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Revistas femininas

por Afonso Azevedo Neves, em 15.12.09

No quiosque junto à estação, pendurada como panfleto, está mais uma revista feminina, daquelas de moda em que só se percebe que o é porque está uma gaja escanzelada e com ar de que foi apanhada num vagalhão na capa.

Digo que só se percebe pela gaja porque se lermos os vários títulos e os 4 gajos que estavam na fila leram estarrecidos, as ditas revistas são uma mistura entre avisos/ameaças/consultório sexual/chantagem absolutamente irreais. A coisa anda à volta do mesmo: um festival de exemplos, técnicas, exigências e imposições ao macho português absolutamente loucas e impossíveis em que um gajo tem de parecer um modelo saído de um anúncio da Boss, um atleta sexual de alta competição, galã, romântico, original, bem-humorado, inteligente e rico, riquíssimo. Tudo isto com umas doidas a testemunhar que existem gajos destes no mundo e até estiveram com eles no fim-de-semana passado, numa ilha no Índico, em louca “cambalhota” em cima de um coqueiro e durante 11 horas com um ligeiro intervalo para ele ir buscar flores para lhe oferecer. 

 

Os quatro gajos e eu fingimos que nem vimos aquilo e toca de olhar para as revistas de carros, para as nossas que se limitam a mostrar uma gaja boa e a dizer que ela é boa, não está lá nada a dizer que tem de ser mais coisas. A gente contenta-se com boa.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De p D s a 15.12.2009 às 18:41

Afonso,
falta aqui um promenor importantissimo no ultimo paragrafo:
"(...) e toca de olhar para as revistas de carros, para as nossas que se limitam a mostrar uma gaja boa e a dizer que ela é boa, não está lá nada a dizer que tem de ser mais coisas. A gente contenta-se com boa."
...desde que os Carros incluam algumas grandes maquinas, e uns comparativos promenorizados. Caso contrario nem "a boa" safa a revista. :o) !

Confesso, que homem que sou, não tenho tambem apetencia para esse tipo de revistaria (as tais que oferecem chinelos). Quando as folheio é mais num intuito humuristico, pois a quantidade de artigalhada "ligth" com pretensão a "tratado cientifico" e impressionante.

No entanto, conheço muitas representantes do genero feminino, com ou sem 15 cms, que liga tanto a essas revistas como eu...ou seja: nada.

Claro que na sociedade de consumo em que vivemos, e na franja de população que se dedica ao consumo massificado, claro que serão as revistas BEST-SELLERS!
(assim como julgo serão na classe dos trolhas, os jornais desportivos!)

,o) !





 

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