por Rui Castro, em 26.02.07
A Joana Amaral Dias escreve hoje no
dn:
"A ilha tem dos concelhos mais pobres de Portugal, apresenta 18% de desemprego e gravíssimas assimetrias. " (referindo-se à Madeira)
"Poderia indignar-me. Mas é-me indiferente. Tanto me faz o que aconteça à Madeira. Se se afunda em dívidas, se conquista a independência, se declara Jardim rei Momo vitalício. Desde que não continue a estourar o dinheiro que faz falta às regiões mais pobres do país, a Madeira é um problema dos madeirenses."
Este episódio com 2 conhecidos bloquistas (uma ex-deputada que refere a pobreza existente na ilha e um quase-deputado que despreza os portugueses que insistem em eleger quem ele não suporta) mostra bem aquilo que o BE representa. Com efeito, mais do que pluralismo democrático, esta divergência de opinião é sinal de que o partido não é mais do que uma manobra de marketing política, revelando um partido inconsistente e materialmente inexistente. Até hoje, o BE tem beneficiado de sucessivos empurrões da nossa comunicação social, a quem o estilo agrada e que evita confrontar os seus dirigentes com as suas fragilidades. Pode ser que um dia percebam que o BE é pouco mais que nada.