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Coerências

por João Moreira Pinto, em 27.12.09

Das cenas mais enternecedoras da época natalícia é ver ateus militantes a desembrulhar presentes, escandalizados que estão com o materialismo da época. Gozam o subsídio de Natal, aproveitam a tolerância de ponto, ouvem as palavras do amado líder, enquanto lhe pedem um Estado laico. Querem as escolas sem cruzes, uma sociedade livre dos estigmas judaico-cristãos e sonham uma sociedade iluminista, racional e cientificamente perfeita. Sonham de olhares fixos no céu e brilhantes, reflexos das decorações de Natal. joaompinto


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Réspublica a 27.12.2009 às 23:00

A voz da Razão do blog... mas olhe que os Iluministas/Positivistas não eram ateus, muito pelo contrário Rousseau acreditava em Deus, Robespierre defendia que os ateus deveriam ser iliminados da sociedade, percebeu a ideia, o ateismo é uma concepção socialista, só com Saint Simon e Marx Deus foi afastado das ideias políticas, até a maçonaria mais importante é regfular (menos em Portugal)...
In God we Trust.
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De mulher-a-dias a 28.12.2009 às 00:03

Bem, vou fazer um esforço para compreender:



  1. ateus militantes

  2. materialismo da época

  3. Estado laico

  4. sociedade livre de estigmas judaico-cristãos

  5. sociedade iluminista, racional, etc., etc.

  6. reflexos das decorações de Natal

Ó Dr. Pinto, você não está a meter muita fruta no cesto do lanche da criança? Olhe lá, ponha-lhe ao menos um bolicao e um pacote de 25 cl. de nesquick. Os miúdos gostam e não faz assim tanto mal à saúde.



(É isso, muita leitura científica. Um bocadinho de História das Ideias não vinha a despropósito. Olhe que assim não chega a Ministro da Saúde)
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De Pedro Freire a 28.12.2009 às 00:05

Pode enternecer-se: eu sou desses, excepto em que não oiço o amado líder, não me incomodam os crucifixos nas escolas nem os chmados estigmas judaico-cristãos e não sonho de olhar fixo no céu (sonho de olhos fechados). De resto enfio o barrete, e não vejo que mal há nisso.
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De josemapefonseca a 28.12.2009 às 01:17

Bem assim não vamos lá, muito embora seja demasiado fácil bater nos ateus, que diabo eles que tenham o seu menos santo natal como muito bem desejarem mas ainda bem que existem senão era uma monotonia de socretismo, gaysmo, mais ismo menos ismo, hipismo sem sela, enfim, até o bestialismo à campillho tem lugar. A distribuição do 14º mês não deriva da quadra natalícia mas de uma forma pouco inteligente de distribuir o rendimento mensal de Estados "atrasados" como o nosso, por isso o ateu o judeu e o "meu" têm tanto direito quanto eu ao pecúlio sem subtracções injustificadas. É demasiado fácil bater em ateus que de quando em vez são apanhados a dizer uns adeus adeus, em versões perfeitamente razoáveis e nada gays, esses pobres infelizes atormentados em encontrar algo em que acreditar que passam a vida a dizerem que são ateus, agnósticos, laicos entre outras trivialidades do género, como se toda a gente no seu âmago o não fosse mas que no final acabam sempre a acreditar no mesmo deus (desta vez já com D grande) como facilmente ficou provado no caso do cárcere de Bertrand Russell  por este opor-se à entrada da Grã-Bretanha na guerra, perante o carcereiro que o questionou sobre a sua crença ele retorquiu que era agnóstico, tendo o carcereiro insolente ironizado que no final do seu último estertor todos acreditavam no mesmo deus. Em suma, toda essa gente também tem direito a um lugar ao Sol, que quando nasce nem sempre é para todos. É já clássico dizer-se a um ateu que há-de haver um momento que ele, o ateu, em toda a sua plenitude não irá estar disponível para cruzar ou colocar os braços sobre o tronco mas que alguém o irá fazer por ele, quase sempre num momento de recolhimento e não menos solene, enfim, faça-se segundo a sua vontade e atice-se a tocha para atear a pira.
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De caodeguarda a 29.12.2009 às 12:35

tal como o Pedro Freire... eu sou desses... também não me incomodam os crucifixos nas escolas e o querido lider se quiser saltar da ponde da arrábida eu até ajudo... a única coisa que tenho contra o natal (o meu não tem outro significado que o de festa da família) é que o raio do menino jesus há quarenta e três anos que me dá cabo da minha festa de anos... quanto ao resto sou marimbista total...

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