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Num referendo (sobre o Aborto) não vinculativo, perante a vitória do sim (mas onde uma % suficiente para eleger um governo - 40% - votaram não), e onde parte da abstenção se deveu a indecisão sobre a posição a adoptar, esperava-se do PS uma atitude mais responsável e democrática na elaboração do projecto-lei sobre o Aborto. Com referido projecto acordado com a esquerda esqueceram-se as convicções de uma larga maioria da população, e projecta-se uma lei desequilibrada e divisionista. Optou-se por impor a posição de um grupo mais “militante” que não reflectirá a posição da maioria (incluindo os que votaram sim e não). Optou-se por privilegiar a maioria parlamentar face a realidade do País. Assim sendo, cria-se um perigoso precedente, uma nova maioria eleita na Assembleia da Republica terá toda a legitimidade para alterar a lei do aborto, tornando-a mais restritiva e consensual.
PS Num exercício de total falta de intenção, o jornal “Publico”, na sua rubrica “Sobe e Desce” dá nota alta à solução do acordo à esquerda com o ostracismo ao PSD e CDS.