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O Partido Comunista Português, fundado nos anos 20 do século passado, é, há mais de sete décadas, um partido com uma mundivisão totalitária, uma matriz anti-democrática e uma prática estalinista - aliás cimentada pelo seu histórico líder Cunhal -, a qual nunca foi entretanto objecto de denúncia ou retratação.
Além disso, o PCP tornou-se o principal responsável perante a História pelo período revolucionário de 1974-75, o tristemente célebre PREC, durante o qual Portugal esteve à beira da guerra civil, o tecido produtivo nacional foi destruído e se quis promover e concretizou efectivamente uma apressada descolonização que provocou centenas de milhares de mortos, principalmente em Angola, Moçambique, Guiné e Timor.
Julgarão alguns incautos que o PCP mudou entretanto: que se tornou mais democrático; que aceita o pluralismo político; que respeita os Direitos Humanos.
Estão errados! Como estão errados...
O PCP continua a apoiar a ditadura da família castrista em Cuba, acha que a Coreia do Norte é um regime democrático, é um bom amigo desse exemplo de democracia que é a China e, 40 anos depois, continua a apoiar a invasão da Checoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia!
Um comunista, Domingos Lopes, militante do PCP durante 40 anos, afastou-se hoje do seu partido de sempre por não o julgar capaz de se adaptar ao nosso tempo, a um tempo que, felizmente, soube por termo ao bloco soviético.
Vale a pena ler aqui a sua carta de saída, que revela elevada coragem e sentido cívico, partilhando connosco a sua experiência no paraíso do centralismo democrático.