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O Sr. Serge Abou, representante da Comissão Europeia na China, se calhar a seguir a uma opípara jantarada em Pequim, fugiu-lhe a boca para a "verdade" sobre o Tratado de Lisboa e diz que vê os embaixadores da União passarem a "primus inter pares" quando comparados com os Embaixadores dos Estados Membros que trabalham em Países Terceiros.
A Comissão Europeia tem já hoje mais de 150 delegações fora da Europa que exercem actividades internacionais que os Estados Membros já delegaram. (Você sabe o que é que Portugal delegou? Será que os deputados da Assembleia da república também não sabem, ou será que sabem mas têm vergonha de nos contar?).
Com o pensamento no referendo Irlandês de 2 de Outubro, o Sr. Abou considera que a ratificação do Tratado de Lisboa veria essas "delegações de competências diplomáticas" para a União serem aumentadas de importancia, promovidas a um "Serviço de Acção Externa Europeu" em apoio do "Alto Representante da União" para políticas de negócios estrangeiros e de segurança.
"Teremos em Bruxelas serviços que diariamente irão trabalhar na definição de posições comuns da diplomacia europeia (...) será um instrumento muito importante para tornar mais e mais harmoniosas as análises, posições e acções dos nossos Estados Membros", disse o Abou.
Grão a grão a União Europeia caminha a passos largos para ser reconhecida nas instâncias internacionais como um Estado de Direito.
Um dia destes, para falar com o Brasil, teremos que avisar previamente Bruxelas.
"Portugal a entristecer...": aposto que até Domingo, e depois dele, ninguém irá falar, mesmo que demagogicamente, na necessidade de um referendo ao Tratado de Lisboa, nem ao menos sobre o reforço dos poderes nacionais de fiscalização da aplicação do dito...
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