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Novas Oportunidades

por DBH, em 28.08.09

Grande ideia: oferecer um "estágio profissional", como assessora, a uma candidata a Vereadora nas próximas eleições autárquicas.

 

Não só vai conhecendo os dossiers como, melhor ainda, começa já a receber antes das eleições.

 

Se o PS nacional agarra a ideia, lá se vai a contenção orçamental autárquica.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Afinal qual é o menos inverosimel? a 28.08.2009 às 22:57

Mas afinal, qual o mais coerente, Cristo ou Maomé, a Biblia ou o Corão?

Ao menos Maomé ficou doente e morreu... isto parece um pouco mais coerente...

Por outro lado, pondo um pouco de credibilidade na história, Cristo renasceu mesmo ou o ritmo cardíaco dele era tão baixo que os Romanos se enganaram?

Acho que se tivesse que escolher uma religião, escolheria o Corão como o meu livro de cabeceira.
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De João Afonso Machado a 28.08.2009 às 23:12

Eu prefiro a Biblia. Não está lá nada escrito para que se guerreie em nome da Fé. Não esqueça que os muçulmanos conquistarm toda a Peninsula Ibérica, entraram em França e só foram travados na batalha de Poitiers.
Eles é que nos quiseram conquistar e converter. Nós só mais tarde, com as Cruzadas.
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De Respública a 28.08.2009 às 23:16

Ou que redusa as mulheres a ums er inferior, que pode ser sovado a qualquer momento à vontade do marido...
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De Anónimo a 28.08.2009 às 23:48

Respublica

Vai lá ler um pouquinho do Corão primeiro, mas não numa tradução, ou se não conseguires, pelo menos procura entender melhor as suas origens.....

É melhor leres um pouco mais em vez de andares a ver documentários do Michael Moore ou a ouvir os sermões de quem convém!

Quando chegares ao versículo 4:34, tenta perceber bem uma palavra: DaRaBa... Há tantas descrições para ela.. obviamente que convinha haver um motivo para um homem bater numa mulher, logo foi a mais facilmente aplicada durante as várias traduções...

PS: infelizmente, os cristãos - apesar de nada o indicara - bateram fortemente nas mulheres durante o Sec XX e aínda alguns continuam a fazê-lo durante o XXI...
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De TESTICULATOR a 29.08.2009 às 14:36

"Bater nas mulheres". Olha respublica é como os portugueses que ainda hoje batem nas mulheres e algumas vezes até a morte. Mas isso deve ser sangue arabe que anda nas nossas veias pois é.LOLOLOLImage.
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De Anónimo a 29.08.2009 às 15:48

Curioso é haver mulheres a seguir o Corão... mesmo no Ocidente... Deve ser masoquismo, ou então sabem interpretar correctamente os textos, ao contrário de tantos outros...
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De Anónimo a 28.08.2009 às 23:34

João, há aí uma incoerencia; Portugal não tinha uma religião católica/cristianismo nas suas raízes, mas sim várias crenças Fenicias, Celtas e por fim Lusitanas. Mais tarde sim, talvez por influência de escravos trazidos pelos Romanos, passou a haver uma grande influência do cristianismo... Isto obviamente, nessa altura creio que foi já com o avalo dos Romanos, por conviniencia suponho... O facto de também haver muçulmanos no território é somente mais um facto de ocupação territorial, tal como os Romanos fizeram... Obviamente que aplicando a relegião é possivel converter a sociedade ás necessidades do dia a dia...
Penso eu de que!
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De Dúvidas a 29.08.2009 às 00:34

E então "tenho medo de dizer quem sou", qual era a religião dos Lusitanos?  E o que significa aquela escadaria Mesolítica, perto de Lucefécit?
E será que os escravos romanos cristãos, eram católicos?
E o Grande Reino Suevo, não conta?
E seria Romano, o Cristianismo de Afonso Henriques?
E o que é o Cristianismo? Se Jesus, o legítimo descendente do Rei David, foi chamado "O Cristo", não pelo Nascimento, mas pela Sabedoria?
Quando e com quem começou o Cristianismo?
E qual foi o papel em toda esta história, do Imperador Constantino, o do Concílio de Niceia?
Aquele famoso Concílio, em que as mulheres ganharam a Alma por UM VOTO!

Dúvidas

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De Anónimo a 29.08.2009 às 09:30

O maior erro de um cristão é pensar que a história do mundo começou com o potencial nascimento de Cristo há 2 milénios atrás (e subsequentes contos/evanjelhos que daí proliferaram).... Tudo o que acontece antes nas raízes das nações, do ponto de vista religioso, é simplesmente ignorado... Portugal não nasce só depois de "O Cristo", a história do nosso povo é bem mais antiga, portanto não carimbem as raízes tão drásticamente...
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De Rosa de Maio a 29.08.2009 às 23:57

Tenho medo de dizer quem sou, desta vez estou de acordo consigo.
Eu diria mais, Portugal, como Povo, é velho de pelo menos 12 000 anos.
Já que foi no Sul de Portugal, nas regiões que hoje correspondem ao Alentejo e Algarve, que se refugiaram os únicos sobreviventes da Ultima Glaciação.
Foram os descendentes destes sobreviventes, que mais tarde quando o clima começou a aquecer, migraram para o Norte da Europa, Inglaterra, Irlanda, Escócia, Escandinávia, Europa Central, e continuaram em direcção à Anatólia.
Mas alguns destes sobreviventes, que criaram aqui o Héber (Refúgio), viajaram de longe, pelo que, talvez a nossa  identidade, seja ainda mais antiga.

Nota: O que escrevi, está comprovado cientificamente pelos estudos Genográficos, feitos conjuntamente por Universidades Europeias, de Israel e da Turquia.
Das Universidades Portuguesas, colaboraram neste Estudo Internacional o IPATIMUP, e a Faculdade de Medicina do Porto.

Rosa de Maio
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De João Afonso Machado a 30.08.2009 às 00:36

Muito a sério: Tem a certeza que o movimento migratório não é o inverso. Os Lígures das regiões mediterrânicas, os celtas das saxónicas?
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De Rosa de Maio a 30.08.2009 às 02:47

João Afonso Machado

Tenho a certeza absoluta!
Estudei todos os Trabalhos Publicados.

Mas este facto, já é referido pelos Ingleses, que salientam que os Celtas não são originários da Europa Central como se pensava, mas sim do SUDOESTE da Península Ibérica.

Os Estudos Genográficos estão a virar de ponta cabeça os velhos conceitos.
E agora quero vêr, os Abutres do Passado, virem dizer que os estudos de ADN, são são científicos!
Prepare-se, porque a historiografia vai levar uma volta de 180º.
Ou, acham que foi por acaso, ou pelo destino, que NÒS, OS PORTUGUESES, atravessámos todos os Mares e chegámos a todas as Terras?! 

Rosa de Maio
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De João Afonso Machado a 30.08.2009 às 10:19

Rosa de Maio:
Não discuto as suas certezas, embora pense que o seu ponto de vista peca por excesso de exoterismo.
De qualquer modo. lembro-lhe o seguinte:
Na verdade, os ricos-homens da Fundação orgulhavam-se da sua ascendència goda.
Mas a presença germânica em Portugal teve para mim o mérito de fixar reinos e pôr fim à confusão tribal. No entanto, quanto aos seus suevos, lembro-lhe que o reino era diminuto (capital Braga) e foi conquistado pelos visigodos.
Curiosidades: na zona de Guimarães ainda conheço famílias inteiras com a marca vincada dos germânicos. E na comunidade piscatória de Póvoa Varzim/ Vila do conde, o tipo exacto do escandinavo - o que ficou das incursões vikings...
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De Rosa de Maio a 31.08.2009 às 01:32

Caro´

Quer dizer Exoterismo? Ou Esoterismo?

No caso dos Estudos Genográficos, nem um nem outro. Está tudo publicado.

Felizmente, o DNA, vem corroborar os estudos dos Geólogos, que datam os Monumentos Megalíticos de épocas muito mais remotas, que os experts da historiografia.
Por exemplo, o nosso Geólogo Carlos Ribeiro, encontrou utensílios humanos com mais de 20 milhões de Anos, na zona de Alenquer.
Após a sua morte, os experts, decidiram actulizá-los para épocas convenientes, ou seja, retiraram vários zeros à datação do Professor.
É assim que se perpectuam as farsas.

É este tipo de comentário, que classifica de Esotérico?

Rosa de Maio
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De João Afonso Machado a 29.08.2009 às 06:46

ANTES DO DESCANSO DO FIM-SEMANA: NÃO CREIO QUE HAJA INCOERÊNCIA. SEM DÚVIDA PASSARAM MUITOS POVOS PELA PENINSULA AO LONGO DOS SÉCULOS.
NÃO HAVERIA DE INÍCIO UMA SÓ RELIGIÃO. OS LUSITANOS VENERAVAM ENDOVÉLICO, POR EX., MAS HAVIA MUTOS OUTROS (ALÉM DO POLITEÍSMO).
A PRIMEIRA GRANDE MANIFESTAÇÃO DE UNIDADE RELIGIOSA DÁ-SE COM A ROMANIZAÇÃO E COM A CRISTIANIZAÇÃO (NÃO ESQUECER, POR EX. O PAPEL DE S. TIAGO AQUI NA PENINSULA)
AS CHAMADAS INVASÕES BÁRBARAS FOI O CONTRÁRIO: OS IMVASORES (SUEVOS, VISIGODOS) É QUE TAMBÉM SE CONVERTERAM AO CRISTIANISMO)
A CONQUISTA DA PENINSULA PELOS MUÇULMANOS, QUE DERROTARAM O REI VISIGODO EM GUADALETE  VISAVA APENAS A EXPANSÃO DA SUA FÉ.
MAOMÉ EXORTOU OS ÁRABES A CONQUISTAREM O MUNDO E IMPOREM A SUA RELIGIÃO.
E AQUI SE MANTIVERAM, OS MUÇULMANOS ATÉ AOS REIS CATÓLICOS (SÉC. XV) COM A QUEDA DO REINO DE GRANADA, ASSIM TERMINANDO O QUE FICOU CONHECIDO POR RECONQUISTA.
ISTO NÃO TIRA QUE A SUA PRESENÇA TENHA SIDO BENÉFICA, SOBRETUDO NA CIÊNCIA E NA AGRICULTURA. FORAM ELES QUE TROUXERAM PARA CÁ A LARANJA, A NORA, ETC, ETC
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De blogdaping a 29.08.2009 às 15:56

Cá estou na minha ...
Digam por favor !
São José ( putativo pai de JC ) vendeu ou trespassou a carpintaria ?
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De Rosa de Maio a 30.08.2009 às 02:35

Não pai putativo, era o pai mesmo. Carpinteiro, é que ele nunca foi.
Essa é a versão do Império Romano, para esconder a verdadeira razão, porque mandou assassinar Jesus.

É espantosa, a vossa ingénua credulidade!

Que imbecilidade!

Alguma vez algum Conquistador precisou de matar carpinteiros? 
Quem os Conquistadores precisam de mandar matar, são os Reis, ou Chefes das Nações que conquistam, ou que querem conquistar.

Rosa de Maio
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De ZÉ POVINHO a 29.08.2009 às 22:09

Pelo que tenho lido aqui (muitos disparates e radicalismos incoerentes) relativamente a religião e sistemas políticos monárquicos e republicanos e pelo facto da que a História anterior à fundação de Portugal ser bastante desconhecida dos portugueses em geral, creio que continua a ser dada nas escolas muito por alto, deixo aqui uma perspectiva mais alargada entre as Repúblicas e Monarquias que existiram no actual território nacional nos últimos dois mil anos e o que elas representaram para as populações.

Sem qualquer pretensiosismo de ser dono da verdade absoluta e correndo o risco do erro inerente ao resumo de dois mil anos de História em meia dúzia de parágrafos. É apenas mais um contributo sem militâncias para a reflexão Monarquia/República, nada mais.

I . IMPÉRIO ROMANO E QUEDA DO IMPÉRIO
As invasões barbaras ou germânicas da península Ibérica, ocorreu a partir do ano 406 DC e resultou da queda do Império Romano do Ocidente às mãos de Atila o Huno, na batalha dos Campos Cataláunicos. Nessa altura praticamente todo o território anteriormente ocupado pelo Império Romano do Ocidente foi ocupado pelos povos germânicos - Vândalos, Suevos, Alanos e Visigóticos, excepto um pequeno reduto na província romana da Dalmácia (actual Croácia, Bósnia Herzegovina e Albânia).

O Império Romano do Ocidente e o Império Bizantino, com sistemas políticos Republicanos foram a forma de organização social e económica mais avançada que alguma vez existiu até à Revolução Industrial, mil e quinhentos anos depois. Os cidadãos viviam com prosperidade em cidades bem planeadas e organizadas, com higiene, banhos públicos, fóruns aonde ideias eram livremente discutidas por todos os cidadãos. As ciências, as letras e as artes prosperaram.

Os povos germânicos eram povos com uma forma de organização e civilizacional bastante inferior ao Império Romano. Dispunham duma tecnologia significativamente inferior aos Romanos. Mas que pelo facto de serem nómadas e da consequente mobilidade e também bem mais numerosos, lhes deu uma grande vantagem em confronto directo com os Romanos. Com o vazio deixado pela súbita queda do império o território foi rapidamente ocupado por estes povos.
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De ZÉ POVINHO a 29.08.2009 às 22:11

II. O REINO VISIGÓTICO
Atila o Huno tendo sido assassinado pelo seu irmão Breda pouco depois da grande vitória, não viveu tempo suficiente para unificar estes povos germânicos. Pelo que, o território do antigo império acabou dividido e partilhado por estes povos, tendo-se sobretudo destacado nessa altura os Visigodos liderados por Teodorico I que ocupou, primeiramente o sul de França, e posteriormente a Península Ibérica, instalando-se em Toletum (actual Toledo) de onde geriu os seus vastos domínios. Até essa altura viviam pacificamente na península Ibérica os povos Celtas, Iberos, Lusitanos, Tartessos e Cónios já romanizados de quatro séculos, beneficiando de toda a prosperidade trazida pelos Romanos. Estes povos eram já povos com acesso a um elevado nível de conhecimento. A ocupação Visigótica, como todas as ocupações barbaras, caracterizou-se pela destruição de tudo o que representasse o desenvolvimento romano. Este processo era fundamental para o sucesso da ocupação, pois sendo os Visigóticos dotados de menor conhecimento e tecnologia isso representaria uma ameaça ao seu domínio.

Assim, com a chegada dos Visigóticos o nível socioeconómico das populações desceu abruptamente. O sistema político e administrativo usado por todos os povos bárbaros era significativamente inferior ao anteriormente vigente. Era um sistema Monárquico electivo e sucessório, mas que na prática normalmente o seu líder - o Rei, era designado pela força, sucedendo-lhe um dos seus filhos. Quando existiam divergências internas, o monarca vigente era normalmente assassinado e outra linha sucessória era iniciada. Não era um sistema político justo e normalmente as sucessões envolviam grande violência e sangue. Apesar desta forma de organização política ser significativamente menos evoluída do que a Romana ou a Grega, Teodorico I teve alguma visão e não destruiu completamente as estruturas socioeconómicas deixadas pelo Império Romano. Assim que estabilizou o seu reinado adoptou a religião cristã, e incentivou o seu culto. Os lideres religiosos, dotados de maior conhecimento do que as próprias elites militares e do que o comum cidadão, sendo basicamente os únicos com acesso ao conhecimento, rapidamente restabeleceram alguma da organização administrativa deixada pelos Romanos. Passando, no fundo a ser a verdadeira administração do território, subdivido em dioceses, que correspondiam basicamente às antigas divisões administrativas romanas. Por essa razão o Império Visigótico é considerado o verdadeiro herdeiro do Império Romano do Ocidente. Este facto permitiu uma espécie de segunda romanização, com significativas diferenças em relação nível socioeconómico das populações mas proporcionou uma lenta e secular recuperação.
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De ZÉ POVINHO a 29.08.2009 às 22:12

III. INVASÕES ARABES
Em 710 morre o rei Vitiza sem deixar descendência e as cortes reúnem-se para eleger o seu sucessor, formando-se duas facções, uma liderada por Agila II, a outra por Rodrigo, o último rei Visigótico. Mais uma vez a disputa pela sucessão acaba em confrontos violentos.
Agila II solicita o apoio de Tarik, governador muçulmano do norte de África, sob o argumento dos Judeus estarem a ser perseguidos na península ibérica. Segunda a Xaria, lei islâmica, é obrigação de todo o muçulmano proteger todos os defensores dos livros sagrados - Tora, Corão e Bíblia e consequentemente, Hebraicos, Muçulmanos e Cristãos. Note-se que até esta altura Hebraicos, Muçulmanos e Cristãos viviam em completa compatibilidade religiosa. Tendo sido Agila II responsável por iniciar as divergências que ainda hoje persistem, apenas por questões políticas internas de sucessão.
Tarik que viu nisto uma oportunidade para expandir o seu território. Atravessa o estreito de Gibraltar e invade a Península Ibérica, vence facilmente Rodrigo na batalha de Guadalete, junto ao Guadalquivir. Após a vitória, não só não permite que Agila II seja colocado no trono, como inicia uma ocupação sistemática da península Ibérica.

A civilização muçulmana estava então a entrar no seu período dourado. Tinham já uma grande distância de desenvolvimento em relação aos Visigóticos. Possuíam tecnologia bastante superior. A Alquimia, a Álgebra, Astronomia, e outras ciências, eram perfeitamente dominadas pelos povos muçulmanos. Com o sistema político de Emirado e posteriormente de Califado, que são no fundo regimes Monárquicos, instalado pelos muçulmanos, as populações da península Ibérica voltam outra vez a prosperar. É um período de grande desenvolvimento socioeconómico para a região.

Contrariamente à imagem que temos hoje, diminuída pelo facto de sermos um país maioritariamente cristão, é um período de tolerância e de paz. Os muçulmanos, mais educados e civilizados do que os Visigóticos, não hostilizaram as populações e inteligentemente destruíram as estruturas administrativas existentes. Trouxeram novamente tecnologia, ciência e conhecimento a que as populações não tinham acesso desde a queda do Império Romano, trezentos anos antes.
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De ZÉ POVINHO a 29.08.2009 às 22:12

IV. A RECONQUISTA
O reino Visigótico herdado de Rodrigo fica então reduzido ao diminuto território das Astúrias, passando os resistentes liderados por Pelágio a viverem nas grutas dos montes Cantábricos que Alexandre Herculano tão bem descreve em Eurico o Presbítero. Pelágio que a partir da sua gruta na montanha faz inúmeras investidas, entre as quais se destaca a batalha do Cavadonga, inicia uma lenta ocupação e funda o Reino das Astúrias, do qual derivaram posteriormente vários reinos. Este é considerado o inicio da reconquista.

Desta reconquista que progressivamente se expande para sul, a partir do Reino das Astúrias, resultam vários reinos - Leão, Navarra, Castela, Aragão. A estrutura sócio político económica destes reinos é em tudo semelhante à do velho Império Visigótico e nada traz de novo às populações da região.
Entre esses reinos, mais tarde aparece o Reino de Portugal, que teve como base o Condado Portucalense, que todos bem conhecemos. E que duraria até 1910 com diversas dinastias.

V.  CONCLUSÂO
Temos tendência a pensar na ocupação muçulmana como algo de "estrangeiro", ou como um corpo estranho. Mas na realidade somos tão herdeiros e descendentes dos grandes heróis de hoje Teodorico, Rodrigo, Pelagio, D Afonso Henriques, ou Mestre de Aviz, como de Tarik, Abdulaziz, ou Almansor (por mais que essa conotação nos repulse na actualidade) que dominaram a região do actual Portugal mais de quinhentos anos e que nos legaram uma boa parte do que somos hoje. O Emirado do Al-Andalus, ou do Califado de Córdoba era então uma das mais prósperas e desenvolvidas regiões da Europa, o que com certeza dificilmente o fomos em outras épocas nos últimos dois mil anos.

O erro de cisão entre o mundo islâmico e o mundo cristão existente actualmente está bem patente no Diálogo inter-religioso iniciado por João Paulo II.
O Portugal actual viveu nos últimos dois mil anos sob sistemas políticos Monárquicos cerca de mil e quinhentos anos, entre reinos Visigóticos, Califado, Emirado e Reino de Portugal.

Houve cerca de quinhentos anos de sistemas políticos Republicanos, entre a República Romana e a República moderna actualmente existente.
Durante a vigência dos sistemas Monárquicos, apenas com os Califados e Emirados tivemos verdadeiramente prosperidade. Com os cerca de mil anos de sistema político Monárquico do tipo Visigótico o território do Portugal actual, incluindo os cerca de setecentos anos do Reino de Portugal, sofreu atrasos significativos de desenvolvimento, sobretudo em relação a outros países e a sistemas Monárquicos existentes na Europa Ocidental. Mesmo durante o período de ouro dos descobrimentos, estávamos longe do grau de desenvolvimento socioeconómico da grande maioria dos países da Europa Ocidental. Com excepção do sistema Monárquico dos Califados e Emirados em que realmente estivemos á frente em desenvolvimento civilizacional na Europa, apenas com os sistemas Republicanos acompanhamos, em termos de desenvolvimento socioeconómico o resto da Europa.

As correntes Monárquicas actualmente existentes, com ou sem Carta Constitucional, representam no fundo a defesa do sistema Monárquico Visigótico que constituiu o período de maior atraso para as populações do actual Portugal.
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De TESTICULATOR a 29.08.2009 às 22:23

O que eu sei é que os Arabes andaram aqui largos séculos a espetar o ferroto deles nas parrecas das nossas mulheres, por isso é que agora as mulheres portuguesas são muito feias e todas peludas,LOLOLOLImageImage.
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De João Afonso Machado a 29.08.2009 às 22:27

Oh Zé (do bom) Povinho: desculpe mas não concordo consigo.
Para além de tantas outras influências ao longo dos tempos, diz V. que fomos inteligentemente tratados pelos muçulmanos que invadiram a Peninsula. Certo.
A 1ª questão será saber quem começou a chamar "infiel" a quem. E porquê - talvez por se tratar de uma "guerra santa", como agora ainda.
Depois, o nativo (leia-se: Pelágio e os seus) não gostou de ser invadido. Vai daí iniciou a Reconquista. Quantas décadas de "terra de ninguém" desde Coimbra até Santarém, no início da Nacionalidade.
Finalmente, os islamitas também se organizavam politicamente segundo formas monárquicas. Daí, em síntese a minha admiração: porque haveria a monarquia portuguesa de ser a triste herdeira dos piores: os visigodos.
É que ainda por cima, essa monarquia visigótica era muito "relativa" - qualquer rei era substituido por um mais forte dentro do seu próprio grupo.
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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 01:21

Caro João,

O Reino de Portugal é consequência duma separação do Reino de Castela. Um dos muitos reinos resultantes das iniciativas de Reconquista de Pelagio, da fundação do Reino das Astúrias, etc.

A organização administrativa destes reinos, hierarquias militares e religiosas eram em tudo semelhantes á organização do Reino Visigótico que teve muito de bom também, nunca disse o contrário. Acho mesmo que somos na Europa, juntamente com os Espanhóis os verdadeiros herdeiros do Império Romano.
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De João Afonso Machado a 30.08.2009 às 01:32

Caro Zé:
O seu discurso é correcto e bem estruturado. Eu faço algumas interpretações diferentes da história. Não vale a pena prolongarmos a questão do Passado. Concordará comigo que o Futuro também faz parte da História. E aí as coisas não se mostram nada brilhantes...
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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 02:17

Caro João,

É bem verdade, o futuro não se mostra nada brilhante.

A principal coisa que tentei dar como perspectiva é a História não é rígida. O que é no presente tido como verdade absoluta, no passado não é, nem no futuro será.

Tentei expor isso quer relativamente a religiões como relativamente à organização politica.

Às vezes perdemos perspectiva por nos empenharmos tanto por uma causa. Seja ela Monárquica, Republicana, ou qualquer outra. isso é mais do qeu evidente aqui no 31 da Armada e também é em S. Bento que está cheio de acéfalos militantes. Começa-se por defender ideias e acaba-se a defender por defender, ou seja por militância irracional e as ideias ficam esquecidas.

Afinal os que procuram mais do que o proveito pessoal, querem todos a mesma coisa - um país melhor. O resto quer apenas tacho...
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De Rosa de Maio a 30.08.2009 às 02:23

Zé Povinho

Portugal tem um passado comum com a Galiza, teve em tempos, pontos comuns com Aragão, Leão e com Castela.
Mas foi apenas isso.
Portugal não foi, não é e não será nunca, a consequência da separação do Condado Portucalense de Castela, pela simples razão de que Portugal é muito mais antigo.
Existiu como Reino,  O Reino Suevo, e agradeço que se abstenha de chamar Bárbaros aos Suevos, porque bárbaro foi o seu Império Romano.
Temos uma herança histórica com o Império Bizantino, mas já depois da separação. Portanto de cultura Grega, felizmente!
Do Império Romano do Ocidente, os Castelhanos são-no cultural e religiosamente.
NÓS NÂO!
Do Império Romano, tivemos que suportar a tirânia, primeiro, a do Império, depois, a do Catolicismo de Roma.
Ou por acaso o Zé Povinho é dos que acredita que o Imperador Constantino se converteu ao Cristianismo?
Não me faça rir!
Constantino COMPROU o Critianismo, adulterou-o, e impô-lo.
E com isso, garantiu o Poder de Roma por mais mil anos.
Ou vai-me querer convencer de que não foi o que aconteceu!?
Só que, nós Portugueses não somos, nunca fomos nem seremos Romanos!

Rosa de Maio


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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 02:45

Cara Rosa,

Cá vamos nós com a pedrada e paulada e o ataque inconsequente. Acalme-se. Eu não sou a besta a abater. Apenas expressei pontos de vista e factos históricos. Não todos, nem os que foram omitidos, foram com premeditação demagógica. O seu discurso parece-me excessivamente militante e agressivo o que a ocorrer torna-lhe a visão torpe.

Herculano foi dos poucos a dar-nos uma perspectiva da História local anterior à fundação. Essa é a única razão de o mencionar. Entendo o seu ódio e rancor. Mas não sou maçon nem tenho militâncias nenhuma. Nem seque tenho militância Republicana ou Monárquica. Sinceramente acho que é uma questão irrelevante neste momento até que me demonstrem o contrário.

Apenas descrevi as formas de organização política locais anteriores à fundação. O que mencionei foi um resumo, com as omissões erradas inerentes a um resumo. Mencionei o papel da Igreja na organização do Império Visigótico. O Reino Suevo teve, como com certeza sabe, um papel irrelevante que representou pouco mais de cem anos.

Quanto a D. Henrique, tem toda a razão, não era efectivamente Godo, mas também não povoou o país de Bolonheses que eu saiba. Usou as estruturas, hierarquias e o povo locais, que não era nem Godo, nem Suevo, nem Árabe, nem Romano. Era uma mistura e a resultante de tudo isso. Não procuremos raças nobres e puras que já sabemos onde isso deu.

Quanto aos Descobrimentos e todo o período posterior à fundação, como disse deliberadamente deixei de fora, pois esse é razoavelmente bem conhecido de todos nós, se bem que, como sabe muito glorificado, quando as coisas não foram bem assim.

Isso de procurar grandes glórias, deixe-me que lhe diga, já está um pouco fora de moda.
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De Rosa de Maio a 30.08.2009 às 03:46

Caro Zé Povinho

Não. Não entende!
Não existe nenhum rancor, muito menos ódio.
Nem por Herculano, nem pelo seu mérito, nem pelo seu equívoco.
Nem por qualquer outra pessoa.
Aquilo que está em causa, é um dos muitos Equívocos, que têm que ser desfeitos, e é por isso que me bato.

Graças aos Estudos Genográficos de uns, graças as descobertas Arqueológicas de outros, graças ao empenho de muitos outros em estudar a fundo Mapas Antigos, que são cópias de cópias de cópias de outros muito remotos, graças à decifração de Códices e Documentos Antigos, a historiografia está a sofrer uma rotação de 180º.
E o precurso da Humanidade, que a pouco e pouco é revelado por esses estudos, é de longe muito mais fascinante, que a xaropada tradicional, essa sim, completamente fora de prazo.
Compreendo que para a maioria das pessoas, descobrir que afinal não são quem pensávam ser, e que os seus Antepassados, merecem muito mais respeito e admiração do que supunha, não tenha grande significado.
Que o que importa, é o Presente!
Só que o Presente, é a consequência do Passado.
Neste caso de um passado em que, umas vezes deliberadamente, outras por ignorãncia, factos fundamentais, e achados decisivos, foram omitidos, deturpados, ou escondidos em Caves e Gavetas de Museus.
Contráriamente ao que supõe, eu não tenho militãncia alguma. O que tenho é um grande apreço pelo rigor e pela isenção, de que apenas temos alguns vislumbres, na historiografia tradicional, francamente seguidista, e de carácter interpretativo.
Pelo que, sou sempre pela verdade!
Que se contem os factos. Que não se escondam, nem se deturpem. Que se assumam os erros. Que não se interpretem os factos, porque a interpretação cabe a cada um de nós fazê-la.

Sendo que, o Reino Suevo foi muito mais importante do que se diz.

O Conde Dom Henrique não era Bolonhês.

E independentemente do respeito que tenho por todos os Povos e Raças, cada um tem a sua individualidade. Cada um tem a sua Genética, a sua História e a sua Memória Colectiva.
Felizmente, somos todos coloridos.
Por muito que alguns queiram, aqui, não existem cinzentos.

E quanto a nós Portugueses; Não, não somos uma mestissagem!

Quanto a si, cumprimento-o pelos seus últimos textos, que nada têm a vêr com as frases mal construídas que compunham os anteriores.
Em dois ou três dias, o Zé Povinho, fez o Liceu e a Faculdade.
Os meus sinceros Parabéns!

Rosa de Maio





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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 10:56

Cara Rosa

Não me leve a mal se vi nos seus posts alguma da treta do costume que estamos habituados a ver aqui no blog de que quem discorda é logo maçon etc etc... que dá tédio.

Mas vejo que os seus posts são mais o entusiasmo apaixonado pelo tema. O tema é sem dúvida fascinante. E é com certeza um tema em que sabe muito mais do que eu, pois essa nem sequer é a minha formação académica, apenas interesse.


Vejo que a sua especialidade é o Reino Suevo e os Celtas. Que é algo de absolutamente fascinante. É verdade que essa parte tem sido muito mal contado ou foi deliberadamente omissa. Mas há e haverá sempre omissões por conveniências políticas, religiosas, etc.

Mas também não me diga que é da opinião de que toda a História conhecida é resultado duma gigantesca conspiração.

Não podia concordar mais quando diz que o Presente é consequência do Passado. Mas pelo seu discurso vejo  também que concorda que a Verdade de hoje, não é a mesma Verdade de ontem, nem será com certeza a mesma de amanhã. Vai sempre mudando conforme os interesses da época em que se insere. É evidente que Constantino não se converteu a coisa nenhuma e apenas usou e com grande habilidade politica o Cristianismo, da mesma forma que fez Teodorico no Império Visigótico.


Provavelmente eu deveria ter mencionado os Celtas mas também nunca tive a pretensão de ser exaustivo nem dono da Verdade absoluta. E para isso este aqui a Rosa para complementar e corrigir. Os meus posts foram mais na sequência de uma série de posts sobre questões religiosas erradas sobretudo relativamente aos Muçulmanos e à visão que temos hoje deles, pelas mesmas razões de manipulação da História com interesses políticos.

No entanto relativamente aos Celtas, por mais fascinante e importante que tenha sido, não se esqueça que a influência Celta é sobretudo a norte do Douro, menos de um terço do território do que somos hoje. O que faz ao resto do território? Não tem História? Não faz parte da nossa herança genética também? A Galiza pode preocupar-se apenas com isso, pois é uma região muito mais homogénea do que Portugal. Portugal é muito mais do que apenas a herança Celta. Que eu saiba não somos todos puros Suevos altos, loiros de olhos azuis.
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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 18:26

Cara Rosa,

Sobretudo gostei da sua afirmação:

"Felizmente, somos todos coloridos.
Por muito que alguns queiram, aqui, não existem cinzentos."

Isto deveria ser repetido até à exaustão neste país de hoje tão cinzento.

Parabéns por isso!
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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 02:58

Creio que a Rosa procura a purificação da raça no Reino Suevo.

Vê os factos de forma simplificada com os "BONS" dum lado e os "MAUS" do outro. Mas a realidade não é bem assim.

O Reino Suevo era efectivamente melhor do que o Visigótico, não deixava de ser bárbaro, iliterato, sem tecnologia, sem ciência, etc. para além disso não teve peso como sabe e não são cento e poucos anos que definem o que somos hoje.
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De Rosa de Maio a 30.08.2009 às 04:56

Caro Zé Povinho

Decididamente é de ideias fixas. Os Romanos disseram que todos os outros Povos eram bárbaros. Pois Bárbaros terão que ser.
Foram 177 Anos!
177 anos ocultados pela historiografia do estado liberal espanhol, que quis à viva força, transformar num Reino, ou num País, uma Manta de Retalhos.  
Ocultam-se os Suevos da Galiza, e oculta-se a Galiza,   elevam-se os Visigodos e Arriba España.
  
Só que os da Galiza, dizem que são Lusitanos. E a sua língua falada e escrita, é muito semelhante à nossa, e não ao castelhano.
Mas como por aqui, a historiografia usa a cartilha do lado de lá, suprimem-se os Suevos, e calam-se de uma vez todos os Lusitanos.
Os Romanos não tinham englobado todos os Povos da Península Ibérica num só. 
O Reino Suevo de Portu -Cale surge assim, como o primeiro Reino, com uma identidade política e Administrativa própria, que se separa de Roma e cunha moeda.
Este Reino de Portu -Cale tem o nome de dois Castros fronteiros, nas margens do Douro é o percursor do Condado Portucalense, por isso muito anterior à "unificação" de Espanha. 
E ainda que a historiografia tradicional diga que o Condado Portucalense, se separou de Espanha, a verdade é não se separou. Sempre esteve separado!
E a Capital era Bracara, nome Celta, Sede de Bispado desde Diocleciano. 
E O Selo de Afonso Henriques, prova isso. E muito mais. 

E Espanha, essa nem existia, por muito que venham agora os espanhóis chamar ao Reino Wisigodo, Reino de Espanha em vez de Hispânia.

Rosa de Maio


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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 12:27

Rosa,

Relativamente aos Bárbaros dois pontos:

Concorda ou não que o que faz a evolução da Humanidade é a tecnologia? O fogo, a roda, bla bla... Com certeza que concorda.

Concorda ou não que o Império Romano foi até à Rev. Industrial a civilização que melhor dominou a tecnologia no ocidente e que a dominava muito mais que Suevos, Visigóticos, etc? Com certeza que sim.

É evidente que os romanos cometeram muitas atrocidades. Provavelmente muitas mais que os chamados povos Bárbaros. Como é evidente é nesse sentido o bárbaro, não no sentido político dado pelos Romanos (que não são de modo algum os MEUS Romanos).

Aí, deixe-me que lhe diga, mas também está a fazer interpretação, só que em sentido inverso, o que é de todo natural.

Nem poderia ser de outra forma, haverá sempre interpretação e interacção com o objecto de estudo, qualquer que seja a ciência tal como Heisenberg o expôs com o Principio de Incerteza, que não se aplica apenas à Física Quântica, mas a todas as ciências. Aí estou à vontade para falar pois é a minha área. Não é possível estudarmos um objecto sem interagirmos com ele. O que sabemos desse objecto ou tema no caso não é a Verdade como ela realmente é, mas o resultado da nossa interacção com ele. Este é sobretudo um principio filosófico de grande profundidade.
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De Rosa de Maio a 31.08.2009 às 02:28

Caro Zé Povinho

Tem razão. Não devia ter escrito "Os Seus Romanos", mas apenas Romanos.
Em relação ao Império, confesso que gostaria de ser menos interpretativa, mas tenha em atenção que nó analisamos estas questões de forma mais emotiva. E é dificil ser 100% objectivo, em relação aos Invasores. A minha reação é semelhante no que toca a Castelhanos e Franceses, e o motivo é o mesmo, agravado pela franca manipulação dos acontecimentos, que os vencedores fizeram

Quanto à tecnologia, eu já nem me atrevo a dizer que fotam descobertos instrumentos Cirúrgicos usados pelos Neandertais, ou que existem achados Arqueológicos incríveis, na América, datados de uns 60 000 anos.
Também há rodas, como é evidente.
Nem refiro ás Pirâmides que estão a ser descobertas um pouco por toda a parte. Depois da Pirâmide do Sol na Bósnia, foi descoberta uma outra nas Maurícias, que remonta a uma Época muito anterior ás explorações do Século XV, ou ásCivilizações Árabes dos Séculos X /XI.
E á nem digo nada sobre a Pedra de Ingá, no Brasil, onde estão descritos em Proto-Hitita, os Acontecimentos Catastróficos de há cerca de 15 mil anos atrás.

Calo-me, porque o outro jovem aparece aí a chamar-me Exotérica. E só me livro da fogueira, porque a Inquisição está formalmente extinta.

Mas antes de partir, deixo-lhe um desafio, já que a sua área é a Física.

Que lhe parece a Teoria do Deslocamento dos Polos Terrestres de Hapgood, que Einstein corroborou, o que motivou até a troca de correspondência entre ambos?
Sendo que o dito mecanismo de deslocação da Crosta Terrestre teria como efeito, deslocar as Regiões Polares para o Equador.

E por favor, não chamem Esotérico ao Charles Hapgood nem ao Albert Einstein.

Rosa de Maio

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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 01:29

Caro João,

Relativamente às terras de ninguém tem toda a razão, eram efectivamente terras de ninguém anteriormente á fundação do reino, ou de quase ninguém, que foram povoadas pelos monges de Cister. Mas já lá estavam árabes e moçárabes, que anteriormente foram visigóticos e anteriormente cidadãos Romanos. Esse mesmo homem é também o nosso antepassado. O "Génesis" do povo português não começou com a fundação, isto não era exactamente o deserto.
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De Rosa de Maio a 29.08.2009 às 23:31

 Zé Povinho

Claro que tinha que citar Herculano! Compreendo.
Herculano, o Maçon, que grita histérico:
-Ourique nunca Existiu!
- Ourique nunca existiu!
Enquanto arrasta o recentemente nobilitado, Visconde de Almeida Garret , com o seu colar de rolhas, pelas areias do Mindelo?

Mas está errado. Completamente errado, como Herculano estava.
Erra acerca da Monarquia Portuguesa, entenda-se A Monarquia, e não uma espécie de Rei sob o controle da Maçonaria, quando a classifica exclusivamente de Goda.
Esquece o Reino Suevo. Porquê?
E esquece o papel das Ordens Religiosas na Formação de Portugal. Porquê?

O Conde Dom Henrique era Godo?

Depois, tem a lata de menospresar o Reino que navegou por todos os Mares, e chegou a todas as Terras, e que pelo menos desde o Século XII, navegava para a América.
Acha que os outros Reinos da Europa, em guerra entre eles anos a fio, e os mortos de fome dos Castelhanos,  em guerra por uma unificação forçada, é que eram desenvolvidos?
A Guerra para si, é que é desenvolvimento?

E o seu comentário sobre as Repúblicas, esse então é patético.
República Romana, NÓS?
Tome juízo. O Maldito Império acorrentou-nos e escravizou-nos, isso sim!
Mas finalmente, foram CORRIDOS! CORRIDOS!
E já foram tarde!

Quanto à Moderna República em que vivemos... provocou-me um  tal ataque de riso, que ainda não o controlei.

Rosa de Maio
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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 01:11

Caro João,

A minha tentativa de contributo, foi apenas para tentar dar uma perspectiva mais alargada no tempo e de como viveram os nossos antepassados, não apenas os mais recentes. Cem ou duzentos anos anos na História e microscópico e reduz-se a pequenos detalhes de D. Pedro, D Miguel, D Carlos, D Manuel, Buiça, Afonso Costa e Salazar creio que é limitar a perspectiva. Daqui a mil anos com certeza estes serão esquecidos ou apenas mencionados de passagem. Aqueles que serão mencionados serão os que realmente marcaram uma viragem. É certo que os mais recentes é que contam na nossa vida e é necessário debater. Mas também acho que é necessário ter uma visão mais alargada da História e creio que há grande desconhecimento da nossa própria História antes da fundação. Esses também são os nossos antepassados e fazem com que sejamos hoje o que somos como povo.

Não tenho qualquer pretensão em ensinar ou doutrinar ninguém.

Relativamente às Guerras Santas, tema tão actual como o era à mil anos:

A invasão muçulmana da Península Ibérica, não teve nada de Guerra Santa. Foi uma oportunidade agarrada pelos Muçulmanos para alargar o seu território de influência. Mas não devemos esquecer que essa oportunidade foi oferecida por um Cristão - Agila II. Temos que entender que o Cristão da época, não é como nós o vemos hoje. É muito semelhante em termos de pensamento ao Muçulmano. Agila II e Tarik tentaram de alguma forma invocar razões religiosas, mas nessa altura não se falava de Guerras Santas.

A primeira Guerra Santa ou Cruzada foi convocada pelo Papa Gregório VII quatrocentos e muitos anos depois da invasão da Península Ibérica pelos Árabes, como tentativa de solucionar as constantes pressões sofridas pelo Império Bizantino, por um lado, e querelas internas entre o Vaticano e os reinos anglo-saxónicos, por outro. Aliás D Afonso Henriques aproveitou, e muito inteligentemente e com grande habilidade política, a sua passagem pela nossa costa, para reconquistar uma boa parte do território incluindo a cidade de Lisboa.

As Guerras Santas foram um dos grandes erros históricos de demagogia, em que a religião foi usada para fins políticos, de que ainda hoje sofremos consequências muito sérias. Provavelmente a maior ameaça dos tempos correntes. Houve outros erros graves com grandes consequências ao longo da História, como a divisão do Império Romano por exemplo.

Tal como disse anteriormente, o diálogo inter-religioso iniciado por João Paulo II e empenhadamente continuado por Bento XVI é exactamente a tentativa de correcção desse erro histórico de cisão entre povos com pensamento idênticos.
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De João Afonso Machado a 29.08.2009 às 22:43

E já agora deixe acrescentar o bom tratamento dado aos muçulmanos de terras reconquistadas - os chamados moçarabes. Aí tem razão: todos descendemos deles. 
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De TESTICULATOR a 29.08.2009 às 22:52

Aí já foi diferente fomos nós portugueses a ir espetar o nosso ferroto a parreca das arabes e deu o que deu muitos portuguesas e portugueses pequenos e peludos que mais parecem macacos,LOLOLOLImageImage.
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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 02:35

É verdade João.

Os Árabes fizeram melhor trabalho do que a Blair, Bush e Co estão a fazer hoje.

Quer queiramos, quer não os Árabes são os nossos vizinhos e vamos ter que viver com os nosso vizinhos para sempre, de preferência convém ter boa vizinhança e respeita-la. Mandam até as boas normas de educação, não é?

Não vamos mudar Portugal ou a Europa para o Pacífico, nem os vamos exterminar. Além disso os novos "moçárabes" estão entre nós, a França que o diga. Portanto toca a começar a trata-los melhor e a respeitar as diferenças que não são tantas como parece.
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De João Afonso Machado a 30.08.2009 às 10:11

Caro Zé: continuamos a manter algumas discordâncias. A verdade é que em relação aos árabes de hoje - precisamos deles (petróleo) e temos medo deles (atentados). E o mundo inteiro está suspenso dessa dura realidade.
Felizmente, nós portugueses, somos demasiado pequenos para que estejamos na mira disso que para mim já é a 3ª GG, em moldes totalmente diferentes.
Mas que somos moçarabes - descedentes de árabes cristianizados - somos; e que mandam todas as regras saibamos ser bons vizinhos, educados e humanos, isso é absolutamente necessário
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De Anónimo a 30.08.2009 às 10:32

Caro para cá, caro para lá... Andamos todos muito caros :-)

Na verdade, andamos todos é muito confusos, e tudo porque não se fala de religião (porque é feio e magoa as pessoas, tss) nem se desvia o olhar da religião católica (não querendo dizer que também se deva no entanto ignora-la, pelo contrário).

Só tenho que agradecer à Rosa de Maio, pelo seu contributo cultural, creio que o mais relevante de todos estes comentários.

Vejo nos seus posts uma grande imparcialidade factual contributiva, que se justifica em factos históricos comprovados, e não em drásticas suposições fantasiosas.


Os meus parabéns Rosa!
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De João Afonso Machado a 30.08.2009 às 12:38

Meu caro Tenho Medo

Falar de Religião é um pouco complicado. Quem é religioso, pelo menos, não deverá gostar que a conversa descambe, como tantas vezes acontece nestes blogs.
E quem é religioso pode também não se sentir vocacionado para CATEQUIZAR, que é uma tendência grande neste tipo de debates. Do género: a minha religião é que está certa, a tua não. Por isso é compreensivel que a conversa se situe mais no plano histórico do que no das convicções pessoais.

Já disse à Rosa acerca do interesse do seu saber. Acho-o apenas um pouco fundado em exoterismos que são sempre dificilmente provados no campo das ciências (mesmo não exactas)
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De Rosa de Maio a 31.08.2009 às 03:21

Caro João Afonso

Como vê enganou-se. São questões muitas delas provadas, outras em Estudo.
Nada existe de oculto. O que existe, é uma historiografia
internacional, que por várias questões, de ordem  sócio-política, estudo deficiente,  etc. tem bloqueado sempre o aprofundamento da História Remota da Humanidade, classificando-a de inexistente.
Para mim é absurdo pensar que existimos há mais ou menos 800 mil anos, vindos  de um qualquer macaco que subitamente ficou erecto, e passámos de um estadio de trogloditas, para os Supertecnológicos Construtores de Pirãmides.
Não é lógico! Portanto a explicação tem que ser outra.
Felizmente imensa gente, ao longo dos últimos anos. tem questionado o politicamente correcto, que é afinal apenas a medida do nossa ignorância, e partido à descoberta.
As conclusões começam a surgir!
E felizmente fazem justiça a muitos, a quem os Académicos profissionais ostracizaram.
O que não pode é haver dogmas, ou tabus.
Tudo é passível de discussão!
Temos óbviamente, é que estar documentados para o fazer.

Rosa de Maio
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De Anónimo a 30.08.2009 às 11:30

Nao so' estou surpreso, como estupefacto!

Aqui está o que a Rosa comenta; não fazia ideia!
- http://findarticles.com/p/articles/mi_hb3284/is_n257_v67/ai_n28633149


"Very little is known of the Upper Palaeolithic of Portugal, although it has been assumed to have the same general characteristics as elsewhere in southwestern Europe. New evidence suggests clear technological distinctions between Portugal and other areas of southwestern Europe after the Last Glacial Maximum, c. 18,000 (uncalibrated) years ago, and allows an initial synthesis for Portuguese Late Glacial prehistory, 16,000-8500 b.p."
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De ZÉ POVINHO a 30.08.2009 às 12:44

É verdade, é um tema fascinante.

Muita documentação sobre o tema pode ser encontrada no site da U. de Bristol sobretudo do Prof. João Zilhão

http://www.bris.ac.uk/archanth/staff/zilhao/
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De Rosa de Maio a 31.08.2009 às 02:36

Se tiver tempo, passe pelo Portugalliae Blogspot.
Anda por lá um português a fazer uma síntese de todas estas questões.
Está lá também o Estudo de John Harper sobre o Waldseemuller, com recurso a técnica  Warp.

Grata pelo apoio

Rosa de Maio
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De Rosa de Maio a 31.08.2009 às 02:58

E mais!
 As nossas Antasinhas, vão ser datadas pelo Dr Bob Oldhom, do Projecto Stones and Stars Project, por meio do Opticallystimulated Luminesense.

Bob Oldhom, já estudou mais de sessenta Antas Alentejanas, que estão curiosamente, todas alinhadas com As Pléiades, da Constelação de Órion.

São Sete. Sete Pléiades.

Espero que não apareça ninguém a chamar Esotérico ao prof. Oldhom, por causa das Pléiades.

Agradeço o apoio que me deu.
Tenho vindo a referir tudo isto, na tentativa de consciencializar pelo menos alguns Portugueses, da importância Histórica, do seu País, e da obrigação que todos temos de lutar, pela sua dignificação.
  
Rosa de Maio

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