por Tiago Moreira de Sá, em 25.11.09
Num relatório elaborado após o 25 de Novembro a CIA procurou entender o papel desempenhado pelo Partido Comunista Português no choque militar que colocou um ponto final no processo revolucionário em curso.
Segundo a avaliação da Agência, o PCP podia «não ter desempenhado um papel directo nas operações», não estando inclusive «provado» que ele tivesse «alguma vez encorajado os golpistas a acreditar que podiam contar com o seu apoio», mas foi «o seu autor moral».
E, justificando esta avaliação, a CIA escreveu: «Antes do 25 de Novembro, as manifestações comandadas pelos comunistas paralisaram efectivamente o governo e puseram fim à campanha “passo a passo” do primeiro-ministro [Pinheiro de] Azevedo para limitar a influência da esquerda»