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Os Portugueses já não acreditam em sondagens políticas.
Na verdade ninguém arrisca seriamente uma previsão sobre o que vai suceder no próximo dia 27.
Lembrei-me, por isso, de fazer um pequeno exercício de extrapolação dos resultados das legislativas de 2005 para as próximas eleições, tomando por base os resultados das eleições europeias de 2004 e 2009. Este exercício vale o que vale e não pretende constituir uma base científica. Mas baseia-se numa tendência eleitoral que, para além da espuma e dos casos que todos os dias invadem o quotidiano dos portugueses, talvez não se afaste muito do seu verdadeiro sentir.
Resumi esta comparação ao PS, ao PSD e ao BE, por me parecer que as escolhas de Domingo próximo girarão principalmente entre estes 3 partidos.
Nas europeias de 2004, o PS obteve 1.516.001 votos, número que desceu para 946.818 votos nas europeias de 2009 (menos 569.183 votos), o PSD cresceu de 1.132.769 votos (com o CDS, pelo que, a retirar cerca de 200.000 mil deste partido, o PSD teria tido isolado cerca de 930.000) para 1.131.744 votos, em 2009, e o BE cresceu de 167.313, em 2004, para 382.667 votos em 2009.
Nas legislativas de 2005, havia 8.944.508 eleitores inscritos, tendo a abstenção sido de 35%, e o PS obteve 2.588.312 votos, o PSD 1.653.425 e o BE 364.971.
Se a abstenção nas próximas eleições fosse idêntica à das legislativas de 2005, o universo eleitoral semelhante ao das europeias de 2009 e se se repetisse a evolução de voto verificada entre as europeias de 2004 e as de 2009, votariam cerca de 6,3 milhões de eleitores, 1,614 milhões no PS, 2,01 milhões no PSD e 833 mil no BE.
Quer isto dizer que o PSD teria cerca de 32% dos votos, o PS teria 26% e o BE 13%.
O PSD ganharia e o PS e BE não conseguiriam juntos a maioria absoluta.
Repito o que disse no início: não pretendo fazer aqui uma antevisão, até porque o elevado número de indecisos o desaconselharia.
Mas também não pode ser ignorada uma tendência que se verificou nas últimas eleições europeias, a qual a máquina de propaganda do PS se esforça por fazer esquecer mas que, provavelmente, reflecte a vontade da maioria silenciosa dos portugueses.