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Atirem-me água benta II

por Pedro Marques Lopes, em 20.02.07

“Ide contar a João Baptista o que vistes e ouvistes: cegos vêem, paralíticos andam, leprosos são purificados e surdos ouvem, mortos ressuscitam e pobres são evangelizados. E feliz daquele que não se escandalizar comigo”  (Lc 7, 22-23).

 Presumo que a maioria dos católicos, nos quais incluo o André Azevedo Alves (perdoe-me, se não for o caso), acredita que existiu contacto entre os pastorinhos e a mãe de Jesus Cristo. Assim de repente, em Portugal, só me lembro, além deste, do caso de D. Afonso Henriques que teria tido uma espécie de visão ou rápida conversa (desculpe a imprecisão) com o próprio Jesus. Quantas vezes, nos últimos séculos, deu esta Senhora a honra de aparecer a meros mortais católicos ou não espalhados pelo mundo? Poucas, muito poucas. Mas, a honra concedida não acaba por aqui e a previsão da ingratidão também foi feita: o Anjo (que se auto denomina Anjo Portugal, enfatize-se a honra) ensina novas orações onde se refere expressamente a “homens ingratos”. Chame-me infantil (já perdi a conta aos simpáticos nomes com que me vem obsequiando) mas, pensava, na minha patética ignorância que uma honra destas deveria ter outro apreço, pelos vistos estou enganado.

Por outro lado, como eu (e muitos católicos) não acredito nessas aparições, resta-me observar o fenómeno de marketing – provavelmente por deformação profissional - que, para mim, é Fátima. É interessante constatar que, apesar de existir uma nítida quebra de clientes da Igreja Católica, a sucursal Santuário de Fátima continua a prosperar e vê crescer a sua clientela. Como vê, era apenas curiosidade cientifica.

Para acabar, já lhe expliquei aqui o meu suposto anti-clericalismo e não vou perder mais tempo com isso. Acho, porém, curioso que não hesite em me apelidar de “anti-clerical primário” e fique tão revoltado quando designo alguém como católico fundamentalista, enfim...   


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De gpn a 21.02.2007 às 17:01

PML, É extremamente simples responder à sua pergunta: porque não percebe (nem quer perceber) a Fé dos outros e o porquê de certas privações. Perante esse “desconforto”, prefere perder o seu tempo a atacar. Pensa que se eu estou certo, “eles”, os fundamentalistas, têm que estar errados. Logo Deus não existe e a Igreja (que não a do Frei Bento e os outros teólogos da libertação) tem de ser “progressista” para que seja mais abrangente. Ninguém quer por a nu fraquezas alheias, ninguém obriga outros a fazer sacrifícios. È tudo uma questão pessoal e de Fé. Os outros não se deviam sentir incomodados com isso. E se sentem, porque será?
Em relação aos “fundamentalistas católicos” fica a pergunta? O que são concretamente? Todos aqueles que têm fé? Ou aqueles que efectivamente a têm? Ou serão aqueles que apedrejam mulheres ate à morte? Ou aqueles que enforcam pessoas nas balizas de estádio de futebol? Ou ainda aqueles que cortam o clitóris às mulheres? Ou serão aqueles que matam Padres...peço desculpa rabinos e Imãs na China, América do Sul e outros países? Percebe o alcance da sua, certamente “ponderada e pensada”, duvida?

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