Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




E depois de 27?

por Nuno Gouveia, em 11.09.09

A acreditar nas sondagens, parece certo que nenhum partido deverá obter maioria absoluta. Neste prisma, é fundamental discutir os cenários pós eleitorais. O PSD já admitiu que governará em minoria ou com o CDS. O PS nada disse.


José Sócrates e Francisco Louçã protagonizaram um debate acesso, e quem viu esse confronto terá ficado a pensar que uma coligação entre os dois será impossível. Mas os sinais existem, e o eleitorado não deve afastar a hipótese de coligação do PS com o BE ou até com o PCP.  Não tendo disponibilidade à direita, Sócrates poderá ver-se obrigado a “namorar” Louçã ou Jerónimo. E um destes poderá ceder, talvez a troco de algumas benesses fracturantes.


Além disso, vários sectores do PS têm defendido uma coligação de esquerda, e muitos são os socialistas que lamentam que esses partidos não manifestem vontade de exercer o poder. António Costa no último fim de semana sustentou esse desejo, ele que procurou o apoio do BE e PCP nas eleições de Lisboa. Por isso, este é um cenário que poderá estar em cima da mesa, caso o PS vença as eleições.


Resta saber se a sociedade portuguesa está preparada para ter o seu governo dependente de Francisco Louçã ou Jerónimo Sousa. 

 

Publicado hoje no Diário Económico

 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

Sem imagem de perfil

De Anónimo a 11.09.2009 às 15:02


É melhor que o PP. Pelo menos representam mais pessoas, o que é democrata. Se não for assim é asfixia democratica, o partido mais pequeno ultrapassa os outros todos. Não é democracia. É a asfixia.
Sem imagem de perfil

De Peterman a 11.09.2009 às 15:37


Não se preocupem com as eventuais coligações do PS, pois o povo -apesar do empate nas sondagens- sabe bem quem não quer.  
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 11.09.2009 às 16:34

ter o pcp ou o be em minoria com o ps é o mesmo que só ter o ps. espero sinceramente, eu que deposito o meu voto na Esquerda, não ver nenhum dos dois a ceder aos interesses do ps, o partido cujas políticas nós combatemos.
Sem imagem de perfil

De António Oliveira Salazar a 11.09.2009 às 17:11

...Ah! Eu cá tamém deposito o meu voto na esquerda "urna"...
...Como o voto é secreto... não vou atráz das sondagens "prognósticos"...
...Como não posso arriscar uma dupla, nem tripla.
Vou colocar uma cruz (X) , no meu partido... isento de afiliação...
Em todo o caso, vá-se mentalizando, que a "Velha Senhora", será a 1ªMinistra do próximo Governo...
*Velha Senhora=Sabedoria...
Imagem de perfil

De Nuno Castelo-Branco a 11.09.2009 às 17:48

BE no governo? vamos lá a ver:
- Nem mais um tostão de investimento estrangeiro em Portugal
-fecho imediato de empresas nacionais e estrangeiras
-nomeação imediata de capatazes do partido para o sector público
-ataque geral às economias depositadas na banca
-liquidação da escola e saúde privadas
-desrespeito dos compromissos internacionais assinados por Portugal (NATO)
-catástrofe para as posições portuguesas nos organismos internacionais, com o apagamento face a Espanha e o claro afastamento dos PALOP e CPLP
-condicionamento da actividade política dos partidos "reaccionários" PSD,CDS, PPM, MMS, MEP, MPT, PDA, PND, etc.
-estabelecimento de excelentes relações com os regimes párias deste (e do outro) mundo: Irão, Síria, Líbia, Venezuela, Cuba, Irão, Coreia, etc.
-nova legislação para a imprensa, impondo a submissão da mesma à "verdade" informativa.
- concessão de crédito bancário - com o sector já totalmente nacionalizado - a quem cumpra critérios específicos a definir pelo governo
-nova vaga de ocupações de casas, terras e negócios
-saneamento de professores refractários nas escolas, liceus e universidades


etc, etc e etc. Um programa velho de cem anos!
Sem imagem de perfil

De JV a 11.09.2009 às 21:24


BE e PCP ganham votos  à custa do PS. Se se aliarem a este partido, evidentemente, arriscam queda abrupta em futuros escrutínios. Isto já para não falar do facto de que o PCP nunca, historicamente, foi chamado a integrar Governos minoritários do PS, e de que a única verdadeira fractura ideológica vincada no nosso espectro político é a que medeia entre o tríptico PS-PSD-CDS e a extrema-esquerda.
Sem imagem de perfil

De Carlos Anselmo a 11.09.2009 às 21:56

As maiorias políticas podem ter acabado de vez em Portugal. O que significa que maioria de estúpidos pode ter acabado também. Ou seja, de facto este governo por absurdo melhorou o estado cultural do país. Também significa que muitos tachos e reformas sumptuosas podem finalmente estar em vias de acabar a médio prazo. Há males que vêm por bem. Também significa que os comentadores políticos que dão para o peditório da "estabilidade governativa" estão decididamente fora de moda.
Só falta livrarmo-nos do voto em branco e da abstenção.

Tudo acaba um dia graças a Deus. Mesmo nós próprios.

Comentar post