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O 28 de Setembro

por Vítor Cunha, em 22.09.09

Na próxima segunda-feira acordaremos num País em que:

 

- O Presidente está mais fragilizado;

- O Parlamento mais pulverizado;

- O Governo menos legitimado;

- A Comunicação Social descredibilizada;

(A Justiça, essa, já está em estado comatoso há muito).

 

Quando as instituições do Estado (e a Imprensa) falham todas, ou por coincidência ou por cálculo, abre-se espaço para alguma barbárie. Vou sentar-me na minha varanda a observar os tumultos, mas antes ainda tenho que ir ao supermercado comprar mais água tónica e uma garrafa de gin extra. Estas coisas provocam sede, como se sabe.

 

 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Ega a 22.09.2009 às 10:03

Caro Sr. Cunha:

Elencou uma série de realidades que a todos nos pesam às costas.
Mas, no dizer das luminárias, ainda há que estar muito grato aos deuses do Olimpo: vivemos em República.
Tudo funciona mal mas vivemos em República.
Somos livres de escolher quem queremos.
Seremos?
E se escolhecemos uma Monarquia, seriamos menos livres por a ter escolhido.
Manifestamente puxando a brasa para a minha sardinha, parece-me que teremos que continuar o aturar o actual estado de coisas.
Onde?, quem? com autoridade moral para criticar o modificar o que quer que seja?
(O post acima já se atira ao PR por causa da demissão do F. Lima...).
Dentro da República, gloriosamente unicentenária, também já fizemos a experiência autocratica, durante 48 anos. Parece que não correu bem.
Portanto, não temos de nos queixar. Temos o Portugal que livremente escolhemos. O que parece é que não sabemos escolher. Aprendamo-lo. 
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De Mafalda a 22.09.2009 às 13:57

Pois é Ega. Decididamente não sabemos escolher!
Mas com a cultura do Casal Ventoso à solta, não se poderia esperar melhor!
E logo o Casal Ventoso, que é exímio em manipulação de massas.
Até há um alegado político, que diz alegadamente, que escolhemos sempre os melhores! O que é o máximo!
Ao que chegámos!
Sobretudo é fantástico que num pais onde tudo está grampeado por satélite, ainda haja quem ponha em dúvida que Belém está sob escuta!

Será que desconhecem que são vigiados, ou querem fazer um favor a S. Bento, a troco de um prato de lentilhas?

Que nojo!

Mafalda

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De Ega a 22.09.2009 às 15:19

Mafalda:
Possivelmente até saberíamos escolher. Se quisessemos.
O grave é que já não queremos. Nada queremos. Andamos por aí, à espera que nos saia o Euromilhões. Como sabe, somos recordistas mundiais na lotaria. É onde há filas, hoje em dia: não nas inscrições para o emprego, mas nos quiosques, à sexta-feira.
Resultado: passamos a vida a rosnar que «a galinha do vizinho é melhor que a minha» e não saímos daqui.
Depois vamos «escutar» o vizinho, num misto de inveja e medo. A sondar. Já reparou que isto é um país de sondagens?
Em tudo isto à uma mão cheia de espertalhões que vão enchendo o celeiro. Os politicos, alguns empresários menos escrupulosos.
E om mais grave: a rapaziada nova já percebeu que o crime compensa: pode ganhar-se muito em pouco tempo e a pistola na mão é outra adrenalina, muito mais do que a picareta. Chegámos ao seu Casal Ventoso, como vê. Estamos feitos. Mas a culpa há-de ser de todos nós, partamos desse princípio.
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De Sofia a 22.09.2009 às 10:46

Alguém bem mais sábio que eu já disse:

"My advice to you... is to start drinking heavily."
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De Ega a 22.09.2009 às 11:29

Minha pobre Sofia:

Uma sua amiga teve um dia uma tirada para com um rapaz já do sítio assim parecida com a sua. Mas julgo que no nosso bom português.
Ele só lhe respondeu: é, é, mas amanhã estou bom.

Ela, a dita sua amiga, tal como V. detestava-se todos os dias quando se via ao espelho. Coitadas.
Há coisas que não mudam. Aceite-as. Não se revolte, sublime-as.
Vai ver que deixa de se achar feia. E ganha a lucidez para não andar nos shots à 2ª à noite, para começar a disparatar logo na 3ª de manhã.
Quer maior lucidez?
Enquanto tal, se vir algum elefante côr de rosa, não assuste - deve ser algum ambíguo do BE.
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De Sofia a 22.09.2009 às 11:49

Lol, obrigada por me fazer rir antes do almoço.


Depois de apenas escrever uma frase bem sucinta -respondendo ao post (leu??) vem o Sr. com uma análise á minha pessoa, baseada em algo que presume. Presume, só 
Deus sabe porquê.
Adiante.


Sabe o que devia fazer? Abra o Google e coloque "Animal House". Até o pode ver no Youtube.
Vai ver que a frase vai fazer sentido assim que vir o filme.


Ah, e gosto bastante de mim. Aliás tenho a certeza que é por isso que vou votar PSD. Porque gosto de mim e do meu país. Rosa meu caro, não é uma cor que me agrade. Muito plastic-pop.


Concluindo: continue a ser um totem politicamente correcto, como queira, mas cuidado: eu não sou sua amiga nem amiga da sua amiga.
Por isso peço-lhe muito pouco educadamente, go fuck yourself.


Ah, e ganhe um sentido de humor ou deixe de escrever com o nome "Ega". Não lhe faz jus. 
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De Ega a 22.09.2009 às 12:01


Prezada Sofia:
O seu texto até estava bem construido e eu a pensar que talvez lhe pedisse desculpa.
Depois veio aquela inglesada final e o pé fugiu-lhe para a chinela. Está lá muito aconchegado, decerto no seu elemento natural.
Nada tenho mais a acrescentar, portanto.
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De Sofia a 22.09.2009 às 13:27


Certamente, o que mais se vê em comentários por esta blogosfera são pedidos de desculpa. 
Realmente gostava de ter visto isso, porra!


Mas fico esclarecida. O meu elemento natural era inicialmente a bebida: agora o palavrão em inglês, ou a vulgaridade em geral.


Isso faz de mim uma muy honrada irish drunk! (é mais castiço que apenas inglesa ou americana, permita-me)


Finalmente, um sonho de uma vida concretizado! E ainda só vamos a 22, woo hoo!
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De Marquesa de carabás a 22.09.2009 às 14:10

Sofia,

A menina quer uma empada para acompanhar?
Saíram agora fresquinhas do forno...
Marquesa de Carabás
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De Sofia a 22.09.2009 às 14:13

É muito amável da sua parte, mas preferia um rissolinho, se não se importa.

 
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De Tiago Mouta a 22.09.2009 às 11:23

Caro Vitor

"I´ll drink to that...", posto isto só me resta acrescentar que os passos que vamos dando como nação nos conduzem irremediavelmente para um outro qualquer 25 de Abril, 5 de Outubro ou 1 de Dezembro, uma situação que altere os destinos deste país e o resgate das mãos da corrupção e da inércia!
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De Ega a 22.09.2009 às 11:32

Bom Dia Tiago Mouta:

Continuo a gostar dessa sua ideia de que isto vai de revolução - sem armas mas abanando estas nossas cabeças todas, a ver se ganhamos gosto por nós próprios.
Ainda que estejamos em lados diferentes das trincheiras, sempre haverá um cumprimento leal antes das «hostilidades»...
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De Tiago Mouta a 22.09.2009 às 11:47

Bom dia caro Ega:

Não estaremos assim tão distantes quando esse dia chegar!
Repare, a revolução já começou a despontar, por aqui e por ali, nada de concreto, mas indubitavelmente incómodo!
Neste momento a geração mais qualificada de sempre em Portugal, está no desemprego ou na precariedade laboral, a maioria da classe política vive ensombrada por um 25 de Abril, aquela revolução que nos deu a liberdade e que abriu as portas deste país, os bloggers cada vez tem mais peso na opinião pública, as comunicações e media atingiram níveis incontroláveis e inimagináveis, para a geração anterior... Até já se trocam bandeiras na Câmara de Lisboa!!!
Portanto estamos em pleno período pré revolução, a questão que se põe, é se a revolução será contra o Estado Português ou o "Estado Miserável"... Ou contra um qualquer BCE que venha administrar este cantinho!!!
Nessa altura tenho plena consciência que eu e o Ega estaremos do mesmo lado da trincheira...Até lá, "i´ll drink to that!"
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De Ega a 22.09.2009 às 11:58


Meu caro:
Eu não tenho dúvidas nenhumas de que revolução está no ar. Oxalá ela não seja sangrenta. Isso é que preocupa. Vivi o 25/A o suficiente para saber onde podem chegar mentes destemperadas pelo clima revolucionário. Assim tenha havido evolução - e a revolução seja só dos costumes.

Mas atrás dos bem intencionados vêm os rapáces. Veja as revoluções na História. A 2ª vaga era dos criminosos. Era o momento dos saques, das violações dos assassinatos.
Acredite que só isso me preocupa. O resto diverte-me e entretem-me.
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De Tiago Mouta a 22.09.2009 às 12:12

Sabendo o que de mau ocorre por experiências passadas poderemos fazer, as respectivas correções... Não me agrada a revolução sangrenta, agrada-me a revolução ideológica, aquela onde não entram as mentes criminosas...
"Sacrificar" o Bloco de Esquerda nestas eleições ao coligar-se com o PS, é como fazer xeque com um peão...
Estamos no caminho certo mas não chega, a asfixia continuará até se tornar insustentável, os assassinatos e violações, neste momento são todos do foro mediático e aí será o campo de batalha da Revolução XXI!
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De Mafalda a 22.09.2009 às 14:03

O 1º de Dezembro, foi um acto de coragem, que nos arrancou da escravatura. Mas  foram o 25 de Abril e o 5 de Outubro que colocaram Portugal de novo sob custódia, sob as mãos actuais.
As mãos do Casal Ventoso!

Mafalda
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De Tiago Mouta a 22.09.2009 às 17:23

Arrisco-me a dizer que todas as revoluções são um acto de coragem...porque quem se revolta ruma ao desconhecido e incerto por oposição a valores e filosofias costumeiras...
O 1º de Dezembro correu os espanhois, o 5 de Outubro o rei e o 25 de Abril a ditadura... Podemos agendar a revolução para Maio, que é um mês agradável, primaveril e que já tem o feriado do trabalhador, e correr com a corrupção e despotismo!
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De Ega a 22.09.2009 às 17:28

Caro Tiago:
Não duvido que em 1640 sabiam o que queriam: era a Independência nacional.
No 5.OUT. só meia-duzia sabia para onde ia. O resto deixou-se levar, por ignorância ou comodismo.
Em 25/ABR. todos queriam ir para a Democracia; uma minoria tolheu-lhes o passo e por pouco não dava connosco em mais uma colónia sovietica.
E no seu próximo Maio: diga lá como vai ser? Vamos como e para onde? Em termos muito concretos, é claro.
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De Tiago Mouta a 22.09.2009 às 18:32

Caro Ega:


Está a pôr-me à prova???
  • Primeiro a Justiça, completamente independente de pressões, públicas e/ou privadas, célere e eficaz, nomeadamente em crimes de corrupção e violência.Juízes e advogados, sujeitos a avaliação externa isenta!
  • Permitir a criação de microempresas, isentas de impostos.
  • Desburocratizar o sistema tributário, criando impostos únicos de aplicação directa e que fossem conhecidos os seus destinos.
  • Extinguir os governos civis e repartições que nada produzem...
  • Reduzir os sálarios mais elevados da função pública, parao aumentar os mais baixos para pelo menos 600 euros, com subidas graduais anuais da ordem dos 50 euros, pelo menos.
  •  Impedir importações de produtos que tenhamos no nosso país, importamos apenas quando o mercado nacional estiver escoado, apoiando a agricultura e pesca.
  • Garantir a sustentabilidade energética.
  • Legalizar a prostituição, taxando- a a 60% de imposto.
  • Deportar todos os emigrantes ilegais, condenados por crimes...
  • Assegurar um serviço de saúde para todos, abrindo as portas ao curso de medicina, que não é exclusivo de elites.
  • Assegurar a educação para todos, reformando a educação para uma perspectiva de raciocinio e criatividade em detrimento da memorização...
  • Aumentar a participação cívica, criando uma plataforma interactiva com os eleitores, de modo a que estes possam votar as Leis aprovadas na Assembleia da Republica, esta votação teria um peso de 50 % na decisão final, que seria do presidente da Républica. Uma forma eficaz de reformar os cadernos eleitorais de uma vez por todas!
  • Aplicar o dinheiro do TGV numa rede ferroviaria nacional eficaz, rápida e confortável.
Assim, de repente lembro-me destas situações... Certamente existiram muitas mais, dignas de reflexão...
Diga-me quais são as suas ideias para o país caro Ega e discutamos... Pode ser que se dê um consenso!
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De Ega a 22.09.2009 às 18:59

Caro Tiago:

Não estou minimamente a pô-lo à prova, embora veja com a maior satisfação as medidas que V. preconiza - as quais, vindas de si, me causam alguma admiração, confesso.
Uma apenas é impossivel: a proibição de importações; pelo menos enquanto não abandonarmos a UE.
O resto?
Olhe, algumas são até parecidas com a doutrina preconizada pelos integralistas lusitanos e depois defendidas pelos monárquicos nacional sindicalistas e anarco comunalistas. Por exemplo, no que respeita à participação cívica na aprovação das leis.
Mas repare uma coisa: trata-se de enunciados, absolutamente válidos, sim, mas que a experiência nos vai ensinando impossiveis de pôr em prática.
Claro que por falta de vontade das pessoas.
De «todas» as pessoas!
Vamos ser isentos: com boa ou má visão, será que o que quis o Sócrates, no inicio do mandato, não foi exactamente desburocratizar e cortar na despesa ou nos encargos públicos?
Se calhar até foi. E a reacção generalizada por todo o País? Lembra-se?

Eu tendo muito para uma conclusão. A seguinte: já é passado o tempo das ideologias. Já não valem nada. Tudo é aplicável, em tudo há aspectos aproveitáveis.
O que não há é gente à altura. Estadistas. Pessoas capazes de galvanizar um povo, motivá-lo e andar com o País para a frente.

Julgo, em síntese, que é isso que procuro neste emaranhado de partidos, em vésperas de eleições. E o que vejo: a velha discussão dos escandalos, aqui d'El-Rei que sanearam o acessor e escutaram o presidente...

Meu caro: eu vivo em Monarquia, tenho o meu Rei a quem respeito e oiço. E pago os impostos à república. Acho que assim resumo tudo.
Um abraço 
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De JHB a 22.09.2009 às 12:32

Como é que um Governo pode estar menos legitimado no dia seguinte às eleicöes legislativas???
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De Tiago Mouta a 22.09.2009 às 13:23

Muito simples, basta por em causa a veracidade do acto eleitoral, dos cadernos eleitorais...
Lançar a suspeita de fraude após as eleições legislativas, fragiliza obviamente aquele que ganhar...
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De Mafalda a 22.09.2009 às 14:18

 Se as perder!

Mafalda
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De JHB a 22.09.2009 às 12:34

Revolucão? Duvido. Isso é mau para o negócio...
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De Tiago Mouta a 22.09.2009 às 13:21

Negócio, qual negócio... subsidiodependentes since 1986!!!
Desde da Mãe Europa a esta parte que não se fazem negócios que não sejam, para encher o bolso de uns e outros... Abarbatanando os subsidiozinhos que vão chegando... O único que faz negócio na Europa é o BCE!

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