Não. Não é de todo mau que o faça, mas, parece-me que não é isso o mais importante que ele diz.
"Do comportamento do PÚBLICO, o provedor conclui que resultou uma atitude objectiva de protecção do PR, fonte das notícias quanto aos efeitos políticos que as manchetes de 18 e 19 de Agosto acabaram por vir a ter. E isto, independentemente da acumulação de graves erros jornalísticos praticados em todo este processo (...) leva à questão mais preocupante, que não pode deixar de se colocar: haverá uma agenda política oculta na actuação deste jornal?"
Engraçado, esse Provedor! Então ele pergunta se haverá uma agenda oculta? Ele tem é de AFIRMAR se há ou não! Que eu saiba, no caso das presumíveis escutas em Belém, o assessor também se interrogou, falou em indícios (face às denúncias do PS de que haveria assessores de Cavaco a participarem na elaboração do programa do PSD - como é que eles sabem? Andam a vigiar o que fazem ou dizem?), não afirmou!
Do que ele se queixou foi que lhe andaram a vasculhar a caixa de correio electronico. Na minha terra a isto chama-se violação de correspondência e é crime. Vocês já andam é todos à brocha sem saber como dar volta ao texto.
Estou à espera que o Prof Cavaco desminta ou confirme se foi ele que mandou o Lima ir ter com a malta do Público, para se queixar que estava a ser vigiado e para entregar um dossier sobre um Rui qualquer coisa...
É como eu: também estou sentado à espera que o caso Freeport se resolva, bem como o caso Cova da Beira, o caso Lopes da Mota... já para não falar no da Casa Pia!
Maldita Casa Pia, que não devolve as pinturas dos Reis Portugueses, que foram emprestadas pelo Mosteiro dos Jerónimos AAAAAAAARRRRRRRRRRRRGGGGGGGGGGHHHHHHHHHHHHH.
Não foi disso que ele se queixou! Não deturpe o que está escrito! O Provedor até admitiu que se fosse provedor do DN em vez de o Público teria de se debruçar sobre a eventual violação de deveres deontológicos pelo artigo do DN. Do que ele se queixou foi de o Público ter agido de modo que levanta fortes suspeitas de ter agido a pedido/mando de uma das partes envolvidas na polémica, de não ter denunciado devidamente uma potencial situação gravíssima para o Estado de Direito e a Democracia em Portugal, de não ter feito o que a deontologia profissional aconselha para o cabal esclarecimento da situação, tudo isso levando à suspeita de parcialidade ou mesmo conluio com uma das partes na (real ou inventada) polémica. Foi disso que o provedor do Público se queixou. Afinal, não defende a liberdade de imprensa a independência dos meios de comunicação? Ou será que quando as ofensas a esses valores vêm dos seus "amigos" políticos, prefere assobiar para o lado?