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Uma ideia ou um regime? E qual regime? A Primeira República, a República Nova, a Nova República Velha, o Estado Novo, a democracia?
(Mário Soares, membro da comissão Consultiva das comemorações, escreveu que o Estado Novo não é república e, por isso, fica fora. Mas quantos dos golpistas do 28 de Maio não eram republicanos? E não se juntaram "searistas" aos "integralistas" na condenação da situação republicana?)
Outro problema destas comemorações é a falta de relevância - quase um branqueamento - dada às falhas e crimes, graves, da primeira República. Não duvido que nas imensas publicações prometidas o registo será sério mas, no "edutainment" (a sério, vem no programa oficial), para já não há menção...
O ataque à Igreja, aos monárquicos, aos sindicatos e, mesmo, aos próprios republicanos - com o exemplo fatal da "noite sangrenta" que levou Cunha Leal a dizer:
“Vitimas de tudo o que fizemos e do que não fizemos; do que dissemos e do que calámos; do que praticámos e do que consentimos; do nosso egoísmo e do nosso silencio; da ignorância profunda em que deixámos o povo; da nossa falta de ideal, de espírito democrático e visão total das realidades”
Uma memória selectiva da república, a lembrança apenas das horas felizes.