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mais ou menos simplex

por Rodrigo Moita de Deus, em 07.09.09

Não se trata de gostar mais ou menos de José Sócrates. Mais ou menos do Magalhães ou dos ministros. É claro que Sócrates tem boas intenções. Mas Portugal está pior do que estava há quatro anos e meio. E os contribuintes não pagam ao primeiro-ministro para que tenha boas intenções nem para que seja determinado. Pagam-lhe para garantir que vivem melhor. Nisso, que é simplesmente o mais importante, José Sócrates falhou.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Miguel a 07.09.2009 às 10:45

Uma visão simplista e conveniente.
 Aliás pelo mesmo critério equipas de gestão inteiras estariam a ser corridas de 80% das empresas do mundo. Hoje estão piores do que estavam há 4 anos e meio.

A questão é se alguem faria melhor. E ai a resposta é, nestes 4 anos e meio ninguem teria feito melhor.

miguel
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De artur mendes a 07.09.2009 às 11:19

" Nestes 4 anos  e meio ninguem teria feito melhor"...
Nem o oráculo de Napolião se atreveria a tanto...
Nem a Maya iria tão longe...
Parabens à sua certeza ... no cagar da sentença!
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De Andre Sousa a 07.09.2009 às 12:44

O problema é que o Sócrates é simplex minded " (entre outros problemas que não vale a pena falar mais pois são do conhecimento geral)
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De Carlos Anselmo a 07.09.2009 às 13:55

A pseudo- determinação de Sócrates não passa de uma cega teimosia. Nenhuma das medidas fundamentais para fazer funcionar a economia foi tomada. O estado não reduziu a sua lauta dieta de opíparos acepipes com que se deleita à nossa custa. E ainda perseguiu os mais desprotegidos e favoreceu os mais privilegiados.
Enquanto isto não mudar, esqueçam ou joguem no euromilhões e se puderem saiam daqui para fora. Se não puderem pelo menos que os filhos possam.
Este governo teve de facto tudo na mão e deixou fugir a oportunidade, essa é que é essa. Não interessa se é de esquerda se é de direita ou outra treta dessas. A ideologia não combate a pobreza. O que a combate são medidas justa e efectivas e isso é o que interessa às pessoas. Todos querem ser felizes e têm direito a isso, mas uns não podem ser mais felizes só porque subjugam os outros.
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De Carlos Anselmo a 07.09.2009 às 13:56


Podia-se ter feito muito melhor em 4 anos. A primeira coisa que se devia fazer era acabar com as reformas de proxeneta. Recebiam todos o justo pelo que tinham descontado. A quantidade de cocos de meia idade que se passeiam em Portugal sem fazerem nada com 3000 euros por mês diz tudo. Depois acima desses há uma camada de funcionários públicos reformados desde directores de serviços a professores e outros que recebem acima disso e muito acima disso. Depois os senhores políticos com reformas acintosas. O giro disto é que Sócrates quase consegue fazer isso. Porque se por absurdo ganhasse as eleições e fizesse o que se propõe fazer, em meia dúzia de anos, talvez nem tanto não haveria dinheiro.
As grandes empresas em Portugal deviam ser obrigadas a ter fundos de pensões próprios. É muito fácil a GALP ou a PT  pagarem 50 ou 100 ou mesmo 200 000 euros a tipo para se ver livre dele e depois mandá-lo receber a reforma no sistema nacional de pensões.
Depois e uma vez que não temos nem recursos naturais nem indústria, só uma rede nacional de pequenas e médias empresas pode suportar a economia e o emprego como aliás tem feito ao longo dos anos. Mas não, neste sistema fiscal de proxenetismo do estado português. Por issso é fácil fazer melhor, vai é pôr muita gente a gritar. Mas com uma maioria absoluta, só não fez porque não quiz. Usou as suas energias para se enredar em sonhos tais que só lhe faltou dizer que iríamos à lua na próxima década.
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De Carlos Anselmo a 07.09.2009 às 13:56

Depois descredibilizou-se com os seus próprios casos muito mal explicados e ficamos por aqui, que não vale a pena desenvolver.
O pior que um país pobre pode ter é pobreza de espírito. Porque essa não se combate pelas medidas do estado. E Sócrates, deslumbrado mas superficial como é, e ainda por cima demagógico nunca percebeu que não é isto que o país precisa. Mas a culpa também é das pessoas que o rodeiam e aconselham. Há muita gente dentro do PS que percebe para onde se caminha mas nada faz. estão mesmerizados pelo líder e agora também não podem voltar para trás. Mas a egolémia de Sócrates não lhe permite ver mais e avança. Mas avança para onde? Avança para um beco sem saída.
De facto como se explica que a economia esteja como está, e ainda tenhamos o endividamento que temos? Obviamente foram cometidos erros de palmatória próprios de uma política económica de fogo-de-artíficio mostrando aquilo que já sabemos.
Ao desapoiar completamente o empresariado independente, proceder a penhoras criminosas, aumentar a carga fiscal, dificultar a vida aos subsistentes que pagam impostos, este governo liquidou a frágil matriz de empresas que sustentam a classe média. Os números oficiais são assustadores.Portugal levará muito tempo a recuperar e acima de tudo é preciso pensar que a maior parte das pessoas não quer ser empresária. Quer é ter emprego. E os empresários hoje pensam se vale a pena andarem a lutar contra o fisco, contra o estado, contra os pagamentos por conta, contra impostos cada vez mais altos, contra penhoras abusivas e sem nexo, porque o que esta pol.ítica faz é fechar empresas.
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De Carlos Anselmo a 07.09.2009 às 13:57

Sim era possível fazer muito melhor. Bastava seriedade por parte do estado.O problema em Portugal é que o estado é um verdadeiro assaltante do contribuinte e do cidadão. Rouba, rouba a juros, faz o que quer e deve a toda a gente. Faz os negócios que lhe convém, compra mal, deixa derrapar orçamentos para o dobro, está perto de grupos económicos que empregam ex-políticos, serve-se de offshores, deixa bancos sistémicos tornarem-se em sépticémias do sistema e arranja sempre uma justificação para dar ao pagante, para que dê mais.
Sim era possível fazer muito melhor. Mas para isso era preciso coragem e detrminação. Este governo não teve nem uma nem outra, porque se preocupou mais em temas de minorias para enganar o povo.
Há meses que a Ministra da Saúde aparece todos os dias a falar da gripe H1N1, e é um bom caso da estratégia de comunicação deste governo. Só neste país. No mundo morrem milhões de malária todos os anos.
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De Hevel a 07.09.2009 às 14:14

Ao Carlos Anselmo
Há quanto tempo chegou a este País ? Pelo discurso, fica-se com a impressão que deve ser "marciano".
PS. Quando quiser falar de LIBERDADE, falamos.
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De Carlos Anselmo a 07.09.2009 às 15:28

Não sou marciano nem parvo. Vivo é do meu trabalho. Pago os impostos . Nunca recebi uma ajuda do estado. Nunca meti um dia de baixa na vida como milhares de pessoas que trabalham e vivem do seu ordenado neste país. Não tenho amigos nem familiares no estado nem na política. E sim. Sei o que é liberdade porque já me senti marciano noutros países. Mas por boas razões. E não é o que temos no nosso país em que uns fazem o que querem e outros fazem o que lhes impõem.  Em que se comprometem os pagantes em nome do progresso mirífico baseado em rotundas e auto-estradas a pataco, comboios e outras pérolas da civilização. Pobres de espírito a falar de liberdade. Bandeiras dessas são próprias da cartilha dos escravos de mente alheia que não sabem fazer mais nada na vida que não usar palavras sem nunca passarem à acção. 
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De Hevel a 07.09.2009 às 20:13

Meu caro, com excepção de "Pobres de espírito a falar de liberdade", subscrevo na integra.
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De Carlos Anselmo a 08.09.2009 às 12:34

Meu caro Hevel, cordialmente o que eu acho é não vale a pena usar palavras-chavão quando a prática não lhes dá significado. Só isso. Infelizmente a classe política usa e abusa destes "mantras" mas não lhes dá significado na prática. Uns exemplos de "mantras" muito usados: SOLIDARIEDADE, LIBERDADE, TOLERÂNCIA, IGUALDADE, DESENVOLVIMENTO.
Olhemos para este país e contemos só com o recurso que tem sido o contínuo fluir de fundos da CEE e as políticas fiscais e sociais.
Galileu diria "Epur non si muove".

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