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os contabilistas fazem contabilidade, não fazem gestão

por Rodrigo Moita de Deus, em 13.03.07

Leio no Blasfémias que Manuela Ferreira Leite reagiu finalmente à proposta de redução de impostos de Marques Mendes. Chamou-lhe "totalmente irresponsável". Não se esperava outra coisa. Diz que não se pode diminuir a receita sem diminuir a despesa. À primeira vista, faz sentido mas o comentário de Helena Matos é certeiro: E alguma vez a despesa estatal diminuirá se continuarmos a garantir mais ou idêntica receita?   

Vou ainda mais longe. A novela do défice arrasta-se há quase uma década. Não se faz nada ao défice e não se faz nada por causa do défice. Coisa que nem sequer é novidade. A nossa obsessão com contas públicas engomadinhas é antiga e deformou-nos a mentalidade. O país é gerido como uma mercearia de esquina.  E entre o deve e o haver há pouco espaço para o investimento ou para o rasgo. Vai daí, andamos no "ai jesus" com o resto do comércio tradicional.

Há muitas décadas que o país não é governado por gestores, economistas  ou políticos. Os contabilistas tomaram de assalto o poder. E não o largam. A bem da nação, dizem.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De isa a 14.03.2007 às 01:33

mt bem!
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De inuteis a 14.03.2007 às 11:29

Discordo por completo.... o país tem sido governado por Advogados!!! Isto sim tem sido o nossa mal...

Mas concordo plenamente de devíamos ter mais Gestores na governação do nosso país!

Nota: Não sou contabilista... sou gestor!
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De Ricardo Sebastião a 14.03.2007 às 13:53

"A nossa obsessão com contas públicas engomadinhas é antiga e deformou-nos a mentalidade."

em democracia nunca tivemos obsessão por contas públicas engomadinhas. Por isso é que agora andamos a contar os tostões para equilibrar um pouco a balança do deve e do haver

quanto ao corte no IRC para um país como o nosso passar a ser competitivo justificava-se um IRC de 10% no máximo

o impacto não seria assim tão grande nas contas públicas e poder-se-ia compensar no corte de umas quantas despesas públicas pois o que não faltam são despesas públicas redundantes

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