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Vi todos os debates até agora ocorridos entre os diversos líderes partidários,
Vi José Sócrates a evitar falar do seu Governo e a comentar os programas eleitorais dos outros partidos como se fosse um challenger e não o Primeiro-Ministro.
Vi Francisco Louçã, entre sorrisos, ter de assumir as suas propostas radicais, francamente desagregadoras da sociedade e destruidoras das classes médias.
Vi Jerónimo, nunca antipático, agarrado à sua cartilha da luta de classes e das nacionalizações.
Hoje pude ver Paulo Portas e Manuela Ferreira Leite debaterem os verdadeiros problemas do País, cada um propondo as respectivas soluções políticas.
Portas, mais nervoso e palavroso, mas acutilante no tema da segurança.
Ferreira Leite, bem mais à vontade, trouxe uma visão de rigor mas também de solidariedade e de genuína preocupação com o desemprego e a pobreza.
Portas gabou-se em todo o debate de ser muito mais claro que Ferreira Leite. Mas, na hora da verdade, quando ele se limitava a dizer que o Governo do PS tenta controlar a comunicação social, tenta condicionar os agentes económicos, Ferreira Leite foi de uma clareza tão brutal quanto certeira: Sócrates não tenta controlar, ele controla efectivamente: "ele faz"!
Mas o melhor momento do debate foi quando, à pergunta capciosa de Judite de Sousa, pretendendo comparar os casos Marcelo e Moura Guedes, Ferreira Leite lhe retorquiu que, se a entrevistadora efectivamente considerava que esses casos eram semelhantes, a RTP tinha bom remédio: convide Moura Guedes como há quatro anos convidou Marcelo…
Touché!