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Pequeno interlúdio no enfado

por Francisco Mendes da Silva, em 26.03.10

Tenho tentado manter-me afastado do aterro sanitário em que se tornou o debate sobre as eleições no PSD (pelo menos o debate na blogosfera). Mas hoje não se fala de outra coisa, andam-se aí a meter com uns amigos e, portanto, que se lixe. Não gostaria de perder a oportunidade de deixar para esta espécie de posteridade que a internet permite o registo da ironia que é uma personagem como o Paulo Gorjão (um aparente bajulador oportunista que se afeiçoou a Passos Coelho com a mesma facilidade com que já se tinha afeiçoado a Sócrates - et pour cause?) achar que existem razões no mundo para se meter com o Nuno Pombo.

 

O Paulo Gorjão pensa que todos as pessoas vivem da mesma acrimónia de que vive a maioria dos principais intervenientes nestas eleições no PSD. Nem todos vivem. E já que mencionou o CDS - para dizer que estamos todos aterrorizados perante o advento desse boneco do Madame Tussaud's que é, física e intelectualmente, Passos Coelho (ui, tem-se visto como o CDS está petrificado) -, gostava de com conhecimento de causa lhe revelar que esse partido, apesar dos seus debates e rupturas, mantém três regras de civilidade básicas: quem lá está, gosta do partido; quem não gosta de quem lá está, sai do partido; e, na maior parte dos casos, as discussões que se vão tendo não diminuem a amizade, a admiração e o respeito que as pessoas têm entre si. Essa de o Nuno Pombo ser um soldado de Paulo Portas é, como o próprio ali disse em baixo, para rir. Mas igualmente risível seria a ideia de que o facto de o Nuno ter sido um opositor do regresso de Paulo Portas à presidência do CDS fez dele alguém menos considerado pelos seus amigos de sempre - alguns dos quais, circunstancialmente, estiveram do outro lado da contenda.

 

Se calhar isso é um problema para o CDS: ser assim amiguista, condescendente, paroquial. No entanto, há-de ser um problema bem menor do que o do PSD, ultimamente tão cobiçado por quem visceralmente o detesta. É mais audível, nas brigadas dos dois lados que operam na blogosfera, o discurso de ruptura com o partido do que com a política do governo. Há anos que o PSD vive numa permanete guerrilha auto-destritiva. Alguém acha possível resultar das eleições de hoje qualquer lampejo de unidade? Alguém com responsabilidades na agremiação a quer? Não me parece.

 

Boa noite, e boa sorte.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Rui Castro a 26.03.2010 às 20:38

És lindo, Francisco.
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De maria a 26.03.2010 às 21:07

gostei deste post. sou do psd e apoiante de um rangel. mas não sou fundamentalista. Só gostava que o Sr. Gorjão
admitisse o contraditório nos textos que edita no Delito, mas não. Tudo o que não está de acordo com o que escreve censura. Uma vergonha, estes pseudo democratas e pseudo queixosos de asfixias.
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De Manuel Silva a 26.03.2010 às 22:36

O pretenso ar de enfado com que se vê obrigado a replicar a "gente pequena" e que trespassa o seu post é a exacta definição da sua qualidade. Não se ponha em bicos de pé. Atine.
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De Anónimo a 27.03.2010 às 02:05

"andam-se aí a meter". De acordo com Paulo Rangel, para o o qual teria votado se pudesse, seria mais "andam aí a meter-se".
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De javali a 27.03.2010 às 02:07

Não repita o mesmo erro muitas vezes senão o José Viegas alinha, sem pensar.
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De João Costa a 27.03.2010 às 02:11

De facto esse post do Paulo Gorgesso, perdão Gorjão, está ao nível de qualquer sarjeta (ontem mesmo escrevi sobre isso no meu blogue). Nada que espante muito, vindo de alguém que mais não tem feito do que dar eloquentes provas de sabugice ao longo destas Directas. Confrange ver tanta imbecilidade concentrada numa mesma pessoa.
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De javali a 27.03.2010 às 02:12

A falta de sorte para lidar com a língua... Não é para todos.
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De javali a 27.03.2010 às 02:24

Quanto ao Paulo Gorjão (seria melhor se fosse Jorgão), sempre se mostrou sectário, pouco diplomata, e não-sei-quê nos blogues e posts em que defendeu o seu candidato. Como se tivesse interesse nisso. Qualquer analista com meio palmo de testa sabe que PPC não tem nada para dizer e portanto não se compreendre que benefícios Paulo Jorgão poderia extrair deles - a não ser tornar-se o chefe da casa Fernando Pessoa que é o bunker idealista da Nação. Eu, por mim, é mandá-los todos para a pqop.
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De Lulu a 27.03.2010 às 20:52


Não batam muito no Paulo Gorjão porque o rapaz precisa de emprego. Pode ser que o Tio Ângelo agora arranje qualquer coisa. Ou o amigo Nojeira Leite que gosta de deixar "cair" no twitter que é pessoa importante e abastada, embora tenha faltado ás aulas onde ensinam a ser decente e bem educado. Mas, para compensar, foi a todas as aulas de canalhice. E passou os apontamento ao Gorjão, disso estou certo.
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De Anónimo a 27.03.2010 às 20:54

O Paulo Gorjão não era aquela pessoa que antes das eleições no partido que desta vez decidiu apoiar fez um apelo para que a discussão fosse simplesmente politica deixando os insultos pessoais de fora?
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De Anónimo a 27.03.2010 às 21:00

Acham que o Gorjão vai ter um gabinete com o Vasco Campilho, ao lado do Nojeira Leite?
O que vale é que o Passos Coelho vem das energias renováveis e deve saber bem como se renovam estes detritos que as eleições lhe despejaram aos pés.

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