No outro dia ouvi alguém afirmar num programa de televisão um facto bastante pertinente sobre esta questão dos presos de Guantanamo com a qual concordo em absoluto: Afinal, se estes presos de Guantanamo são libertados por serem considerados "inocentes", porque é que, sendo inocentes, não vão para os seus países de origem?
Talvez se lembrem do que se passou em 1945, quando de regresso a casa, os prisioneiros russos feitos pela Wehrmacht, foram por Estaline considerados "traidores". Tinham sido capturados vivos, logo eram "cobardes" e traidores ao Partido.
A verdade era outra: tinham vivido na Alemanha e mesmo em tempo de guerra, fora possível assistir com estupefacção ao abismo existente entre o sistema de soviética penúria e o relativo ersatz consumista vigente no Reich. Preos deportados para o gulag e em bastos casos, executados. Sinceramente, não me parece que a gentuça da Al-Qaeda e respectivos títeres presidenciais na Líbia, síria ou Iémen, estejam com condescendências para com quem possivelmente "falou e viu demais".