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Não sou uma pessoa para grandes perplexidades no domínio do humano. Mas que isto está a chegar aos limites, isso está. A proposta «anti-corrupção» do PS entra no domínio da coscuvilhice de porteira 2.0, já ligada à rede. Não vejo sinceramente como o Estado pode combater a corrupção conhecendo os rendimentos brutos declarados do cidadão médio. O argumento utilizado ainda é mais perigoso: «Se você vir uma pessoa que tem 4 Ferraris e declara um rendimento pequeno é caso para desconfiar», ouvi hoje declarar um dos defensores da proposta (não sei precisar quem, estava de costas para a TV).
Para além de ser um convite velado à denúncia e uma devassa de privacidade que nem a utilização «nos países nórdicos» serve de justificação, a coisa é arrepiante e falha no que se propõe. Por outro lado ninguém falou na corrupção do Estado, ao propor rendimentos de titulares de cargos publicos e contas de instituições escancarados na net. Isso é que era.
Por tudo isto, só posso aplaudir quem contra muitos o percebeu.
[e enquanto estamos divertidos com isto e com os empresários de carrosseis quer-me parecer que as eleições estão cada vez mais perto. E o PR ainda não se pronunciou sobre o projecto de lei do casamento homossexual. Isto está forte, está]