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O Pedro resolveu aparecer. Num «momento difícil», segundo o próprio. O previsível Carlos Abreu Amorim emocionou-se com a chegada do Pedro. Diz que mostrou «grandeza». Portugal é este enorme buraco negro onde tudo se esquece e a vergonha não medra. Este é o mesmo Pedro que, há um mês e meio, não se coibiu de fazer birra e de revelar a sua nobilissima insatisfação por ter sido excluido das listas, dando o mote para o argumento da «não renovação» que toda a gente tratou de usar até à exaustão. Este é o mesmo Pedro que, durante um longo período, logo após a eleição da Dra. Ferreira Leite, achou que o país merecia ouvir as suas graves elucubrações sobre a vida interna do partido e a vida externa do país, fazendo uma descarada oposição de rua à (sua) líder. Agora, numa altura em que era suposto não ligar, por razões óbvias (incluindo a verdade), o caso das «escutas» ao PSD, eis que aparece o Pedro num assomo de agasalho e compaixão, ligando, com o seu gesto, o caso ao partido, e amplificando ainda mais o putativo revés político da Dra. Ferreira Leite, que eventualmente decorra do caso. Magnânimo, o Pedro. E sorte a dele poder contar com os useful idiots da praxe, que acharam mal não ter a líder dito «Ai, Pedro, obrigada, tu és grande». É um caso este Pedro. E o Carlos não lhe fica atrás.