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Vi o debate de Sócrates com Louçã.
Vi o extremismo de Louçã e a loucura das suas propostas económicas e sociais, prontas a transformar Portugal numa nova antiga Albânia.
Mas vi também José Sócrates, ao seu melhor estilo, ofender e deturpar as palavras de Ferreira Leite, aquando da recente visita desta à Madeira.
É certo que o ódio do ainda Primeiro Ministro do Governo da República Portuguesa aos madeirenses já ficara patente uns minutos antes quando, num desabafo, impróprio da sua responsabilidade de governante, disse “sou insuspeito de simpatias pela Madeira” (note-se que Sócrates não se referiu ao governo regional mas sim à Madeira).
Como é possível um Primeiro Ministro proferir uma frase tão acintosa para a parcela do Povo Português que vive naquela região autónoma?
Pode não se gostar de Alberto João Jardim e do seu estilo.
Mas a tese do Primeiro Ministro de que não há democracia na Madeira tem sido desmentida por votações sucessivas durante mais de trinta anos. Ou alguém acusa os actos eleitorais na Madeira de serem fraudulentos? Alguém se queixou à Comissão Nacional de Eleições e esta deu-lhe razão?
De todo o modo, a torpeza de se atacar terceiros ausentes merece que se lembre ao Primeiro Ministro as palavras que Jaime Gama, actual cabeça de lista do PS às legislativas pelo círculo de Lisboa, quando este disse, em Março de 2008, que Jardim «é um exemplo supremo na vida democrática».
Não convém lembrar, pois não?