31 da Armada

O conceiro de "blame the victim", explicado com grande clareza. Obrigado Rodrigo.

Grande Rodrigo,
Tens toda a razão. Mas e no passado? Foi diferente? Achas que qualquer outro governo vai resolver isto? A Justiça anda em auto-gestão há muito tempo e não vejo ninguém com capacidade para mudar isso. No sistema que temos, o Ministro da Justiça e o Governo não têm qualquer possibilidade de fazer alguma coisa pela Justiça para além de dotar os tribunais com computadores e funcionários... E quando tentam, são logo acusados de estar a violar a separação de poderes.
Um abraço,
Francisco

Caro Francisco,

Na verdade, corre o «risco» de me confundir. Você escreve com sentimento, sem dúvida, e isso agrada-me. Desculpará, no entanto, o que lhe vou dizer de seguida, porque não tenho intenção de o melindrar.
È tudo certo o que diz. Porém, se pelo nome que lhe leio, é familiar de um outro advogado, que registo, não é nada especial como advogado mas tem nome na praça, eu pergunto-lhe:
Concorda que um advogado mediatize os seus casos, falando deles publicamente, utilize a gestão televisiva para se auto promover, dar entrevistas à Comunicação Social, fale de Estado de Direito, a «torto e a direito», etc, etc?
Justiça não significa só juízes e ministério publico, mas també recursos e «chicórias» de quem quer ganhar a todo o custo...a justiça é morosa porque muitos advogados contribuem para isso, são os primeiros a lançar o caos e depois desabafam «pois é a Justiça é esta que temos...marotos dos tribunais».
Diga-me:pode comentar o que acabo de escrever?

Educadinha

Bem não tive resposta às questões que coloquei ao ilustre Francisco Proença de Carvalho. O silêncio em Direito tem valor.
Presumirei, ainda, assim, que o Ilustre não se apercebeu do meu comentário.

Educadinha