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Saudosismo

por Afonso Azevedo Neves, em 21.09.09

Olhemos com atenção o programa do BE e as conclusões são óbvias:  

 

Portugal só tem a ganhar com mais Estado em todo o lado, os privados podem ajudar o Estado mas não podem e nem devem enriquecer, quando por acaso o fizeram devem enriquecer o Estado.

Portugal deve ser grande, glorioso e só. Sozinho e orgulhoso disso. Deve ser uma luz do socialismo na noite tenebrosa do neo-liberalismo.

Os provados estrangeiros devem submeter-se a esta lógica, de preferência fazem melhor em manter-se fora daqui. Isto é nosso, com o “nosso” entenda-se é do Estado.

As “causas fracturantes” são-no porque o BE assim diz que são, sejam elas quais forem, tenham elas as consequências que tiverem. As “causas fracturantes” são-no enquanto servirem o propósito eleitoral do BE. As “causas fracturantes” são instrumentais.

 

No meio de tanta instrumentalização, tanto Estado, tanto ódio paroquial ao lucro, à riqueza alheia a diferença entre este BE e o PCP reside numa pseudo-modernidade que não tem outros fins que a captação de votos. O resto, o que interessa, é um Portugal isolado, pobre, humildezinho, afogado num Estado que tudo consome para continuar a ser grande.

 

No fundo todos eles morrem de saudades do tempo da outra senhora, do Portugal temente ao Estado e ao seu arbítrio. Agora até o PS, em pânico e sem juízo, acha possível partilhar o poder com o BE.

Acontece que o BE não quer partilhas, quer o Poder. Quando os soares desta vida perceberem isso pode ser tarde demais para Portugal.

 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Tiago Mouta a 21.09.2009 às 14:11

Cara Marquesa

Para se poder votar à esquerda é necessário compreender a direita e todas as demais vertentes políticas, ora se eu não possuo o tal telemóvel topo de gama, (que me atribui carinhosamente para breve), tenho forçosamente que votar nos senhores que querem retirar esses mesmos telemóveis a quem os tem... Talvez seja um exercício sádico da minha parte!
Como discuti com o caro Ega a semana passada (pessoa que prezo muito), as opiniões são dinâmicas e evoluem, portanto, quem sabe se um dia estarei ao lado da Marquesa a "aviar empadas e rissoles", para a viagem...eheheh!
A minha insistência por estes blogues, prende-se com o simples facto de buscar opiniões divergentes das minhas, porque de ovelhas seguidoras está o mundo cheio!!!
Por isso cara Marquesa, como diria o Santana "Vou estar por aí..."!
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De Ega a 21.09.2009 às 15:24

Caro Tiago Mouta:

Estamos iguais. V. é do meu apreço. E fique sempre por aí que é boa companhia.
Agora essa tirada de votar à esquerda para ficar com os telemóveis dos da direita é que me entristece.
Olhe lá se também me dava agora prá revolucionite, a pregar a colectivização e outras que tal só para abichar o Ferrari de algum desses «patos bravos» que pululam por aí.
Não, meu caro, se eu quisesse um Ferrari (mas a minha marca é Peugeot, que já era a preferida do saudoso Rei D. Carlos) esgalhava e trabalhava para o comprar. Se não chegasse lá... sempre seria bastante para um apartamentozito em lugar menos mau.
Um abraço
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De Tiago Mouta a 21.09.2009 às 15:59

Caro Ega

Não seja assim redutor, você sabe perfeitamente que eu voto na esquerda, não por querer o que é de "outros", mas para impedir que outros monopolizem o que é de todos...
Vivo bem com o que tenho e tal como o senhor o apartamentozinho em lugar menos mau, já seria bom!!!
Vai sendo hora de diversificar a Democracia, se a esquerda for má... Não se assuste, para a próxima temos uma maioria do PSD... Ou a tal revolução institucional que muitos ambicionam, seja como for, tudo será pelo melhor de Portugal!
E se assim não for podemos "adoptar" o Rei de Espanha e viver felizes como uma província Espanhola...ahahahah!
Mas o mais certo é num futuro próximo sermos geridos por um qualquer BCE, ao ritmo que as dividas sobem...
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De Ega a 21.09.2009 às 16:20

Caro Tiago:

O que me vale na vida ,e realmente não me dar muito para assustar. Pessoalmente, o País pode fazer as experiências políticas mais extravagantes que eu tiro sempre daí matéria-prima para me rir um bocado e - foi essa a fama que me deram - fazer o meu papel de demagogo.

Já lhe disse no outro dia que só lamento a sorte de tantos... desafortunados. Porque julgo que, após estas eleições, vamos mudar de cavalo para burro.
Mas olhe: falta uma semana (menos). Depois veremos.

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