De Marquesa de carabás a 31.08.2009 às 18:02
Em Espanha como é que se mudou senhor João Afonso Machado? Mas mudou-se! Isso é um facto: mudou-se! mudou-se mas primeiro desconstruiu-se tudo. E, depois construiu-se de novo.
As grandes mudanças só surgem assim.O senhor que é de facto uma pessoa informada conhece alguma outra forma de fazer profundas reformas sem quebras no sistema?
O sistema, creio que vai quebrar por si. Depois vai ficar um deserto de espaço por preencher...
De Respública a 31.08.2009 às 18:09
Cara marquesa que raio de comparação, em Espanha tiveram um Franco, nos tivemos um Salazar, em Espanha tiveram uma transição pacífica para um Estado de Direito Democrático Pleno, nós tivessos até 82 uma Democracia como via para o socialismo, eles tiveram governos de esquerda e de direita até ao Zapatero competente, nós tivemos desde 98 incompetência política...
De Marquesa de Carabás a 31.08.2009 às 18:16
Não estou a comparar nada Senhor Respública . Estou a falar em desconstrução e reconstrução. Dei o exemplo de Espanha como um País em que isso aconteceu
De João Afonso Machado a 31.08.2009 às 18:15
Sra. Marquesa: Em Espanha mudou-se sim senhora.
Mas olhe: houve uma guerra civil para abrir logo o apetite de mudar.
Depois houve um homem (Franco) altamente contestado mas que não se esqueceu de que era mortal. E legou aos Espanhois uma Monarquia.
A partir daí se construiu a democracia parlamentar.
E, com muita pena minha, os espanhois tem mais vontade do que nós em progredir. Por isso, do tempo da peseta a $4,5 até hoje...
Nós: um regime paralisante e deseducador desde 1950, uma revolução, os cravos e as reivindicações, o dinheiro da CEE e os Ferraris para os novos-ricos.
Ninguém quis (pelo menos atgé agora) pensar no futuro. Olhe, espero que o desemprego nunca lhe bata à porta. Porque é já disso que estamos a falar -de sobrevivência.
(Nunca tinha falado tão sério consigo até hoje)
De Respública a 31.08.2009 às 18:21
Caro amigo mas não podemos esquecer os sacrifícios dos espanhois da década de 50 e de 60, não tinham sequer combustível para os carros após a guerra civil, mas recopnstruiram um país, fizeram uma reforma agrária que desenvolveu a agricultura, criaram industria e uma economia estável, tudo devido a um homem Franco, que como Pedro Zaragoza Orts disse só tinha do defeito de ser monárquico, mesmo os Republicanos acabaram por lhe reconhecer que ele foi o único que conseguiu combater o comunismo e anarquismo, seja como for a República Espanhola estava condenada...
Quanto à monarquia espanhola foi uma opção de Franco pela estabilidade da democracia é que o rei ele podia moldá-lo e instrui-lo, um presidente sujeito ao jogo eleitoral não, seja como for criou um dos grandes líderes europeus, que nasceu em Portugal.
De João Afonso Machado a 31.08.2009 às 18:25
Respublica: não aproveite já para malhar na nossa Realeza.
O Franco soube preparar o futuro. Ponto final. A Guerra Civil foi sangrenta, houve barbaridade de parte a parte. O engraçado é que ultimamente se assiste em Espanha ao denegrir do franquismo, com a questão das valas comuns, etc. Como se os maus fossem só uns.
De Respública a 31.08.2009 às 18:28
Esquecem os vários mártires católicos do comunismo e anarquismo, sabe o zapatero é descente de rebeldes comunistas, talvez tenha uma pedra no sapato, admira-me o João Carlos I aceitar o que ele faz, como se destruir as estátuas equestres e retirar doutoramentos honoris causa apagasse a obra franquista. A UC disse-lhe!
De João Afonso Machado a 31.08.2009 às 18:28
RESPUBLICA:
Esses SACRIFICIOS é que os portugueses não estão dispostos a fazer, a não ser quando emigram.
Em França, conhecidos como trabalhadores de 1ª. Cá... olhe, à espera que a Intersindical reivindique por eles. Por nós.
De Respública a 31.08.2009 às 18:30
Sim é verdade, mas hoje em França e na Alemanha já se consideram senhores e exploram outros...
De Nani Santos a 31.08.2009 às 18:32
Logo ele não se naturalizou Português...e tinha dupla nacionalidade...e 2 (duplo Reinado) ?
Já tinhamos um grande Líder...
De Marquesa de Carabás a 31.08.2009 às 18:30
Senhor João Afonso Machado,
Tenho aprendido muito consigo.Partilho de muitas das suas ideias. Estou tal como o senhor preocupada e mais do que isso chocada com o que se passa neste País de corrupção de desabaratamento dos dinheiros públicos, de desonestidade. Claro que a guerra civil de Espanha não foi uma parte agradavel,nem é exemplo para ninguém, mas em Espanha mudou-se entende?
Hoje têm uma Monarquia e uma democracia parlamentar que funciona. com os seus defeitos obviamente que nada é perfeito. Vivi lá uns tempos.
Quando eu falo em desconstrução é porque de facto uma pessoa olha para lado e quantas pessoas correctas, honestas, de palavras, incorruptiveis, preparadas para os cargos que desempenham se vêem?
O senhor não fica chocado com o que se gasta em campanhas eleitorais num país com fábricas a fecharem todos os dias e pessoas sem trabalho? É esse estado de coisas que tem que mudar. Mais do que partidos estamos a falar na sociedade e no seu modo de funcionamento.
Eu nunca falei assim a sério consigo, mas não sou como muita gente deste blogue pensa completamente loura.Não tenho a sua cultura nem a da Maria da Fonte por exemplo para debater assuntos dinásticos. mas o humor é uma arma, que eu tenho posto ao serviço destes 31 o melhor que sei.Não é só um "fait divers" gratuito
De João Afonso Machado a 31.08.2009 às 18:40
Sra. Marquesa:
Acredite no que lhe digo com toda a sinceridade e sob palavra de honra. Eu sei avaliar perfeitamente a sua pessoa, como creio que saberá avaliar a minha. Sem mais pormenores, que são desnecessários. Apenas um: tenho por si o máximo respeito.
Andamos, então, há horas a falar do mesmo e todos de acordo. Isto está mal. Se invoquei a G. Civil espanhola, foi apenas para lembrar que esse tipo de situações puxam pelas gentes. Poderia ter falado na Alemanha pós~Guerra, totalmente destruída. Nós náo saimos da nossa moleza. estamos apáticos há décadas. E o que posso prever, porque não há politicos como deve ser, é uma agitação social a curto prazo que não é boa para ninguém sobretudo para os nossos filhos: crime, desemprego, destruição moral (sentido lato, não desta ou aquela catequese).
Sobretudo o crime: há hoje quem roube não por necessidade mas porque acha essa vida mais cativante: adrenalina e rentabilidade. E as pistolas novas da nossa policia nunca mais chegam.
De Respública a 31.08.2009 às 18:44
Qual polícia? A polícia municipal de coimbra tem armas e carros melhores que a PSP e limita-se a ser polícia de transito...
De João Afonso Machado a 31.08.2009 às 18:47
O erário público assim o exige...