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Este governo tudo fez para modificar a linha editorial da TVI. José Sócrates, não convivendo bem com a liberdade de imprensa, iniciou no congresso de Fevereiro um ataque aos meios de comunicação social nunca antes visto em Portugal. Numa entrevista à RTP chegou mesmo a qualificar o jornal das sextas-feiras da TVI como “jornalismo travestido”. Depois vieram as manobras de diversão, como a tentativa falhada da compra da Media Capital pela PT. Recordo que, ao contrário do que José Sócrates afirmou no Parlamento, o governo acompanhou desde o inicio o processo de compra da PT. A Prisa, empresa espanhola com ligações ao PSOE, nunca conseguiu domar a direcção de informação da TVI, talvez pelo facto de José Eduardo Moniz, um homem com princípios, liderar a televisão de maior sucesso comercial em Portugal.
Mas a direcção da TVI mudou de mãos no mês passado, e as circunstâncias alteraram-se, ficando a Prisa com mãos livres para imprimir a mudança. O afastamento da Manuela Moura Guedes da antena surgia assim como medida natural. Apesar de poucos acreditarem que tal seria possível, hoje ficamos a saber que a TVI acabou com um produto líder de audiências em Portugal, justificando a medida com aspectos económicos. As consequências desta acção são também normais: subida em flecha das acções da concorrente Imprensa, acusações de limitação da liberdade de imprensa e um aumento da convicção que existe mesmo asfixia democrática em Portugal. Nunca estivemos tão próximos da Venezuela de Hugo Chavez...
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