Vxª Exª, acabou de enunciar. E vem acompanhado de uma explicação em tudo semelhante à de Vxª Exª, mas fazendo também a comparação com a Assistência nos EUA.
Está a correr pela net, a bom ritmo suponho, porque eu já recebi dois mails iguais.
Por coincidência, o filme e o respectivo texto, começaram a circular pela net, quando, devido à desinteligência que houve no seio da Maçonaria, penso que por questões relacionadas com a Gestão do avultado Património Imobiliário, que possuem, surgiram na comunicação social, vários nomes de militares do 25 de Abril, e também de militantes ou ex-militantes do P.C.P.
ligados à Maçonaria
 Cumprimentos
Valdemar S. P. Reis 
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De Anónimo a 26.08.2009 às 09:22

A falta de médicos é que muitos já só trabalham sentados pela idade, mas ganham o mesmo. Mas trabalham na privada. Na pública da urgencia estão escondidos a dar palpites.
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De Filho de pai Médico a 27.08.2009 às 00:37

É que esses que estão velhos e já  só trabalham sentados,  trabalharam, muitas e muitas noites de pé.
A trabalharam pelo interior de  Portugal, e nos Açores e na Madeira, em Serviços Médicos à Periferia, e Saúde Pública.
Quase dois anos longe da família e dos amigos, e sem apoio científico de qualquer espécie.
Foi por causa desses que agora trabalham sentados, que funcionaram Centros de Saúde e Hospitais do Interior, que estavam entregues a Freiras, que diga-se em abono da verdade, faziam um trabalho excepcional de apoio, e dedicação aos doentes.
É muito fácil criticar, dizer mal porque a regra diz que tem que se denegrir, mas não foram os filhos dos Juristas, dos Engenheiros, dos Professores e muito menos dos  Políticos, que passaram a infancia quase ser vêr a mãe ou o pai. Nem os viram morrer de infarte aos quarenta anos, pela sobrecarga de trabalho e pelo stress.
em que viveram toda a vida.

Filho de pai Médico  
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De Adriana Gaspar da Rocha a 26.08.2009 às 14:36

Aos 26 anos, sou estudante do 1.º ano de Medicina, em simultâneo com trabalho na área da Saúde e após ter sido docente do Ensino Superior Particular (ou privado, como queiram). Por isso, a minha experiência permite-me justificar a minha discordância com a opinião do Nuno Gouveia.
Penso que actualmente há uma grande escassez de médicos em muitas áreas geográficas e em muitas especialidades, contrastando com o excesso de profissionais noutras zonas e noutras especialidades. Entendo que, durante muitas anos, houve (e continua a haver) uma má distribuição dos profissionais, tanto pelas áreas do saber, como pelas regiões de todo o Portugal. As especialidades mais populares continuam a ser aquelas que "dão mais dinheiro", que possibilitam a conjugação do "Público+Privado"; lembro a Oncologia, que continua com poucos profissionais. Desta forma, penso que deveria ocorrer uma grande estruturação por parte dos Colégios de Especialidade. De referir também que, durante muitos anos, não houve rigor por parte de alguns médicos que trabalhavam na Função Pública e no Privado em simultâneo.
Relativamente ao número de alunos de Medicina em Portugal, observou-se um grande aumento de vagas e a criação de novas faculdades; porém, esse aumento só se fará sentir daqui a uns anos e, nessa altura, vão ser importantes os incentivos à "desregionalização" (dinheiro não é sinónimo de incentivo; possibilidade de investigação científica, sim, é um sinónimo).
Relativamente às escolas privadas (vou pronunciar-me apenas sobre a área da saúde, não tenho conhecimento sobres outras áreas), não penso que haja muita confiança nelas, como produtoras de conhecimento. Houve um crescimento exponencial de licenciaturas graças à existências delas, mas não houve um crescimento exponencial de produção científica graças a elas (os factores foram outros), nem patrocinaram uma mudança das carreira profissionais (refiro-me, por exemplo, ao Diagnóstico e Terapêutica, cujos profissionais vivem como se não fossem licenciados). Ou seja, o que pretendo afirmar é que as escolas privadas não têm feito muito pela excelência académica e profissional no nosso país. Têm sido uma "fábrica" a produzir licenciados em série. E, mais recentemente, a produzir Mestres, porque os miúdos saem licenciados, não arranjam emprego e o mestrado sempre pode abrir portas (erradamente); a escola agradece, porque as propinas fazem jeito. E de que forma seria feita a selecção de candidatos? E quais os valores das propinas?
Por isso, enquanto as escolas privadas não mostrarem exigência e excelência, não merecem graduar profissionais com a responsabilidade dos médicos (todos nós esperamos que o nosso médico "saiba tudo" e nunca falhe).

Gostaria de saber se continua com a mesma opinião ou se concorda comigo.
Parabéns pelo blog (ou blogue), vejo-o todos os dias; hoje decidi sair do anonimato.
Adriana 
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De ZÉ POVINHO a 26.08.2009 às 14:43

O SENHORA DOUTORA, A SENHORA DOUTORA QUE É SABEDORA LÁ DAS COISAS DA MEDICINA, PODE-ME AJUDAR...
É QUE ESTOU CÁ COM UMA CAGANEIRA!
VEJA LÁ SE ME DÁ QUALQUER COISINHA. É QUE ESTES GAJOS AQUI NÃO ME DIZER AONDE SE CAGA NESTA ESPELUNCA E AINDA ME CAGO TODO NAS CALÇAS!
ISSO NÃO SE FAZ A UM HOMEM DE TRABALHO. HUMILDE MAS DE TRABALHO COMO O ZÉ POVINHO...
O QUE É QUE A SENHORA DOUTORA ACHA?
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De Adriana a 26.08.2009 às 14:49

Sr. Zé, está no blog errado.

 A solução para si está no

http://blogdesanita.blogspot.com/ (http://blogdesanita.blogspot.com/)

Aí vão valorizar os seus comentários.
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De ZÉ POVINHO a 26.08.2009 às 14:53

DESCULPE LÁ DOUTORA, MAS É QUE ESTE AQUI PARECEU-ME CHEIRAR A MERDA... POR EU CÁ VIM.
MAS NÃO HÁ QUEM FALE COMIGO.
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De ZÉ POVINHO a 26.08.2009 às 14:52

HÁ POR AQUI UM GAJO CHAMADO RESPÚBLICA QUE PENSA SER UM SABICHÃO ARMADO EM GRANDE CONHECEDOR DA REPÚBLICA LÁ DAS FRANÇAS.
SE CALHAR NUNCA LÁ PÓS OS PÉS...
EU CÁ NUNCA LÁ FUI, MAS TENHO UM PRIMO QUE FOI PARA LÁ TRABALHAR NO BATTIMENT E QUE TAMBÉM FAZ DE MAÇON, DIZ ELE. EU NÃO SEI O QUE ISSO É MAS DEVE SER COISA FINA...
SERÃO ESSES OS MAÇONS DE QUE TANTO SE FALA AQUI?
ESSE SENHOR SABICHÃO DIZ-ME QUE SE ESCREVE "VOÇO" EM VEZ DE "VOSSO".
O QUE É QUE A SENHORA DOUTORA ACHA?
ACHA QUE SE DIZ "O VOSSO PROBLEMA É" OU "O VOÇO PROBLEMA É"?
É QUE EU CÁ SOU QUASE IGNORANTE E NÃO SEI NADA DESSAS COISAS NOVAS DE ACORDOS ORTOGRÁFICOS.

VEJA LÁ SE ME AJUDA SENHORA DOUTORA...
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De Respública a 26.08.2009 às 14:57

Oh palerma vai-te embora que só ofendes os portugueses, o Rafael deve dar voltas na tumba por tua causa...
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De ZÉ POVINHO a 26.08.2009 às 15:05

O SENHOR RESPÚBLICA,
COM TODO O RESPEITO.

LONGE DE MIM, UMA PESSOA HUMILDE COMO EU, LEMBRAR-SE DE FALTAR AO RESPEITO A VOSSA (OU VOÇA??) MERCÊ.
MAS ACHO QUE ESSE SENHOR BORDALO, ACHO QUE É A ESSE QUE SE REFERE, NÃO AO ITALIANO, SE LEVANTAVA MAIS DEPRESSA DA CAMPA COM ESSE SEU "VOÇO" E PIOR, SE CALHAR AINDA SE LHE DAVA UMA CAGANEIRA COMO A MIM.
MAS EU NÃO SOU NINGUÉM PARA DAR OPINIÕES AQUI.
POR ISSO VOSSA (OU VOÇA?) MERCÊ DESCULPE A MINHA HUMILDE PESSOA.
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De O que a minha mãe me deu a 26.08.2009 às 14:52

A Dra. ali não sei, mas eu acho que v. excia é parvo...
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De M.C.E.L. a 26.08.2009 às 22:58

[Error: Irreparable invalid markup ('<p [...] <a>') in entry. Owner must fix manually. Raw contents below.]

<P class=incorrect name="incorrect" <a>Sra</A> Dra Adriana</P>

A nossa dúvida Sra Dra , é porque é que instituiram o Numerus Clausus em Medicina, quando todos sabíamos que havia um desfasamento de, mais ou menos 10 anos, entre os Médicos Especialistas e os Novos Internos, à data da institucionalização do Númerus Clausus.
Caso ninguém se recorde, houve uma guerra, e os médicos tal como os outros licenciados, terminavam as licenciaturas antes de partir, mas só continuavam as respectivas carreiras, depois de regressarem.
Os que regressaram.
Quanto a licenciaturas na Área da Saúde, Sra Dra , pareceu-me que se falava da Licenciatura em Medicina, e não em Folclore.
Aliás, uma das razões, que vejo ser apontada, para que não existam Licenciaturas em Medicina no Ensino Privado, é o seu elevado custo, e o facto de necessitarem da autorização dos doentes, que estando internados num Hospital Privado, podem, com todo o direito, recusá-la.
E as Faculdades Privadas, existem para ganhar dinheiro, não para perder dinheiro.
Quanto à falta de rigor por parte dos médicos, que trabalhavam nos Hospitais e na Medicina Privada, o trabalho privado processava-se  na esmagadora maioria dos casos, após o Serviço Hospitalar, e relembro à Sra Dra , que os Médicos, dessa época que a Sra critica, recebiam um ordenado de Funcionário Público Administrativo, não tinham estatuto de Quadro Técnico. Mas também lhe digo, que o não reivindicaram. O dinheiro, não era o objectivo máximo da vida, nessa época.
Por isso  Exma Sra Dra , os vi trabalhar aos sábados aos domingos aos feriados, durante as Férias, e aparecerem a qualquer hora da noite, para reavaliarem um doente que os preocupasse. E alguns que conheci, Sra Dra , trabalhavam também em regime de voluntariado nos Serviços de Urgência, e não só, durante os últimos anos das licenciaturas, durante os internatos,  e  até depois.
Desejo à Sra Dra , as maiores felicidades, e espero que venha a dedicar tanto da sua vida ao seu Serviço, como aqueles que agora critica, fizeram.

M.C.E.L.
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De Adriana Gaspar da Rocha a 27.08.2009 às 13:54

Caro(a) Sr(a) MCEL,

vamos lá por partes:

Ponto 1: "não houve rigor por parte de alguns médicos que trabalhavam na Função Pública e no Privado em simultâneo", não me referia à falta de competência nem de boa vontade; referia-me ao horário de trabalho. E não vale a pena defender uma pequena minoria, porque a esmagadora maioria fazia-o e se pudesse continuaria a fazê-lo. E porquê? Simplesmente porque podiam fazer. Por isso, é fundamental criar e cumprir regras. E só agora (como cidadã) começo a sentir que a existência dessas regras.

Ponto 2: "os Médicos, dessa época que a Sra critica, recebiam um ordenado de Funcionário Público Administrativo, não tinham estatuto de Quadro Técnico. Mas também lhe digo, que o não reivindicaram. O dinheiro, não era o objectivo máximo da vida, nessa época. Por isso  Exma Sra Dra , os vi trabalhar aos sábados aos domingos aos feriados, durante as Férias, e aparecerem a qualquer hora da noite, para reavaliarem um doente que os preocupasse. E alguns que conheci, Sra Dra , trabalhavam também em regime de voluntariado nos Serviços de Urgência, e não só, durante os últimos anos das licenciaturas, durante os internatos,  e  até depois."
Possivelmente não estamos a falar do mesmo "espaço temporal" e, possivelmente, está a referir-se a uma minúscula minoria. Trabalhar Domingos e Feriados, sim cabe a todos fazer turnos e, alguns, até ganham mais por isso. E Férias? Pela Santa, não vamos enganar o ceguinho.

Os médicos têm os deus direitos e os seus deveres. E não vamos pelos extremos: nem são todos maladrões como $ nos olhos, nem são todos a nova versão da Madre Teresa de Calcutá. Há de tudo.

Ponto 3: Para mim, licenciaturas na área da saúde inclui a Medicina, a Enfermagem e todas as Tecnologias da Saúde. Porque o sistema de saúde necessita de todos estes profissionais.
E mantenho a minha opinião: as escolas privadas não têm capacidade de licenciar muitos dos cursos que licenciam, muito menos a Medicina. E não é por causa de não haver um Hospital por trás; é mesmo pelo objectivo que referiu: o de ganhar dinheiro!!!!

Adriana
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De A.S.M. a 28.08.2009 às 02:19

Sra Dra Adriana

O Sr, suponho que seja Sr, que escreveu aquele comentário, referia-se à época em que a Ilustre Doutora ainda não tinha nascido.
Eu trabalhei nos H.C.L. Fui Enfermeiro toda a vida, e sei, que o que ele escreveu foi verdade.
Foi Srª Drª, mas já não é! Nem voltará a ser!
Nem na Medicina, nem na Enfermagem.
A Srª Drª vem aqui fazer propaganda dos políticos que desmantelaram o Serviço Hospitalar, quando a Srª Drª, nem conheceu a vida nesses Hospitais. Nem trabalhou com os cirurgiões de há 40 anos. Sabe lá o que eles e nós fazíamos.
E de como a nossa Medicina era reconhecida no Estrangeiro.
Vinte seis anos, no primeiro ano, menina doutora, é já fala de tão alto. Os nossos, com essa idade, já tinham acabado o curso, e trabalhavam há três ou quatro anos.
E Srª Drª, ensinei, muitos dos mais novos a tirar sangue a dar injecções,  sem preconceitos  Srª Drª, porque eles estavam ali para aprender tudo, e havia respeito e amizade verdadeira entre nós.
Não é saudosismo. É a constatação da realidade, agora tão tecnológica, tão inovadora, e afinal com as marcas da decadência.

Mas a Srª Drª, não respondeu à pergunta que lhe fizeram.
Porque foi instituido o númerus clausus em Medicina, e depois em Enfermagem?
É porque é isso, que todos nós, contribuintes, que sustentamos o país com os nossos impostos, queremos saber.
E a Exmª Srª Drª afirmou estar capacitada para discutir esta questão. Então faça-nos o subido favor de responder.

Com os meus respeitos.

A.S.M.
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De ZÉ POVINHO a 28.08.2009 às 02:28

Quando refere os vinte e seis anos no primeiro já mostra preconceitos Exma Dra.

Está a assumir que todos têm dinheiro para entrar na faculdade aos 17 ou 18 como provavelmente a Exma. Dra. teve.
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De Zé Plebeu mas Monárquico com Muita Honra a 28.08.2009 às 02:49

O que os outros assumem não sei, mas essa conversa de falso Zé Povinho, conheço de gingeira, e a entrada em Medicina, não é por dinheiro é por nota.
Portanto, eu também quero saber porque foi instituido o tal Númerus Clausus, em Medicina, e porquê.

Ou respondes tu, ou responde a Srª Drª ali de cima.

Zé Plebeu, mas Monárquico com muita honra 
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De ZÉ POVINHO a 28.08.2009 às 10:28

Eu respondo idiota.

Mas se a Exma Dra. quiser também pode responder. Aqui cagar tacos é livre.

A entrada em Medicina é por nota, e certo.

As suas capacidade dedutórias espantam.

1. Como sabe o senhor, se pode mesmo que seja pagar as propinas e os livros? As propinas não são tão baratas como isso e livros de Medicina são tudo menos baratos.
2. Conhece se a família pode suportar vários anos com um salário a menos a entrar em casa? Em grande parte das casas deste país o dinheiro é contado mensalmente ao Euro. Cem euros no arranjo do carro rebenta com o orçamento familiar, um salário a menos é de todo incomportável. Para algumas famílias que já vivem melhor, um salário a menos durante vários anos, implica fazerem um credito estudante, mais um a juntar à asfixia dos outros.
3. Foi informado de qualquer outra razão apresentada pela Dra. para estar com 26 anos no primeiro ano? Outro curso anterior? Doença? Nascimento de filhos? Viagem de volta ao mundo? Prisão? Não. Nem tem que saber, que não lhe diz respeito.

Tal como não lhe diz respeito o facto de ter 26 anos e estar no primeiro ano. Puro preconceito pacóvio português.

É verdade, eu também tive o privilégio de não pessoalmente essas dificuldades, como obviamente o senhor também não teve, caso contrário teria deduzido pelo menos uma delas.

Pelo menos tenho dois neurónios activos e consigo ver que nem todos têm ou tiveram os mesmos privilegias que eu.
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De Adriana Gaspar da Rocha a 28.08.2009 às 15:06

Olá a todos, novamente.

Quando referi factos da minha vida, não tinha intenção que eles fossem comentados neste blog.
Mas já que foram, passo a dar algumas informações que podem fazer-vos perceber que em nada as minhas palavras foram preconceituosas.

Aos 18 anos concorri à faculdade e fiquei fora de Medicina por meio valor. Não baixei os braços e fiz a minha licenciatura numa escola pública (com o apoio financeiro dos meus pais). Passados 4 anos, tive a felicidade de conseguir emprego na minha área (num hospital), onde estive durante 4 anos e meio. Durante esse tempo, apiquei o meu ordenado nas propinas duma pós-graduação e de um mestrado, na ajuda em casa e na compra de um carro em 2.ª mão. Dei também aulas no ensino superior e fui orientadora de estágio. Finalmente, aos 26 anos, decidi concorrer a Medicina. Entrei. Mudei de emprego, para um onde estou em part-time e a ganhar muito menos, mas que me permite sobreviver e assistir a algumas aulas. E não, não tenho filhos, nem uma casa para pagar ao banco. Se tivesse, as coisas mudavam de figura. E sim, custa muito "hipotecar" a vida durante 6 ou 7 ou 8 anos, e fazer as contas todos os meses, não poder viajar, não poder comprar uma blusa só porque se gosta, pedir livros emprestados. Mas a escolha foi minha, a luta é minha e com sangue, suor e muitas lágrimas, vou conseguir fazer este curso e depois agradecer às pessoas que me disseram "Coragem".
Ainda tento perceber como é que é que os factos da vida duma pessoa influenciam a nossa opinião sobre ela.

Numerus clausus? Porque é que me perguntam a mim? Não fui eu que criei. E já fui "vítima" deles", também já fiquei de fora...
Que eu saiba não existe só em Medicina, existem em todos os cursos.

Sempre houve profissionais muito bons e aplicados. Ainda há e espero continuar a haver (e vou trabalhar para o ser). Mas vamos lá ser honestos: quantos de nós nunca criticou um médico por ele ter saído mais cedo do Centro de Saúde? ter "despachado" a consulta? ter sido mais arrogante?

Foi isso que referi no meu primeiro comentário: as coisas estão a mudar para melhor (agora todos têm de marcar o ponto, as horas de entrada e saída são controladas); há muita coisa ainda a corrigir, mas daqui a 10, 15 anos teremos médicos em excesso em algumas especialidades.

Adriana

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De ZÉ POVINHO a 28.08.2009 às 15:19

Cara Dra.

Não tem que se explicar a primatas como estes que se armam em grandes pensadores do que é o bem da nação. Só a boca como um esfíncter de onde só sai merda.

O meu comentário foi apenas para demonstrar o provincianismo desta gente toda. Acho ter conseguido os meus intentos.

Isto sim é fibra nobre, não os bicos em pé que para aqui andam a falar em feitos heróicos do tetravô.

Tem todo o meu apoio!

É de gente assim que precisamos!
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De M.C.E.L. a 29.08.2009 às 01:41

Zé Povinho

Como "Piece de Resistence", o francês é propositado, da Demagogia vigente, é um bocado passada.
Sempre o mesmo, as Propinas caras, os livros, que por acaso até se fotocopiam, caros. A família que não pode dispensar um ordenado. Etc. Etc. Etc.
Só que, parece que foi o povo quem escolheu os governos, nos últimos 36 anos. Ou não?
Então como é possível tanta desigualdade?
Se a escolha é do Povo?
Isto é no que respeita á demagogia. Porque não suporto queixumes de quem a seguir vai a correr votar no Club.
Os 26 anos só foram levantados, a meu vêr, já que não fiu eu quem  levantou essa questão, porque a Sra D. Adriana, se comportou como se fosse dona de uma verdade que nem sequer conhece, e generalizou as habituais críticas (típicas do poder vigente, que despeja em cima dos profissionais, a sua estrondosa incompetência) a  toda a classe, desconhecendo ela as pessoas e o seu trabalho.
Porque o que estava, e está em causa, é - O Porquê dos Numerus Clausus em Medicina, imposto a uma classe envelhecida.
Mas compreendo, a imensa incomodidade desta questão.
E para não se responder, desvia-se o assunto para questões marginais.
Mas caro Zé Povinho, não adianta, escamotear e insultar-me.
Essa questão, do Númerus Clausus em Medicina, ´que conduziu a esta situação surreal, de um doente português, ter que falar uma língua estrangeira, no seu próprio país  porque o médico que o vai observar, é com grande probabilidade Espanhol ou Latino-Americano ou da Europa de Leste; como muitas outras, um dia há-de ser esclarecida.
E nenhum falso Zé Povinho, demagogo e incorrecto o impedirá.

M.C.E.L.




Eu não fui de certeza.
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De ZÉ POVINHO a 29.08.2009 às 05:02

Apenas sou incorrecto para quem o é primeiro, até porque esse tipo de pessoas normalmente não entende outra linguagem como foi o seu caso.

Os posts estão acima para todos lerem e tirarem as suas conclusões.

Por outro lado o Sr. assim que viu discordância assume posição agressiva e incorrecta mesmo que mudando de nome (ver posts acima).

Isto provavelmente deriva da sua filiação partidária e da cultura instituída nesses partidos (todos eles sem excepção). isso só lhe turva a visão. Provavelmente está a assumir que sou do BE, do PC, ou de outra treta qualquer, mas engana-se, não sou de nenhum. Nem de direita, nem de esquerda (desta direita e desta esquerda), apenas me guio pela razão do meu pensamento. Aliás considero que ao submeter-me a directórios estaria a submeter o meu pensamento, o que seria auto diminuir-me. Daí o 31 da Armada ter despertado o meu interesse. mas rapidamente estou a constatar que são apenas pretendentes a outros directórios e alguns directórios disfarçados.

Eu não desviei a atenção para coisa nenhuma. Nem o debate de numerus clausus me interessa minimamente.

Já o disse antes e repito, portanto o Zé Povinho não é falso, nem o Povo é só o operário e o camponês que passa fome, essa ideia de povo já está esclerosada e tem mais de cem anos, o povo é a grande massa social da classe média.

Vivi 20 anos fora deste país, não como grande parte dos emigrantes que saíram para trabalhar e fugir à fome, sai com os privilégios de estudante aonde fiquei para trabalhar depois. Regressei recentemente portanto como deve imaginar as minhas militâncias ou interesses não podem existir relativamente a um tema como este. Mais um preconceito e mais uma vez se enganou, pois sendo a demagogia uma estratégia eu não tenho nenhuma relativamente ao tema.

Já agora aproveito para o informar que quer em francês, quer em inglês que usa o termo francófono é "piece de resistance" com a e não com e.

Por essa razão e apenas por essa razão me chamou à atenção e me espantou e continua a espantar (ou não) o pormenor do preconceito e tamanha tacanhez ainda existente neste país. Simplesmente por não estar habituado a ver este tipo de preconceitos. Por essa razão achei com o direito que me assiste de tomar posição. Após a minha tomada de posição imediatamente começam os ataques à pedrada e à paulada. Apenas porque se discorda. Tão típico neste país de falta de cultura democrática. Isso nem demagogo é, é a tacanhez pura e simples. Contra pedrada e paulada só há uma linguagem que pode ser entendida.

Neste país, resultado de 70 anos de ditaduras nos últimos 100, continua a entender-se discordância como agressão e ameaça. E já agora para quem é monárquico, também grande parte dos 100 anos anteriores. É pena e enquanto assim for nunca irá melhorar, com azuis, verdes, amarelos, ou vermelhos no poder. O que acontece neste blogue é sintomático. É um verdadeiro monumento à nacional tacanhez e duma infantilidade confrangedora, mesmo de pessoas com cabelos brancos que deveriam ter mais bom senso.

Mas voltando à questão (não do tema, mas do SEU tema, ou seja EU). Na minha opinião e creio que ficou bem claro que foi assumido o que não tinha que ser assumido apenas baseado em preconceitos. Julgou ou julgaram pessoas que não tinha minimamente o direito de julgar pelas razões apresentadas. Foram muito pouco objectivos, pois se os 26 anos não eram essenciais ao debate deveria objectivamente ter ficado de fora. Em resumo a típica falta de objectividade nacional. Foram muito pouco estratégicos ao mencionar o que não era relevante e ao visar-me a mim como alvo quando nada tenho a ver com o tema. Tudo isto junto tem um nome - chama-se inépcia.

E o mais triste, é que todos vocês provavelmente querem a mesma coisa relativamente ao tema. Isto tem outro nome - patetice.

Já agora, se quer que lhe diga, e não é um preconceito, é dedução, o seu empenhado discurso parece-me ser o típico discurso de um directório qualquer, não sei nem me interessa qual.
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De M.C.E.L. a 29.08.2009 às 01:52

Sra D. Adriana

Para quem passou tantas dificuldades para conseguir entrar em Medicina, espanta-me, ou talvez  não, a maneira como usou a retórica do poder vigente, para denegrir os profissionais, e desviar as atenções para questões marginais.
Estou completamente esclarecida a seu respeito.
Seguramente, terá uma bem sucedida carreira política.

M.C.E.L.
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De ZÉ POVINHO a 29.08.2009 às 05:03

Mais uma vez o discurso agressivo do directório.
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De Adriana Gaspar da Rocha a 29.08.2009 às 14:23

Cara Sra. M.

ao fim de todos estes comentários, só consigo concluir uma coisa: não percebeu NADA do que eu escrevi. Não insultei ninguém, não culpei ninguem.
De facto, fiz uma coisa, que mais ninguem fez nestes 35 comentários: detectei falhas e sugeri correcções (se não reparou, vá reler o meu primeiro comentário).
Vou usar a frase do Zé Povinho, "continua a entender-se discordância como agressão e ameaça".
Somos diferentes, de gerações diferentes, com vivências diferentes e este blog serve para isso mesmo: para as pessoas darem as suas opiniões. Se pensássemos todos da mesma forma, não havia evolução.
E lembro-lhe que a censura acabou antes de eu nascer.

Não sou dona da Verdade, mas sou DONA da MINHA VERDADE e não me acanho de afirmar e defender a minha posição, mesmo que ela seja diferente da sua.
 O facto de ser mais velha do que eu não lhe dá mais razão e não me faz baixar as orelhas.

E quanto aos Numerus Clausus, continuo a afirmar que sou a FAVOR.
Para que servem as avaliações? Para diferenciar os alunos.
Quais? Aqueles que merecem os meus impostos (relembro que também trabalho) daqueles que andaram a brincar durante 12 anos.
Não admito que um aluno de 11, 12 ou 13 valores entre em Medicina, por muita vocação que tenha.

Veja o exemplo da Espanha. Exportam médicos.
Hoje, ano 2009, precisámos deles, mas daqui a pouco mais de uma década não vamos precisar mais. Vamos ter os nossos. Mesmo com Numerus Clausus.

Ah, Sra.M, guarde a ironia para si, sabe porquê? Se um dia fosse política, tenho a certeza que votaria em mim...


Adriana


 

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