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Prestem atenção

por João Moreira Pinto, em 08.12.09

 ao golpe de estado que se está a passar ali ao lado. Destaco, para inicio de conversa, este post do Luís Pedro Mateus:

«Alguns liberais, não todos, gostam de pintar a Democracia Cristã (DC) como um socialismo light… Não percebo porquê, mas talvez seja por alguns acharem que o liberalismo é a única inspiração possível para a direita democrática. Esta crença é facilmente desmistificada tomando, como exemplo, o caso alemão, sueco ou holandês (para não alongar muito a lista).

Achar que a DC se limita às encíclicas “Populorum Progressio” e “Rerum Novarum” é bastante redutor. Assim como é redutor achar-se que se tem de ser crente para se ser democrata-cristão. Não existe incoerência nenhuma. A DC defende o Estado laico, logo, não se vislumbra qualquer obrigatoriedade de se ser crente para se ser democrata-cristão. Alguém que acredite nos 10 mandamentos terá que, obrigatoriamente, ser crente no deus dos judeus e cristãos?» Continuem... joaompinto


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Luís Pedro Mateus a 09.12.2009 às 12:47

"Segundo presumo o amigo defende um Estado interventivo, logo entra nas áreas do socialismo, não do liberalismo."


Não entro na área do socialismo, estou na área da DC. Está a cometer o erro de achar que, por a DC defender a solidariedade social e achar que o Estado tem um papel nela, é socialista. Não o é. O socialismo, por definição, é anti-capitalista e quer igualdade entre classes. A DC, desde o início, sempre defendeu o capitalismo e recusa a luta entre classes.


Seria a mesma coisa que dizer que os liberais que acham que o Estado deve ser mínimo ou acabar,  entram na área do anarquismo. Não me parece que estas questões de semântica sejam interessantes... 




"Mais não pode reduzir a crítica ao liberalismo ao anarco-capitalismo de Ayn Rand"


Penso que há um mal entendido. Não reduzo o liberalismo ao objectivismo de Rand. O próprio título do post é "Democracia-Cristã, Socialismo e Objectivismo".


Mais, o post nem sequer é uma crítica ao liberalismo como um todo ou como inspiração, mas sim a certas "ramificações" (se assim lhes podemos chamar) do dito pensamento liberal.


Para ser mais explícito, a crítica aborda, primeiro, o facto de alguns (atenção, alguns) liberais acharem que o liberalismo é a única forma de governo possível para a direita democrática; segundo, o facto do objectivismo de Rand colidir com a DC em alguns pressupostos éticos; terceiro, o perigo de transformar ideias em dogmas e recusar alguns erros ao modelo.


No terceiro ponto fui claro. Não me referi ao liberalismo como um todo, pois nem todos os liberais defendem a total desregulação do mercado, mas sim a aqueles que, face a consequências recentes advindas da falta de regulação e de ética profissional, continuam a defender o modelo dogmaticamente.


E
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De Réspublica a 09.12.2009 às 15:37

Acho que tem é que explicar quais os liberais que não defendem o fim do Estado Social, até os liberais sociais defendem tal solução, quanto à desregulação essa ocorre nos sectores económicos onde o estado não deve actuar.
Há socialismos que defendem a existência de uma economia de mercado ou mista, agora defender as concepções de economia de mercado/capitalista essa solução é unicamente advogada pelos Liberais, os próprios democratas-cristãos aproximam-se dos sistemas colectivistas ao considerar limites ao sistema de mercado.
Sabe Primo de Rivera quando teorizou sobre o fascismo ou colectivismo considerou-o como fusão entre o socialismo comunista e a doutrina social da igreja (base da democracia cristã).
Agora algo é certo para ser democrata-cristão tem que ser crente em Deus e numa concepção defendida pelas Igrejas Cristãs, nem que seja para ser Católico não alinhado (como o José Manuel Puresa)...

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