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Ontem, Sócrates dizia categorico: (i) "novo Governo, novos ministros", (ii) "desculpe, são novos ministros", (iii) "novo Governo novos ministros" e, para deixar bem claro o sentido e alcance das pretéritas declarações, rematou uma quarta vez: (iv) "em todas as pastas haverá novos ministros".
Hoje, o mesmo Sócrates, consciente da indelicadeza de ter feito um despedimento em directo, reinterpretava assim o que ainda ontem afirmara: “Disse que vai haver um novo Governo e, naturalmente, que haverá novos ministros. Espero que todos tenham compreendido o que quis dizer”.
Compreendemos perfeitamente.
Por um lado, se já sabíamos que Sócrates gosta de distorcer o que os outros dizem, agora ficámos a saber que o ainda Primeiro-Ministro também se desdiz a si próprio, conforme a conveniência do momento.
Por outro lado, Maria de Lurdes Rodrigues, Mário Lino e Santos Silva, entre outros brilhantes ministros deste Governo, perceberam que podem continuar a contar com a benção do amado líder.
Finalmente, os Portugueses tiveram mais um bom exemplo do valor que Sócrates dá à própria palavra..
O Governo despedido
com tamanha certeza,
por quem tem iludido
com “chica-espeteza”.
É, de facto, premonitório
a falta de autenticidade,
este regime persecutório
sofre de falsa veracidade.
O truque de contorcionismo
de quem gosta de enganar,
é puro e desprezível cinismo
na destreza de desgovernar.