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Recordo o último jantar "fora" de Francisco Sousa Tavares antes da sua morte. (Para quem não sabe, FST é Pai do Miguel, foi Ministro da Qualidade de Vida de um governo da Aliança Democrática e demitiu-se no momento em que foi acusado, por um energúmeno qualquer da comunicação social, de importar "ilegalmente" da Suiça um cheque de meia centena de euros de um cliente por antigos serviços prestados como advogado!!! FST, como democrata e militante monárquico antes do 25 de Abril de 74, foi contra a ditadura e entrou em todas as tentativas de revolta contra o Estado Novo).

Mas nesse último jantar - no "Sinal Verde", ali à Calçada do Combro ao Chiado - e  a propósito da "integração europeia", ele insistia que o nosso Primeiro Ministro devia ser inglês, o da Economia espanhol,  o da Cultura francês, o da Administração Interna alemão, o das Finanças italiano e por aí fora. Porque, segundo ele nos dizia então, "os ministeriáveis de cá não prestam". 

Passados mais de vinte anos sobre a morte de Francisco Sousa Tavares, as suas palavras nesse jantar dão que pensar, mesmo à luz da bola.

De facto, se é tão fácil fazer hoje jogar pela selecção nacional de futebol três estrangeiros - embora irmãos lusófonos - como o Pepe, o Deco e o Liedson, o que impedirá qualquer nosso "primo" europeu de entrar hoje para o governo português desde que tenha estado por cá cinco anitos, sendo que em Portugal para se ser governante nem tem sido preciso ser ao menos deputado na assembleia da república?

 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Jonasnuts a 07.09.2009 às 00:07

Esta coisa das gerações é engraçada.

Para mim, não é Francisco que é pai do Miguel. O Miguel é que é filho do Francisco :)
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De Anónimo a 07.09.2009 às 02:13

Já agora contem lá aquela história de uma crítica implacável do "tareco" a uma entidade macaense, que se transformou em caloroso elogio depois de uma viagem luxuosíssima a Macau realizada a convite da dita entidade,  na companhia da pessoa com quem ST então vivia.
 
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De Pedro Bessa a 07.09.2009 às 02:16

Peço perdão por me ter esquecido de assinar o comentário anterior sobre o Sousa Tavares.
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De maria a 07.09.2009 às 13:23

Luís Filipe Coimbra, o negócio não era de euros mas sim de escudos e angolares e dólares, através da empresa Dopa de Queirós de Andrada que ao tempo também era administrador do hotel D. Carlos onde muitas das transacções eram feitas, até no bar, e onde Sousa Tavares passava muito do seu tempo. Podia contar-lhe mais umas coisas, mas agora não tenho tempo.
Não fale do que não sabe e não desenterre fastasmas porque ainda há pessoas com memória neste país.  

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