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por Afonso Azevedo Neves, em 24.09.09

O Pedro resolveu aparecer na terra dele, Vila Real, onde é Presidente da Assembleia Municipal. Resolveu aparecer na campanha do PSD, para qual não fora convidado. Não há convites para ninguém, bem sei. Vai quem quer. Assim foi.

Este é o mesmo Pedro que, há um mês e meio, MFL apagou da lista de Vila Real para Assembleia da República. O mesmo Pedro que cometeu a heresia de achar que numa eleição se deve pedir coisas ao eleitor, a começar pelo voto e já agora, porque estamos como estamos, uma maioria (nunca falou em absoluta) confortável para o PSD, uma que pudesse negar os prazos que Marcelo Rebelo de Sousa já se apressara a colocar uns dias antes.  Foi asneira.

Nesta campanha não há convites, embora Morais Sarmento tenha recebido um para ir a Vila Real mas podia estar no “gozo”, o brincalhão.

Nesta campanha não há convites e só vai quem quer, embora nem todos os que querem sejam bem-vindos. É democracia.

Nesta campanha não convites como não se pedem coisas, nem votos, nem aquilo que Portugal precisa desesperadamente, ou seja, uma vitória do PSD.

O Pedro, calou-se (finalmente suspiram alguns para quem a democracia interna é só no papel) mas sempre é possível retirar outras conclusões da sua visita à terra dele. Desta vez foi uma ligação ao caso das escutas, para a próxima talvez  a um tufão no pacífico.

Portugal precisa que o PSD ganhe as eleições e juro que não quero pressionar indevidamente a liderança, tanto mais não seja para alguns unuseful idiots se tornarem um pouco menos inseguros.