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A acreditar nas sondagens, parece certo que nenhum partido deverá obter maioria absoluta. Neste prisma, é fundamental discutir os cenários pós eleitorais. O PSD já admitiu que governará em minoria ou com o CDS. O PS nada disse.
José Sócrates e Francisco Louçã protagonizaram um debate acesso, e quem viu esse confronto terá ficado a pensar que uma coligação entre os dois será impossível. Mas os sinais existem, e o eleitorado não deve afastar a hipótese de coligação do PS com o BE ou até com o PCP. Não tendo disponibilidade à direita, Sócrates poderá ver-se obrigado a “namorar” Louçã ou Jerónimo. E um destes poderá ceder, talvez a troco de algumas benesses fracturantes.
Além disso, vários sectores do PS têm defendido uma coligação de esquerda, e muitos são os socialistas que lamentam que esses partidos não manifestem vontade de exercer o poder. António Costa no último fim de semana sustentou esse desejo, ele que procurou o apoio do BE e PCP nas eleições de Lisboa. Por isso, este é um cenário que poderá estar em cima da mesa, caso o PS vença as eleições.
Resta saber se a sociedade portuguesa está preparada para ter o seu governo dependente de Francisco Louçã ou Jerónimo Sousa.
Publicado hoje no Diário Económico