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Em Janeiro de 2009, ou seja, há apenas oito meses, o dirigente socialista Augusto Santos Silva declarava, peremptório, que “…a posição do PS continuará a ser contrária à adopção de crianças por parte de casais formados por pessoas do mesmo sexo (…) porque envolve os direitos e os interesses das crianças, pelos quais o Estado deve também zelar".
Mas hoje, à pergunta da revista Visão sobre se “Concorda com a adopção de crianças por parte de casais homossexuais” José Sócrates, responde afirmativamente, com um inequívoco “Concordo…”
Em que ficamos?
Afinal, quem fala em nome do Partido Socialista?
É que as eleições são já daqui a dez dias e os Portugueses têm o direito de saber se o PS é contra ou a favor da adopção de crianças por casais homossexuais.
Estas contradições entre dirigentes socialistas revelam também que o PS está a encostar à sua esquerda, desguarnecendo o centro e preferindo disputar votos com o Bloco de Esquerda, já que Sócrates não ignorará que a maioria da população portuguesa continua a discordar desta sua proposta fracturante.
Em qualquer caso, esta mudança de posição do PS, associada a outras notícias cirurgicamente lançadas a menos de duas semanas das eleições, revela que a campanha entrou na fase do vale-tudo.
O desespero está a levar o PS à total demagogia, esquecendo que há matérias que não permitem respostas imponderadas. Como é o caso das que respeitam aos direitos da Criança.