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Os bastardos de Trotski

por Rui Crull Tabosa, em 08.10.09

Todos os dias vemos e ouvimos Francisco Louçã insultar adversários, ofender pessoas, lançar as sementes de ódio e espalhar a inveja mais ignóbil, com o único objectivo de virar os Portugueses uns contra os outros.

O ar de tele-evangelista da criatura, o modo como fala, o rancor que destila, a forma absolutamente demagógica como tenta enganar pessoas que vivem sérios e muito amargos problemas sociais, é simplesmente detestável.

Soube hoje que no passado dia 5, num discurso na Chamusca, mais precisamente na Carregueira (que o carregue…), Louçã desferiu um ignóbil ataque pessoal a Paulo Teixeira Pinto, como ainda há pouco o tinha feito a Paulo Portas a propósito do caso dos submarinos, num crescendo de vilania que lhe vai sendo cada vez mais característico.

Nessa ocasião, Louçã resolveu também dizer que a República "é a única forma de democracia responsável".

Para além de ficarmos a saber que, para Louçã, a Espanha, o Reino Unido, a Dinamarca, a Suécia, a Noruega e Holanda, para dar só alguns exemplos, não são democracias responsáveis, ficam algumas perguntas:

Mas qual República?

A República dos sovietes, que é aquela em que Louçã acredita?

Ou a República burguesa pluralista, que é aquela que Louçã detesta?

É que Louçã bem pode encher agora a boca com a palavra Democracia, quando a verdade é que perfilha o trotskismo (que tem como importante corolário a doutrina da revolução permanente), uma das mais radicais tendências do comunismo revolucionário.

Para quem não sabe, Trotski foi um assassino, comissário da revolução bolchevista, que certa vez ordenou o massacre de milhares de russos – comunistas como ele – que se lhe tinham rendido após o fracasso da insurreição de Kronstadt.

Antes de Louçã falar de Democracia era pois bom que, de uma vez por todas, dissesse o que pensa sobre este e outros feitos do camarada Trotski.

E, já agora, que se pronunciasse sobre a seguinte resposta que o seu camarada bloquista, Gil Garcia, deu à pergunta sobre se “O BE prossegue uma via para o socialimo. Como?”: “Está provado que a via parlamentar não o alcança. Não sei porque é que agora se tem medo de falar em revoluções sociais” (Expresso, 7.5.2005).

Quer dizer: um camarada de Louçã acha que a via parlamentar não alcança o socialismo e que deve haver uma revolução social, por natureza realizada contra o pluralismo parlamentar.

E Louçã tem depois o atrevimento de querer ensinar democracia aos Portugueses...

Haja vergonha!


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Arnold Layne a 08.10.2009 às 18:05

Isso é que foi adjectivar o homem...

Como dizia um velho sábio chinês: "...o que tu queres sei eu!"

BIBÒ REI... (sempre eram umas " gamelas" a menos)
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De jcd a 08.10.2009 às 18:51

E até foi bastante meigo nos adjectivos.
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De Ega a 08.10.2009 às 18:07

PROLETÁRIOS DE TODO O MUNDO: UNI-VOS!
que é como quem diz
«IGNORANTES DE TODO O MUNDO: UNI-VOS!»

(F. Louça no XX Congresso do PCUS)
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De Réspublica a 08.10.2009 às 18:39

Nam ele não é do PCUS, é mais dos tipos do escoparo na cabeça, numa qualquer cidade mexicana...
Mas porque que é que não segue a tradição trotkista de se dividir constatemente...
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De Não interessa a 08.10.2009 às 18:13

"Todos os dias vemos e ouvimos [...] insultar adversários, ofender pessoas, lançar as sementes de ódio e espalhar a inveja mais ignóbil, com o único objectivo de virar os Portugueses uns contra os outros.

O ar de tele-evangelista da criatura, a forma como fala, o rancor que destila, a forma absolutamente demagógica como tenta enganar pessoas que vivem sérios e muitas amargos problemas sociais, é simplesmente detestável."



Pensei que o texto era sobre Francisco Louçã, afinal é sobre Paulo Portas.


"Antes de Louçã falar de Democracia, era pois bom que, de uma vez por todas, dissesse o que pensa sobre este e outros feitos do camarada Trotski.

E, já agora, que se pronunciasse sobre a seguinte resposta que o seu camarada bloquista Gil Garcia deu à pergunta sobre se “O BE prossegue uma via para o socialimo. Como?”: “Está provado que a via parlamentar não o alcança. Não sei porque é que agora se tem medo de falar em revoluções sociais” (Expresso, 7.5.2005)."

Fazemos assim, ele explica quando o Portas explicar as fotocópias, os despachos, os submarinos , sobreiros e o tal milhão de euros.

E Portas tem depois o atrevimento de falar de honestidade e transparência aos portugueses.
Haja vergonha.



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De Réspublica a 08.10.2009 às 18:41

Ora bem, e quem esplica as pessoas que vão ser fuziladas pela União Popular?
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De Mali a 08.10.2009 às 20:47

Haja alguém que ponha um bocadinho de ordem nesta palhaçada escrita pelo ignorante do costume, Rui Crull Tabosa. Senhor, mal começo a ler os seus textos, noto imediatamente que são seus... são demasiado superficiais, parciais e, maus mesmo.
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De Rui Crull Tabosa a 08.10.2009 às 22:03

Não merece, mas faço-lhe o desafio de responder se: i) é mentira que Louçã seja trotskista; ii) é mentira que Trotski madou matar milhares de comunistas em Kronstadt; iii) é mentira que Gil Garcia disse que a via parlamentar não alcança o socialismo.
Quanto à profundidade do seu comentário, ela fala por si.
Traga argumentos ou fundamente os seus comentários. E, é verdade, eu sei bem quea rapaziada do bloco não gosta que se lembre a sua matriz comunista. Azar.
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De Ega a 09.10.2009 às 05:00

Caro Crull Tabosa:

Já aqui comentei que o Louçã não me lembra tanto o Trotsky quanto o Beria.
Repare lá bem se ele não tem cara de mandão KGB - atrás da secretária a assinar mandatos de morte.
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De Rui Crull Tabosa a 09.10.2009 às 09:31

Também me parece. Mas, aí, a malta que aqui o defende, sempre poderia dizer - caso o saiba - que esse sinistro responsável pela NKVD era estalinista e Loução não o é. Agora trotkista eles não podem dizer que Louçã não é. E eu prefiro um ataque menos subjectivo.
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De Mali a 11.10.2009 às 16:17

Olhe lá, e a direita fez o quê até agora? duas guerras mundiais? Ou também foram os comunistas que fecharam judeus, homossexuais, ciganos e deficientes em campos de concentração? E a direita em Portugal fez o quê? Ai que cristãos e de direita que nós somos, mas matamos quem se oponha ao nnosso regime e mandamos mais uns quantos para o tarrafal. Se o senhor é de direita também é isto tudo? No caso de ser rei... Nã houve reis que encomendaram chacinas a povos africanos (e não só) ? Por isso ser monárquico quer dizer que se compactue com isto?
Tenha juízo. Arranje argumentos um bocadinho mais actuais e merecedores de real debate do que esse de comparar os comunistas a um regime que matou muita gente, sim, mas diga-me qual a ideologia que não matou até hoje...
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De Rui Crull Tabosa a 11.10.2009 às 18:15

A sua falta de seriedade nos argumentos é chocante: ser de direita, para si, é o mesmo que ser a favor de ditaduras de direita. Errado. Como é errado dizer que algém, por ser de esquerda, é a favor de ditaduras de esquerda.
Só que Louçã não é de esquerda: é de extrema-esquerda. Mais, assume-se como trotskista e é membro de um partido (o BE), ainda hoje com ligações à 4.ª Internacional, que, para o caso de não saber, foi fundada por Trotki e prega ainda hoje a revolução mundial, em que as democracias pluralistas darão lugar às ditaduras do proletariado.
Citei um membro do BE que, em 2005, disse que com democracia parlamentar não se atinge o socialismo e que, portanto, o caminho é o da revolução social.
Assumam-se, comunistas trotskistas. Assumam que para vocês o parlamentarismo e as eleições - como as que temos - são uma fantochada burguesa e que o vosso caminho é o da revolução.
Não baralhe conceitos nem fuja à sua matriz ideológica, por muito que se compreenda que o faça, pois o Bloco d Esquerda perderia mais de 90% dos votos se os seus eleitores imaginassem o que os dirigentes do Bloco pretendem na realidade alcançar (aliás, quantos votos tinham a UDP e o PSR? pouquíssimos, porque ainda não se tinham mascarado de BE...).
Não tente enganar os outros. Sejam homenzinhos!
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De Mali a 11.10.2009 às 20:32

Não vou continuar a discussão porque cada um vai continuar a pensar da mesma maneira. Quero só agradecer-lhe o facto de ter arranjado paciência para me responder, apesar de a minha abordagem inicial não ter sido a mais correcta. E por isso as minhas desculpas.
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De Rui Crull Tabosa a 12.10.2009 às 00:58

Também peço desculpa por lhe imputar a si ideias que porventura não tem. Quem as tem é um pequeno grupo de dirigentes do BE. E, acredite, se não me preocupasse o dano que em meu entender eles podem causar a portugal não perderia um segundo com este assunto. Mas acho que as pessoas devem saber o que realmente é o lado não revelado do Bloco de Esquerda.
Cumprimentos,
Rui Tabosa
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De Nuno Castelo-Branco a 08.10.2009 às 18:13

Conducator do BE é um comunista dito trotsquista, a facção do PCUS derrotada pelo matreiro José Estaline e que para a história ficou como uma desvanecida possibilidade de uma diferente URSS. No essencial, a vitória do sr. Leon Trotsky pouco ou nada alteraria na construção totalitária do poder do Partido Comunista e apenas a patine intelectual emprestada pelo cosmopolita Bronstein faria a diferença. Uma marginal questão de imagem, habilmente orquestrada e branqueada num Ocidente bastante hipnotizado pela propaganda coactora da razão. 
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De Nuno Castelo-Branco a 08.10.2009 às 18:14

Se a Louçã questionarem frontalmente se é um comunista e qual a sua opinião acerca da revolução soviética, não existirá a mais remota hipótese de fuga. O tergiversar apenas confirmará a verdade que no fundo, todos conhecem.

 

A obsessão que Louçã professa pelo aniquilar do sector bancário, obedece ao respeito canónico pelo pensamento de Lenine.  Na lógica da economia de mercado - o capitalismo a abolir -, o crédito deverá ser controlado pelo poder central, ou melhor dizendo, por aquilo que em sentido lato se designa por Partido. 

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De Nuno Castelo-Branco a 08.10.2009 às 18:14

A táctica quase mitológica da conquista do poder por etapas - impossibilitada a "revolução" por um hoje bastante imaginário "proletariado" -, prevê o condicionamento estrangulador de todos os sectores da economia, através do simples recurso á secagem do manancial financiador da iniciativa. No nosso país, tal aconteceu logo após o 11 de março de 1975, quando a banca nacionalizada, possibilitou a  sucção dos seguros, da indústria e de boa parte do sector agrícola. Concentracionariamente controlados pelo Estado que se concebia como a face oficial do partido "do povo", os sectores de actividade viam-se despojados dos empresários, financiadores capitalistas e daquela essencial camada intermédia que organizava a produção e viabilizava o crescimento. 
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De Nuno Castelo-Branco a 08.10.2009 às 18:15

Liquidada pela ruína, a economia capitalista passava então para a fase de adequação à quimera do Plano, essencial à padronização "por baixo" de toda a sociedade, agora refém de um ultra-minoritário sector de privilegiados "condutores das massas em direcção ao socialismo". 

 

O que se torna espantoso é o facto de nenhum dirigente - o culto e informado Paulo Portas incluído no rol - ter jamais confrontado o sr. Francisco Anacleto Louçã com o seu passado sempre tão orgulhosamente presente. O programa do BE é simples, linear e tão previsível como as fases da Lua. Uns arremedos de liberalismo da moda - as questões fracturantes que posteriormente se aniquilariam na fase de consolidação do poder e em nome da moral proletária,  tal como aconteceu na URSS, satélites do Leste, China -, servem perfeitamente para abstrair o eleitorado do núcleo duro do verdadeiro e disfarçado programa: a economia e finanças.

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De Nuno Castelo-Branco a 08.10.2009 às 18:15

Louçã já imagina um país submetido ao ditame da concessão do crédito em troca da obediência e o actual estado de coisas na China aponta uma remota, mas possível via para o sucesso. De nada servirão as realidades teimosamente ditadas pelo diminuto poder de autonomia que um Portugal económica e territorialmente definhado hoje apresenta. Sonhando com a autarcia que se torna na derradeira possibilidade para um absolutismo que ainda parece ter algumas hipóteses de vigência noutras paragens de atraso social e económico  - Cuba, Coreia, Venezuela, etc - , os dirigentes do BE adoptam a pose burguesa que provisoriamente tranquiliza os da "sua classe" e elimina a inevitável suspeita que afasta o eleitorado. 
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De Nuno Castelo-Branco a 08.10.2009 às 18:15

Pode ser  muito fácil derrotar Louçã, se houver a vontade de obter uma vitória clara, obrigando-o a dizer o que realmente pensa, quer e está escrito em páginas que testemunham uma caminhada ao longo de mais de trinta anos e impossível de esconder.  A incógnita consiste afinal, na preparação que cada dirigente terá do conhecimento da história - aquela famigerada factual serve perfeitamente -, a essencial e impenetrável armadura que garante um êxito que de tão fácil, remeterá o agressivo aspirante a ditador para o sótão das arrumações.
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De Réspublica a 08.10.2009 às 18:23

Sim senhor este é um dos posts mais brilhantes e inteligentes do blog...
Quanto aos modelos de República, o Louçã prefere a Soviética, naquela em que ele pode matar e expoliar a seu bel prazer, sem olhar a meios, faz lembrar um velho Contra-Almirante que apontou os calnhões do seu navio contra o Salgueiro Maia e os seus militares, um tal contra-almirante que foi o último defensor do Estado Novo, mas que não foi expulso do país, alguém sabe o nome dele é que está na ponta da língua, mas escapa-me sempre, deve ser por causa do Luoçã...
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De Anónimo a 08.10.2009 às 19:10

"A República dos sovietes, que é aquela em que Louçã acredita?

Ou a República burguesa pluralista, que é aquela que Louçã detesta?"


 


A república dos sovietes, certamente. Aquele em que o poder está realmente mais próximo das pessoas, não se esgota no poder votar de 4 em 4 anos. O facto de não acreditar na democracia parlamentar burguesa não implica que não acredite na democracia. Em teoria, a democracia dos sovietes (cujo último foi esmagado em kronstadt por trotsky) é bem mais "pura" do que a que vivemos hoje em dia.


 


Mas vá lá alguém conseguir explicar isso a gente do PS ao CDS. Será na altura dos vossos filhos que se tirará das prateleiras os livros que Louçã leu (e, brilhantemente, escreveu).


 


Hoje, o Bloco é um partido com um tamanho considerável mas nem um terço comunga sequer do socialismo.

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De O que a minha mãe me deu a 08.10.2009 às 23:47

Começa, mas é a pagar impostos como todos os "ricos" de Portugal.
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De Lionheart a 08.10.2009 às 23:58

E você devia começar por aprender a colocar a pontuação.
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De Ega a 09.10.2009 às 05:03

Pois eu começo a ter medo de si e do diabo da república dos sovietes.

É que se é para fuzilar, fuzilo eu antes que me fuzilem a mim.

V. parece apostado na guerra civil.
Deixe lá ficar a república burguesa. Aí, podemos mais ou menos dizer o que pensamos. Na outra - terminantemente não.
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De Anónimo a 09.10.2009 às 10:11

Mas quem lhe diz que na outra não pode dizer e pensar aquilo que quer? Trotsky foi assassinado pela Burocracia e, de facto, não se podia dizer e pensar o que se queria. Isso implica que todos os socialismos sejam autoritários?
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De Ega a 09.10.2009 às 10:47

Se calhar não se lembra, mas o socialismo jugoslavo - onde isso vai - de Tito era considerado o mais moderado. na época do Socialismo.
Essa época acabou, excepção feita a alguns encalves como Cuba e pouco mais.
Agora vá lá tentar ser livre e falar livremente em Cuba! Ou na China!
Ou será que Gulag não existiu? E para o delito comum?

Sabe bem que Louçã e Cª hoje tentam dourar uma pilula responsável por muito atentado à liberdade de expressão (à liberdae humana) durante décadas.

Até entre nós, no PREC se dizia «fascistas para o Campo Pequeno», e um dirigente como o Cunhal afirmou em comicio que «era preciso partir os dentes à Reacção»!!!

Esta, nem o Jardim, não?

O lbo vestiu a pele de cordeiro. Quem muda de ideias muda de clube. Ou seja, vêm do socialismo para a social-democracia (Zita Seabra, Vital Moreira, etc). Metem o socialismo na gaveta. O resto é retórica.
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De Anónimo a 09.10.2009 às 11:11

Não venha falar de modelo Chinês ou Cubano (que por acaso foi bastante prejudicado pelo embargo dos EUA) ou mesmo dos gulags (onde morreram centenas de dissidentes, tipo trotskystas, como o Louçã) pois o Bloco não os defende. Porra. É assim tão difícil?
Trotski defendia o fim da propriedade privada mas ao mesmo tempo defendia uma democracia pluri-partidária. Se isso lhe cheira a gulag, é problema seu.
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De Nuno Castelo-Branco a 09.10.2009 às 23:19

Por acaso cheira e muito! Ou já se esqueceu das "viagens de comboio" do Trotski durante a guerra civil, mandando matar dezenas de milhar de indefesos? Camponeses, burgueses, aristocratas, comerciantes, enfim, tudo o que lhe aparecia à frente e levava com a chancela de "inimigo do povo". Era um canalha, esse Trotski e mereceu bem o fim que lhe deram.
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De Anónimo a 09.10.2009 às 11:13

e quanto ao modelo jugoslavo, se era o mais "moderado" era porque tinha aderido ao mercado - havia, consequentemente, desemprego. isso vai contra o socialismo que prega trotsky ou o legado da quarta internacional.
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De Ega a 09.10.2009 às 11:39

Defender o fim da propriedade privada e o pluralismo é em si mesmo uma contradição nos termos.
Isto é: um logro. Falamos de direitos fundamentais.

O socialismo jugoslavo encabeçava uma 3ª via alternativa entre a esfera de influência americana e soviética.
A chamada via 3º mundista.
Ora V. sabe tão bem como eu como é o 3º Mundo.
Parece que finalmente existe agora em África um País funcionando democraticamente, sem catanas ou Kalash's na mão.

O Tito desfidelizou-se da URSS mas liberdad de expressar o pensamento na Jugoslavia dele, alto lá com o charuto.

Louça, com um ou outro pormenor, até para ser original, alinhava neste pagode todo. Senão, dê-se ao trabalho de analisar o percurso e o discurso da LCI que ele fundou e do sucessor PSR.
A chamada extrema-esquerda pura.
E à quantidade de comicios PPD e CDS a que eu assisti eles tentar boicotar (creio que sou um bocado mais velho do qe V.), acredite - liberdade de expressão? Só para encómios à ditadura do proletariado.
Essa misteriosa expressão que misteriosamente desapareceu do vocabulário do Louçã y sus muchachos.
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De Anónimo a 09.10.2009 às 15:32

Propriedade privada? Sim, mas não nos meios de produção.
Ensino, saúde, aparelho produtivo: tudo público e comandado por todos, ao contrário de uma economia capitalista. Se me provar que em teoria isso suprime qualquer pluralismo, estou do seu lado.
Em suma, liberdade de associação tanto na oferta como na procura de mercadorias. Informe-se sobre centralismo económico e já agora, sobre o crescimento económico absurdamente elevado tanto nos alinhados como nos não-alinhados, pelo menos durante os primeiros anos de todos esses comunismos? Era perfeito? Longe disso. Mas abre perspectivas para o futuro. Cá estaremos um dia para o discutir. Acha que sou anti-democrata? Não me parece. São vias de democracia diferentes. Só se pede que o mercado deixe de comandar a esfera da sociedade, para surgir uma nova era de escolhas racionais em que existe algo mais do que os custos envolvidos no processo de decisão.
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De Ega a 09.10.2009 às 15:56

Eu não julgo nada de si porque não sou juiz e não o conheço.
Reconheço é o seu direito de pensar como quiser.
E exijo à esquerda monista que respeitem a minha forma de pensar.
Fora isso, e pegando nas suas palavras, explique lá a diferença entre meios produtivos e aparelho de produção.
Isto é: o sector produtivo pode, ou não, ficar a cargo dos privados.
O Louçã - é o ícone desta polémica - ao certo o que diz a este respeito?

PS. Já sabemos que ele quer re-nacionalizar a Banca. Em plena UE...
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De Rui Crull Tabosa a 09.10.2009 às 12:42

O seu Trotski mandou FUZILAR milhares de comunistas em Kronstadt, como eu referi no Post. Porque queriam dizer coisas diferentes daquelas que Trotski queria ouvir. Ponto.
Não percebe que o comunismo é por natureza incompatível com liberdade de expressão? Por alguma razão nunca houve e nunca haverá qualquer país comunista onde as pessoas possam dizer livremente o que pensam.
Mas, enfim, sempre houve também inocentes úteis...
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De Réspublica a 08.10.2009 às 19:23

Por falar em democracia... uma notícia sem qualquer relação com o Louçã, o ministro da defesa angolano exorta o exército a defender as instituições democráticas... http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/politica/2009/9/41/Ministro-Defesa-exorta-vigilancia-aos-efectivos-das-Forcas-Armadas,d2458cd3-1815-4ef2-af9d-ae412e936056.html
... também sem qualquer relação a República Democrática da Coreia do Norte defende os direitos humanos do grande líder Louçã...
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De Anónimo a 08.10.2009 às 19:27

antes de dizeres coisas parvas, deves notar que o BE condena o modelo coreano, onde não há livre associação de trabalhadores em sindicatos e existe uma infinidade de restrições à liberdade. em suma, um dos casos mais flagrantes de ditaduras sob o nome de "comunismo". se calhar chateia-te, preferias que o BE aplaudisse (como o PCP), mas azeda-te lá mais um bocado.
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De Réspublica a 09.10.2009 às 11:23

Sentido de humor homem, sentido de humor, ou acha mesmo que o BE é diferente do PCP, ambos defendem ditaduras, mesmo com alguns critérios diferentes...
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De Pedro a 08.10.2009 às 20:02

O bloco de esterco é um cancro da sociedade.
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De Pedro JBJ a 08.10.2009 às 20:04

grande post, sempre a aprender..
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De Pedro JBJ a 08.10.2009 às 20:39

Será que o comunista do Louçã gostou de quem ganhou o prémio nobel deste ano?

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