por Henrique Burnay, em 11.03.07
Três anos depois, continua a fazer sentido distinguir o que cada um percebeu do que foi o 11 de Março.
Como as manifestações que se lhe seguiram demonstraram, de um lado há os que acharam – e se calhar ainda acham – que foi por causa da colaboração com a intervenção no Iraque que Espanha foi atacada. E, portanto, que se ficasse quieta, Espanha não teria bombas. Por outras palavras, foi o que disse por cá o defunto político Ferro Rodrigues quando, exibindo o pior do discurso do medo, declarou, na sequência da Cimeira dos Açores, que Barroso tinha colocado “Portugal no mapa do terrorismo”. É o discurso que os terroristas gostam de ouvir.
Do outro lado houve, e há, quem tenha percebido que certas ou erradas, as nossas decisões não podem ser tomadas por medo de represálias. É o único critério que não podemos ter. Não é bravata, é dever.
Três anos depois do 11 de Março, continua a fazer sentido a distinção entre os que acham que é melhor não irritar os terroristas, e os que sabem que é um modo de vida que temos de defender. Mesmo que no meio disto tudo todos finjam dizer o mesmo.
lavagem de mãos e outras medidas profiláticas
Um corrector ortográfico ali não resolveria nada. "Calhara" também existe. Nem todos os erros se evitam com um corrector, na maior parte dos casos basta atenção. Nem que seja de um terceiro. Obrigado, portanto.