Um pouco na linha do comentário anterior, o que o Ega parece sustentar é que aparecimento de um rei mau é coisa que não pode acontecer, pois os reis são bondosos e estão preocupados com o bem estar dos seus súditos - os presidentes é que são capazes de malvadezas.
E depois sou eu que faço lembrar contos para crianças...
Meu caro: Quanto a gralhas... com a pressa com que escrevo, sou eu o maior galheiro, perdão «gralheiro». No mais: o «rei mau» realmente não existe. A sua posição, vistas as coisas, é de tal maneira precária que não se pode dar a esse luxo. Evidentemente, leva uma idade inteira de preparação para não incorrer nesse erro.
Ou seja: a única critica válida que encontro válida contra a Monarquia é de uma psicóloga: então o futuro rei, como ser humano, não terá a liberdade de errar como qualquer congénere? A resposta política é: não !
Por isso sou monárquico, mas nunca seria monarca. Deve ser uma vida lixada. Não invejo de maneira nenhuma a existência de um rei. Ele não é servido: serve. E eu sou egoista q.b. Cumprimentos.
Caro Ega, Apesar do que escreveu, penso que continua no domínio do salto de fé. Se politicamente o rei não pode falhar, tal não significa que efectivamente não o faça, e que não o faça clamorosamente, por mais esmerada que tenha sido a sua educação. Pode não se poder dar a tal luxo, mas ainda assim teimar em fazê-lo e provocar dificuldades políticas sérias à sociedade política da qual deveria ser um garante (veja-se Constantino II da Grécia para um caso mais recente).
E ainda que não falhe clamorosamente, e ainda que seja um monarca assim-assim, decentezito, lá ficará o soberano privado da possibilidade de escolher um Chefe de Estado melhor (ou pior) quando o mandato expirar.
E isto sem entrarmos na discussão principal em torno da instituição monárquica que é a da sua incompatibilidade com o integral respeito pelo princípio da igualdade, mas isso são outros quinhentos...