De João Afonso Machado a 31.08.2009 às 16:44
Caro Fontela:
Não me diga que também pensa, como eu, que estamos mesmo tramados?! Sem alternativa possivel!?
É que tenho em boa conta a F. Leite. Mas sinceramente não a vejo com força para segurar o barco nas tempestades sociais que se avizinham.
Já o Sócrates, teimoso é. Aguenta-se no leme. Mas sem saber para onde nos leva.
E este país ainda não aprendeu a navegar sem timoneiro. Nem, se calhar, isso é possivel.
João Machado,
Em termos de escolha tal como nos é posta (por partidos e eleições) não acredito em nada. A lógica interna deles é sempre a mesma e não tem relação com o serviço público ou o confronto com os problemas - especialmente porque eles não são sequer verdadeiros políticos, são gestores que andam a fazer o frete de "governar" para se reformarem princepescamente para o privado (é de estranhar que as pessoas tremam ao ouvir falar de privatizações??? Claro que não, todos sabemos a relações pouco claras que há entre o poder económico (dominante)e o poder político (submisso) e enquanto as posições não se inverterem estamos realmente tramados. Venha alguém de defender o primado do político com seriedade e credibilidade e eu serei o primeiro a saltar nesse barco.
De João Afonso Machado a 31.08.2009 às 17:08
Pedro Fontela:
Não vamos lá. Recue a 1820, tire da História o Fontes e veja o que sobra: uma tentativa sã do J. Franco e a bandalheira rotativa (além dos 48 anos...). A política não é um serviço público, é um próspero modo de vida.
Pois meu caro mas isso não é política. É o sistema de dominio demoliberal que visa apenas perpetuar as relações de poder económicas. É precisamente por ser necessário algo que quebre este sistema que vem dessa época que não acredito em partidos ou derivados. Já provaram que não funcionam e que de facto minam a sociedade (será por acaso que desde essa época só houve periodos de decadência?).
Este modelo não serve, estes senhores não servem.
De João Afonso Machado a 31.08.2009 às 17:17
Mas não há alternativa possivel. Até porque a Constituição blindou o sistema. Semi-presidencialismo e ponto final.
E o tempo das revoluções já acabou. Agora estamos na UE.
Haver há, mas o que abunda mais é desculpas para não o fazer. Entre o não haver alternativas e não haver coragem para as implementar há uma grande diferença - já agora a UE deve servir para nos ajudar, a partir do momento que nos condiciona deixa de ser útil.
Confundir o conforto com maturidade ou verdade é um erro básico.
De Maria da Fonte a 31.08.2009 às 17:33
Pois é, agora à cobardia, chama-se concertação, consenso etc.
Não sei porquê, mas isto lembra-me outras épocas, em que um bando de cobardes....
Maria da Fonte
De Maria da Fonte a 31.08.2009 às 17:28
E daí?
Uníões há muitas. Fazem-se, negociam-se, renegociam-se e desfazem-se, se for caso disso.
Perpectuar o marasmo, e deixar calmamente que um bando de oportunistas corruptos e incompetentes, afunde definitivamente o barco, é que não é admissível.
Maria da Fonte
Obrigado por ser ainda mais clara que eu. É isso mesmo.
De Marquesa de carabás a 31.08.2009 às 17:52
Carissimos,
Pois eu, que ainda não perdi a esperança, acho que com o facto de não haver, porque não vai haver mesmo maiorias para ninguém talvez abra espaço a coisas novas.Ás vezes é preciso desconstruir para construir de novo.
A ingovernabilidade de facto, decorrente de um cenário de sistematicas negociações e renegocições pode acontecer e levar a duas situações: à desconstrução de um ou mesmo dos dois maiores partidos e a um novo projecto naquilo que pode ser chamado a zona da social democracia.
Também podem abrir-se caminhos paralelos, que podem ser interessantes....
A história não está do seu lado. O funcionamento e motivações instituicionais não estão do seu lado. Não leve a mal dizer isto mas a esperança é barata. Mudar na realidade é que pode sair caro aos que tiverem coragem para tentar.
De João Afonso Machado a 31.08.2009 às 18:08
A Sra. Marquesa em parte tem razão: se ainda vale a pena falarmos em ideologias, não sairemos da área social-democrata. Esquece é que esse ponto hoje não releva muito. O importante é a falta de gente.
Quem a governar? Onde estão os estadistas? Os homens que motivam os cidadãos e obtem pelo voto o mandato que lhes permite concretizar o interesse público.
Por outras palavras e só para exemplicar: a MFL que o Respublica prefere e cuja seriedade eu não contesto - terá alma e pulso de governante? É que os outros não teem, isso já está demonstrado.
De Respública a 31.08.2009 às 18:11
Garanto-lhe que sim, tem pulso e cabeça, é a única que controla os jotinhas, até eu fico em linha quando a vejo, uma vez na campanha presidencial disse-me uma piada, que andei o dia todo a pedir-lhe desculpa e ela a dizer que estava apenas a brincar, mas não fiando...
De Nani Santos a 31.08.2009 às 18:24
O que é o MFL ?
É algum movimento de Mudança de Regime...
Por favor outro 25 de Abril, não!
Movimento das Forças Libertadoras...?
De Respública a 31.08.2009 às 18:29
Manuela Ferreira Leite (Maria Manuela Dias Ferreira Leite)
De Respública a 31.08.2009 às 18:01
Votem na Manela, é Beirã, corajosa, integra e com provas dadas, para além de ser mulher, já que apenas tivemos, desde 1926, dois homens primeiros-ministros de qualidade
(Sá Carneiro e Cavaco) e uma primeira-minsitra que em cento e poucos dias não foi má de todo, as mulheres têm um rol mais positivo de governação, acho que agora devemos optar pelas mulheres ea escolha é certa ou Manela ou Laurinda Alves, é que a sr. do 4POUS é pior que o PCP...
Eleições assim não são para gente séria. Nem hoje nem nunca.
De Respública a 31.08.2009 às 18:15
O problema está nos partidos terem sido minados por parasitas e interesseiros, aconteceu isso com o PSD em 1991 após a segunda maioria absoluta, com o PS em 1998, durante o segundo governo guterres, o partido com gente de mais convicções é o próprio PCP, em que como desde 1975 não governa não tem aparelhismo governamental, tem-no é autárquico...
Mas a lógica dos partidos não é sempre essa? Vocês conhecem os percursos dos lideres partidários pos- 25 de Abril? É um rol de falta de sentido de estado e de serviço ao páis.
De Respública a 31.08.2009 às 18:22
Já o era assim à muito tempo, mesmo no período liberal (monárquico e Republicano)...
De Padre Inácio a 31.08.2009 às 17:20
Dedicatória exclusiva ao Visconde Lambe Cus.
http://www.sopicas.com/2009/04/exibindo-pica.html